capa azul

vida nova

As vezes eu penso de mais, penso como seria minha vida se aquela porra não tivesse acontecido. Provavelmente a essa bora da tarde estaria assistindo um filme com alguma garota e com meu melhor amigo e primo Andrew, enquanto meu pai e minha mae estariam brigando como sempre.

Mas ao invez de todas essas coisas legais acontecerem, aconteceu o que nenhum ser humano deveria receber como pena de um crime: fui para um hospício. Certo que tem algumas pessoas que mereciam penas piores, mas na minha situação eu não merecia ir.

Passei dois anos nesse hospício, cheguei com 14 anos então hoje tenho 16. Muita coisa aconteceu nesses dois anos, de tratamentos com remédios até eletrochoques em minha cabeça em minha cabeça me dando noite horríveis para dormir... Mas como diz um ditado, precisamos sofrer para que nasça uma pessoa nova.

Um novo Henry nasceu, um menino que sofreu com o passado morreu, e agora nasceu um menino de 16 anos com uma cara nova, que vai fazer decisões novas e certas. Sou um menino com olhos castanhos, com cabelo castanho mas por causa das regras do hospício tive que raspar o meu cabelo em um estilo militar fazendo que eu fique eu fique com um aspecto de mais velho, algumas pessoas que vem me visitar falam que eu sou muito parecido com o ator Dylan O'brien, nem sei quem ele é, o único filme que podemos ver é "a última música" ja que ficam falando que qualquer doido pode ser curado e usam esse filme como exemplo.

Estou em meu quarto, gosto de chamar ele de caixa já que ele é pequeno, totalmente branco e não tem nenhuma janela. A única coisa que tem em meu quarto é uma cama (onde estou deitado) e uma mobília onde guardo os meus poucos pertences.

Alguém bate a minha porta e vou aos poucos indo ao caminho para abrir.

- Henry, está pronto para ir para casa?- falou um enfermeiro que tinha a aparência de ter uns 30 anos.

- estou sim, depois de dois anos - falo olhando ao meu arredor - finalmente vou para casa.

Me arrumo rapidamente, pegando meus poucos itens, e vou seguindo o enfermeiro.

No caminho para a minha liberdade vejo pessoas que me ajudaram por muito tempo, passei momentos ruins, mas também passei momentos bons, aqui um dia já foi minha casa de algum modo.

Agora minha vida vai mudar, novos ares vão entrar nos meus pulmões, novas pessoas vou conhecer. Várias perguntas vem em minha mente: como sera que estão meus país? Será que eles estão felizes por eu finalmente sair do hospício? São muitas perguntas que logo irão ser respondidas.

Chegamos em um portão cinzento com cerca de 4 metros, me passam uma sacola com alguns de meus pertences que eu nem me lembrava que existia como um celular, uma carteira e umas roupas novas, entao fui me trocar. Coloquei uma blusa preta e uma calça preta.

Me sento em um banco pequeno de cimento esperando a minha carona, depois de alguns minutos chega um carro que me levará para casa. Quando entro no carro percebo que no banco do motorista está sentado um policial, sinto um pouco de tristeza, gostaria muito de que quem fosse me levar fosse minha mãe. Ele logo explica que minha mae tava que trabalhar até mais tarde, por isso não pode me buscar.

Na esquina da minha casa ele começa a falar que eu não estava totalmente livre, falou também que se eu saísse um pouco da linha poderia ser preso. Precisaria tomar os remédios todos os dias. Quando chego percebo que minha casa continua a mesma coisa só que o quinta está mais desgastado dando um aspecto de casa do interior. Dentro da casa está um pouco desorganizado, mas não me importo e vou subindo as escadas ocorrendo para meu quarto.

O meu quarto Continua a mesma coisa,só que mais empoeirado, num canto está a minha cama com alguns presentes mas o que mais me chama atenção é um computador. Mas a única coisa que quero fazer è ficar na minha cama olhando para o teto... Seria melhor se tivesse uma mulher do meu lado mas, fazer o que ne? Tenho que entrar na linha.