Capítulo 2 Um plano sem plano

67 3 0
                                    

Olhei ela um pouco satisfeito com o seu" eu tenho um plano" e esperei ela me dizer.
Ela arrumou um pouco seu cabelo ruivo, fitou o inimigo sem que ele tivesse visto ela _ bom ainda tenho que pensar bem!_ disse ela com a mão no queixo um pouco agoniada, não sei se era medo que ela sentia ou preocupação, ela me olhou _pode ganhar tempo?_ disse Kaya
_ tentarei ficar vivo_ respondi.
Ela sorrio e assentiu,fitei ela, mas logo corri discretamente. Vi um prato de barro indígena e peguei o mesmo, o jogo na direção da Empousa a a acertando na cabeça, isso que chamo de ótima pontaria, mas com aquilo consegui duas coisas, uma o prato havia quebrado em seu rosto sem causar efeito e dois aquilo deixou o monstro mais irritado. A Empousa urrou olhando pra mim _ Jovem servo, farei você ser o primeiro a sentir minhas presas em seu pescoço_ disse a Empousa sorrindo mostrando suas presas, antes dela se mover eu pude ver o futuro a frente daqui a 3 segundos, ela pularia com tudo que tinha e me atacaria pela esquerda, deixando sua defesa aberta pela direita. Ela pulou em minha direção, me atacando da mesma forma que vi, pulei pro lado direito me esquivando de seu ataque. Peguei a adaga que eu tinha roubado do museu e enfiei bem no peito do monstro.
Nada adiantou, aquela adaga não servia, pude ver seu próximo ataque, mas antes de ter percebido ela me jogou com força me fazendo cair por cima das armaduras medievais. Minha jaqueta favorita estava toda suja e rasgada, a minha ex professora investiu em minha direção, seus olhos brilharam mais que o normal, consegui ver seus movimentos usando minha magia, peguei um capacete, me levantei e encarei ela de certa forma indo em sua direção, escapei da sua garra. Em uma jogada rápida enfiei o capacete ao contrário na cabeça dela. A mesma se acertou na parede com toda força, ela se debatia tentando tirar o capacete de sua cabeça, mas era algo sem resultado. Kaya apareceu do nada segurando uma adaga prateada, não pude ver os detalhes pela distância, mas ela apunhalou a Empousa nas costas fazendo a mesma sumir virando fumaça roxa. Kaya me olhou com um sorriso de forma agradecida, tentei sorrir também, mas o cansaço era maior, desabei sentado no chão olhando o segundo andar do museu todo destruído. suspirei ao pensar que meus pais teriam que pagar tudo aquilo, eu não sabia no que dizer, eu sabia que eles não iriam acreditar que lutei contra uma coisa com garras e o pior ela queria me matar. _ você fez um ótimo trabalho_ disse Kaya me olhando, meu rosto ganhou um leve tom vermelho. _ obrigado!_ disse eu,olhando Kaya. Ela estendeu sua mão a mim, onde aceitei e peguei em sua mão, me levantei.
_e seu amigo?_ perguntei olhando prós ossos que haviam caído sobre o garoto_ perguntei com a voz falhando um pouco.
_Krad Drak....ele se encontra em melhores condições que você _ disse ela olhando pro lado com um sorriso no rosto, era o garoto da foice que me salvou de ser mordido, pensei comigo mesmo que não ia ser ruim agradecer ele, mesmo exausto andei até ele. Ele estava olhando seu anel de caveira. Um pouco cabuloso até. _Bem...Obrigado!_ disse fitando sua expressão que no momento não estava agradável. Parecia que queria me matar por ter tirado o seu prêmio de ser elogiado por Kaya. _ só fiz o que me foi pedido, eu não tinha nenhuma intenção de ajudar você_ Disse Krad com um tom de voz dominante, engoli suas palavras em seco. Kaya de surpresa pulou nas costas do Krad. _ não seja assim, ele me ajudou, e como ajudou a derrotar a Empousa! _ disse Kaya bagunçado os cabelos negros de seu amigo ou namorado, não sei o que devo dizer sobre isso. Então Krad suspirou e me fuzilou mortalmente. Senti calafrios em minha espinha, achei que ele iria me matar com os olhos. Ele tirou Kaya de suas costas e se levantou. _precisamos ir agora, todos da vila devem estar nós esperando. _ disse ele, fitando a mim. Kaya me olhou arrumando seu cabelo. _Então, você vem?_ perguntou ela.
_ Eu não faço idéia._ respondi.
