LIBERDADE

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Eu acordei as 7:15 hoje eu estava muito ansioso pois era meu aniversário de 11 anos
- sr. Emilly. Sr. Emilly!
- sim Hugo?
- você esqueceu que hoje é meu aniversário e a senhorita me prometeu levar eu pela primeira vez a luberdade!
- liberdade?
- sim você não se lembra?
- não me lembro de levar você hoje a uma volta na cidade.
- isso isso mesmo.
- Hugo você se lembra das 3 regras?
- sim mamãe claro: não se irritar não fique nervoso e não se apaixone.
- agora vamos antes que você me arraste.
Risadas. Em todos os meus aniverssarios me lembro doque minha mãe me disse: QUERO QUE QUANDO FIQUE MAIOR ABRA SUAS ASAS E VOE MEU PASSARINHO. E finalmente hoje eu vou sentir um pouco de liberdade e fazer meu pequeno voo pela cidade, eu subi correndo vesti minha calça e uma camisa, desci a escadaria quase voando e peguei meus sapatos sociais quando estavamos de saida a sr. Emilly pegou um casaco para mim e fomos, eu parecia um cão na coleira arrastando o dono quando chegamos eu parei na calçada e fiquei olhando tudo em volta então a sr. Emilly me puxou - Que som maravilhoso é esse mamãe?
- é o som da melodia que atrai passaros, acho que esse o motivo que você esta encantado meu passarinho. Eu abraço ela e espero ela se destrair para mim preocurar a melodia doce e agradavel que me encantou com uma voz suave e triste finalmente achei a garota que esta me encantando. Me aproximei para ver e fiquei cara a cara com a garota que cantava de olhos fechados nas pontas dos pés rodopiando e vi uma lágrima cair quando ela parou de girar e começou a andar esbarrando em tudo, foi quando notei que ela não enxergava direito. Então fui mais perto e segurei no braço dela.
- quem esta ai?
- calma eu vou te ajudar, não vou te machucar.
- você sempre vem aqui?
- sim. Você pode me levar de volta a minha vitróla?
- sim... Claro
- sempre venho aqui cantar para os passarinhos que me dão asas e liberdade. Escutando seus cantos tristes ou alegres.
- liberdade?
- sim! Asas tambem.
- minha mãe sempre falava: filha não deixe ninguém te prender siga sempre os passaros eles vão te dar asas e liberdade meu beija-flor
- sim como...como passarinho!
Naquele momento eu quebrei a regra mais importante paixão aquela menina descontrolou meu relogio.
- que barulho e esse?
Não podia falar para ela que esta queimando meu coração.
- ha...hãm é a chuva, você gosta de chuva?
- não mas gosto de seu barulho.
Bom estava começando a chover mas meu relógio ja estava fumasseando e fazendo um tic tic bem alto então quando eu fui beijar ela eu cai no chão meu coração parou, por sorte a mamãe me encontrou e me acordou, ela tinha dado corda no meu relógio.
- oque aconteceu Hugo !?
Ela disse em panico não podia falar a verdade então
- eu cai e ele quebro. Ela não acreditou muito mas passou então vi a menina me olhar de longe ela estava assustada deve ter achado que ela me mato, falo baixo para ela
- ei qual seu nome?
- você não morreu?
- claro que não.
- meu nome é Cácia.
- eu sou Hugo.
- então Cácia amanhã passo cedo aqui e nos falamos de novo setor?
- sim claro. Até amanhã.
Eu me despedi baicho e fui arrastado pela mamãe, chegando lá meus avós estavam me esperando vovó tinha feito um bolo para mim e vovo me deu um relógio de pulso prata era bonito.
