- Por Henrri

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Quando me dei conta já estava atravessando o salão em meio à várias pessoas abrindo caminho para me aproximar daquela Deusa, e dali passei a procurar por todo aquele salão atrás de ver pelo menos um rastro de um vestido vermelho caminhando entre as pessoas, é sério, estava parecendo aqueles perseguidores do FBI, as pessoas já estavam me olhando assustadas, mais nem pra isso eu liguei, ouvi algumas vozes me chamando mais não quis nem saber quem eram, alguma coisa puxa meu olhar para a porta principal, e vi aquele vestido vermelho dobrando à direita rumo aos portões de saída, corri o mais rápido que pude mais chegando lá só oque vi foi a poeira da estrada deixada por seu carro.
Naquela noite fui dormir intrigado pensando naquela morena.

***

- Porque fugistes de mim?
Digo aproximando-me da dona daqueles olhos esmeralda. Mais não obtenho resposta, ela continua olhando no fundo dos meus olhos como se quisesse contar-me algo, olho em volta e percebo que estamos em uma floresta, quando volto a atenção ao lugar que ela estava não à vejo mais, só que um pouco além dali estranhado o lugar com menos árvores que o normal, quando tento me aproximar ela aparece em minha frente como se me impedisse de seguir e sussurra algo incompreensível em meu ouvido.

Está sendo assim todas as minhas noites, já fazem exatamente sete dias que eu à vi aqui na mansão, e faz sete noites que eu tenho o mesmo sonho, até que nesta madrugada eu ouvi alto e claro oque ela sussurrou em meu ouvido "Vigésimo" , era isso que ela dizia.
Como eu já havia feito uma nota mental de fazer uma visita aquela floresta, pois eu sabia muito bem onde ficava, não tão longe daqui.

***

Caminhando entre as árvores olhando aos redores me pego tendo uma espécie de Djavú, pois em minha frente está aquele local estranho no qual eu já estive em meus sonhos, faltando muitas árvores, ao me aproximar tive até a impressão de que ela apareceria em minha frente me impedindo de seguir, mais não, tive livre acesso ao local, e chegando lá vi alguém em cima de uma pedra grande de mármore, que até então não soube quem era, então analiso o local e fico imóvel diante das várias lápides enumeradas, quando volto minha atenção à mulher está em pé olhando em minha direção com lágrimas nos olhos, percebo desespero em seu rosto me aproximo da mulher que até então não sei o nome, mais que atormenta minhas noites e lhe dou um abraço, ela não protesta, somente se agarra a mim como se eu fosse seu refúgio, e chora copiosamente em meus braços, entre um soluço e outro ela se afasta, olhando em meus olhos diz.

-Preciso contar-lhe algo.

Por um momento, sinto um arrepio percorrer a minha espinha quando olho por trás dela, a lápide em que ela estava sentada está aberta e vazia assusto-me ainda mais quando olho a numeração dela " 20 ". Volto minha atenção em sua direção ela está derramando lágrimas, noto que está fazendo esforço pra reagir mais não consegue. Então ela pega em minha mão e me conduz por dentro da floresta, até chegarmos em uma casa um pouco distante dali, a frente da casa é toda murada, com portões em aço não deixando espaço pra ver o outro lado, noto ela tirando um pequeno controle de seu bolso e acionando um botão e o mesmo abre aquele grande portão de aço, ela entra, mais eu fico parado alí sem saber oque fazer, então ela olha pra mim e me encoraja com um acenar de cabeça. Do outro lado existe um pequeno jardim, mais simplesmente muito arrumado, atravessamos o jardim em um silêncio perturbador, ela abre a porta principal e da passagem pra que eu pudesse entrar, esculto quando ela tranca novamente a porta. A essa altura já não sei mais oque pensar, essa mulher que ainda não sei seu nome tem algo que me faz querer ficar longe, mais ao mesmo tempo me faz querer aprofundar-me mais.
Olho em sua direção, ela está olhando pro corredor que da acesso ao restante da casa, então volta a sua atenção em mim, olha nos meus olhos por um longo tempo, que pra mim pareceu segundos, pois eu me perco naquelas esmeraldas, acordo dos meus pensamentos quando sua voz sai firme e sombria dizendo:

- Me chamo Karoma Boucher, senhor Petrov.

Fico aturdido, aquela mulher é da tão conhecida e trágica família Boucher.

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⏰ Última atualização: Nov 11, 2015 ⏰

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