Krad respirou fundo, e saiu da área de armas antigas. Fitei Kaya em silêncio.Ela me olhou e deu pequenos tapas em minhas costas. _você não pode mais viver aqui...não sem saber quem é o deus que você deve servir_
Assenti _ eu vou, mas antes quero trocar de roupas_ respondi um pouco desconfortável, mas se o que ela falou for verdade eu não saberia ao ver algum monstro outra vez, então a melhor opção é ir com eles. Então combinamos de ir juntos a minha casa, meu pai não estaria em casa, estava viajando.Saimos do museu correndo e vi aquelas coisas doidas mais uma vez, vi uma garota bela, mas ela possuía duas caldas de cobra, aquilo foi tão estranho chega fiquei com arrepios. _evite chamar atenção_ disse Krad com uma voz firme.
pegamos um táxi e fomos até minha casa que ficava nenhum pouco longe.
enquanto estávamos indo pra minha casa, Kaya me contava tudo sobre os deuses e Krad apenas me fuzilava com seu olhar mortal. O táxi chega em minha casa, Kaya, Krad e eu descemos do carro.
Observei minha casa atentamente, a casa parecia ser bem antiga em modelo, mas estava em ótimas condições, sua estrutura era estilo britânico, decorações de anões no jardim, bem do lado de um Pinheiro tinha uma piscina enorme, a cor da casa era vermelha. Olhei Kaya que parecia ter seus olhos brilhando, na verdade seus olhos brilhavam perfeitamente, percebi que ela gostava de arquitetura antiga pelo que ouvi ela me dizer no carro.
_ Então gostou?_ perguntei a Kaya.
_ isso é incrível Logan_ respondeu Kaya admirado tudo.
Sorri leve, olhei Krad que diferente de Kaya ele estava com a expressão de seu rosto fechada. Pensei em dizer algo, mas achei melhor não. Ele é o tipo de garoto que mete medo em qualquer um, não do estilo valentão. me refiro aos seus olhos,seus olhos eram vazios porém se podia ver a morte através deles. depois de nós 3 ter caminhado por uns 5 minutos até chegar a porta da minha casa, abri a porta e entrei em casa, minha mãe estava de costas vendo televisão, o que é comum. balancei a cabeça evitando pensar no que Kaya me disse, sim eu vou ter que abandonar minha família.
apenas passei direto e fui ao meu quarto arrumar minhas coisas. estava um pouco chateado, abandonar minha mãe é difícil, mas ter mais coisas que vi no museu...a bela professora Megan, errado a ex. enquanto eu arrumava minhas roupas, objetos etc... Senti uma mão passar em meus cabelos, estreitei meus olhos e vi que era a minha mãe. _ Então...aonde vai?_ perguntou ela. Fitei ela depois a bagunça do meu quarto, eu não havia percebido que meu quarto parecia em guerra com a limpeza. _ Eu...eu vou ter que ir._ respondi evitando olhar seu rosto. Ela suspirei e pegou minha bolsa, achei que ela iria me bater ou algo assim, minha mãe quase sempre é esquentada. Ela fez o que eu jamais pensaria, ela começou arrumar as minhas coisas. _ você ainda não aprendeu a arrumar suas coisas não é..._ disse ela com um olhar um pouco triste. Eu não entendi o por quê dela não ter me brigado. _ mãe, você não vai dizer nada?_ perguntei franzindo a testa. Ela me olhou e suspirou era óbvio que ela não queria que eu fosse pra longe. _ Ele já veio até mim Logan, ele me contou tudo._ depois de suas palavras ela fechou minha bolsa e me abraçou forte, não apenas forte, foi um abraço de urso. _ ele quem?_ perguntei quase sem fôlego. _ você vai saber na hora certa._ respondeu ela se afastando um pouco. _ agora vá meu filho._ minha mãe pegou a bolsa e me entregou. comecei a me afastar um pouco triste, mas lhe mostrei um sorriso, pra ela não esquecer da nossa despedida. olhei o quanto de dinheiro eu tinha no bolso, não era muito. Kaya, Krad e eu saímos da minha casa e pegamos um táxi, Kaya não gostou de ter pego aquele táxi, sua pintura já tinha saído praticamente quase toda, seus bancos eram rasgados sem contar que o ar do carro jogava poeira em nossos rostos, olhei pro Krad e vi sua cara cheia de poeira, Kaya e eu começarmos a rir dele. Claro que ele faria o de sempre deixar sua cara de indiferença mais indiferente ainda, Kaya e eu começamos a cantar Double Take. Pena que durou pouco o vidro que dividia o espaço do motorista e do passageiro começou se abaixar com um barulho extremamente irritante _ track_ parecia que o vidro estava se quebrando, até que abaixou por completo. Agradeci minha paciência por aquilo, o motorista nos olhou _ levarei vocês a vila por outro caminho, a estrada Neo...bem só vamos por outro caminho_ disse ele firmando suas mãos no volante _ Mas só existe um caminho pro rancho Back_ protestou Kaya. o motorista a encarou enquanto dirigia o que não é certo sabe._ recentemente abriram um caminho de fuga_ disse o motorista entrado em uma estrada de chão. Kaya me olhou querendo me dizer fique atento, depois de 15 minutos nessa estrada chegamos no fim da rota, tudo que havia era uma enorme caverna. _ o que significa isso?