- obrigado a todos vocês por lembrarem de mim. Nos abraçamos e eu me deitei sonhei com a menina da vitróla, quando deu 7:00 certinho eu levantei dei corda no relógio que ja estava tomado por Cácia e escovei os dentes. Desci as escada de vagar para não acorda ninguem, estava uma manhã gelada e nublada peguei migalhas de pão e 2 casacos não sei porque mas me veio Cácia em mente, vesti o sapato e desci correndo a trilha minha casa era longe das outras casas, continuei correndo até chegar lá quando a vi tremendo de frio peguei o casaco e coloquei nela ela deu um pulo de susto.
- é você Hugo?
- sim, você ta tremendo de frio?
- sim hoje esta um pouco gelado não achei meu casaco.
- eu trouxe um óculos para você. Pegue.
- não gosto de usar oculos eu fico iqual um rato.
- eu não ligo.
- prefiro enxerga tudo desfocado mesmo.
Eu peguei o óculos e vesti nela ela ficou mais bonita ainda. Cácia começou a cantar e vários passarinhos se aproximava de nós, então peguei as migalhas e joguei para eles.
- você sente a liberdade deles?
- n- não.
- feche os olhos e você vai conseguir sentir. Fiz oque ela pedi-o e estava serta era como se eu pudesse fazer qualquer coisa. Ela pegou nas minhas mãos meu coração estava quase explodindo enquanto nós girava na praça ela cantava e os moradores a olhavam. Então fechei novamente os olhos e vi nós 2 voando como passaros gritando LIBERDADE então a carreguei e girei ela pelo ar fresco os passaros nos acompanhavam
- livre. Ela disse
- livre. Repiti descendo ela no chão com delicadesa e falei
- preciso volta Cácia. Ela me olhou triste ainda com os óculos que a-dei.
- você vem amanha?
- sim.
Me despedi e sai correndo cambaleando pois meu coração esta soltando brazas e fumaças, chegando em casa entrei correndo e dei corda no relógio que foi parando de queimar no banho ouvi vozes em casa era mamãe falando com meu avo Eduardo, eles falavam de escola
- Eduardo, Hugo não tem condições de ir a escola.
- é claro que tem ele é saldavel.
- o coração de Hugo é fraco cada batida que da é um milagre.
- sim é verdade mesmo, coitadinho. Sai do banheiro triste e me vesti, tomei café e fiquei olhando pela janela os passaros em nosso jardim cheio de flores, arvores, borboletas e passaros, em tudo que olhava me lembrava de Cácia e a palavra LIBERDADE não sai de minha cabeça. Mamãe foi trabalhar e eu fui ter aulas com um morador de nossa casa, na minha casa morava muita agente o vovo e a vovó, Joe era um mocinho que vivia de aluguel em nossa casa, Isabel era uma boleira super doce e gentil ela era viuva e tinha Rogério ele era doente participou de uma guerra tinha 98 anos só contava histórias ele é legal também.
Hoje eu ia ter aula de matemática e português, a Marília explicava bem ela também é legal, não conseguia prestar atenção nela pois minha cabeça não esta lá estava em Cácia, todas as tardes cuidava do jardim na ponta da montanha com minha vó Rosana.
- abra suas asas criança.
Ela me levou na ponta da pedra onde batia um vento pois embaixo tinha agua, e abriu meus braços.
- você sente a liberdade dos pássaro Hugo?
- sim vó... Uma liberdade que me da forças e coragem para arriscar e preocurar a felicidade.
- oque quer dizer com isso?
- encantadora de pássaros me encantou, ela tomou conta de meu coroação.
- você sabe que não pode fazer isso né querido?
- sim vovó mas não mando em meu coração.
- ninguém manda meu amor, é assim mesmo o amor vem derrepente você não pode evitar meu bem. Ela me abraça e sussurra para mim
- eu te amo meu amor.
- eu te amo vovó.
- não desista dela tão fassil.
- não vou vovó, meu coração agora é dela.
Mamãe chegou mas valei para minha vó não falar para ela agora.

CORAÇÃO DE RELÓGIOOnde histórias criam vida. Descubra agora