_ perguntei_ esse é o tal do rancho?_ perguntei mais uma vez olhando Kaya que negava com a cabeça, o capo do carro se abriu, me espantei pq eu não fazia idéia que isso era possível, fomos jogados pelo banco pra fora do carro, rolamos bem perto da caverna. O motorista buzinou e foi voltando com seu carro saindo do local, antes que desse tempo comecei a sentir o chão tremer com pausas de alguns segundos. _ isso...só pode ser...._ Resmungou Krad olhando a Kaya, ele sempre me evitou desde que ajudei a Kaya a derrotar a Empousa. _ melhor correr_ sussurrou Kaya, então nós 3 se levantamos e tentamos correr, mas foi tudo perca de tempo, algo enfim apareceu um monstro muito alto, do tamanho de um prédio de 4 andares, contudo físico gordo. Ele tinha um olho castanho escuro e pele esverdeada imaginei que ele poderia ser o Hulk da vida real, ele tinha quatro dedos na mão. O que faz esse monstro ser o mais feio que já vi. _ hora de comer_ disse o monstro com um tom de voz mongolóide, sua voz era engraçada, parecia uma dublagem ruim. Krad tirou seu cordão de foice do pescoço, fazendo o cordão virar uma foice negra, nela havia alguns detalhes dourados. Kaya tirou do bolso uma lanterna prateada onde a mesma virou uma adaga de bronze, ela brilhava, não precisei pensar muito. percebi que aquela coisa não era boa coisa. Peguei minha adaga dourada com cabo de couro, Kaya tinha me dito que minha arma no momento não mataria nenhum monstro. Mesmo assim eu queria ajudar. _ qual o plano?_perguntei
_ o plano é ficar vivo_ respondeu Krad encarando friamente o monstro.
_ gostei do plano, isso é um ciclope?_ digo apontando. _ sim é um ciclope, eles costumam não ter piedade com...sua futura janta._ disse Kaya me fitando. Respirei fundo e olhei o ciclope e depois Krad e Kaya. _ Eu vou distrair ele_ disse eu segurando firme minha adaga. Corri pegando uma pedra e logo jogo em direção do ciclope, devia ter acertado o olho dele, mas a boca também servia. parei de correr assim que o monstro me olhou com seu único olho. _ farei de você meu lanche da tarde_ ele fechou seu punho e levou o mesmo em minha direção, pra minha surpresa ele era mais rápido que imaginei. _zuuum_ ouvi do meu lado o braço do ciclope, por sorte eu consegui escapar, corri pra de baixo de suas pernas, indo em direção às árvores. Olhei pro lado e não vi Krad nem Kaya, será que eles me deixaram ali? Sim isso é óbvio. o ciclope já estava na minha cola, ele tentou dar o bote, mas só conseguiu cair no chão. Mudei a direção fugindo do monstro, olho grande, ciclope até mesmo dentes tortos eu só estava fugindo dele por quase 20 minutos. sem arma pra enfrentar só me resta fugir. tropecei em um galho que me fez cair de cara na lama, tentei ignorar, mas assim que me levanto recebi uma pancada forte que me faz ir pra frente da caverna. Tentei me levantar, mas era como mover um prédio do lugar. me arrastando com as mãos via o ciclope se aproximando, então pensei que ali seria meu fim, fui embora de casa pra viver, mas tudo que encontro é a morte? fechei meus olhos e apenas aguardei. derrepente comecei a ouvir um grito_ AGORA_ disse uma voz masculina bem firme. abri meus olhos e vi 10 pessoas vestidas de armaduras, creio que seriam gregas. Eles atiravam tão depressa que não dava tempo do ciclope reagir, ele apenas estava protegendo o único olho com os braços e recuando, devia receber mais de 300 flechas por segundo, havia 5 arqueiros com uma armadura de cor amarelada tinha um símbolo no peito era uma Lira dourada. Eu não sou do tipo que é muito ligado a mitologia grega, mas minha professora Megan havia me dito que a Lira era o símbolo de Apolo assim que eles disparavam suas flechas outros 5 tomavam sua frente, todas mulheres suas armaduras tinha uma cor prateada. dessa vez o símbolo era uma lua cheia como símbolo em seu peito, gravado na armadura. Provavelmente era o símbolo da deusa Ártemis, meu pai me contava histórias quando eu era pequeno. sempre de mitologia grega. nada de monstros, apenas os deuses. Os arqueiros sem dar trégua ao ciclope o deixam contra a parede, eles se aproximavam atirando no ciclope. _ Agora servos de Ares_ gritou um garoto com o arco dourado em mãos, ele parecia ser o líder do pessoal que usava o símbolo da Lira. O ciclope começou a ganhar confiança, mas antes de perceber 10 guerreiros com armaduras cor de sangue saltaram da parte de cima da caverna, todos os 10 jogaram lanças prateadas nas costas do monstro, que o fez gritar bem alto, o símbolo desses guerreiros eram javalis. todos os guerreiros de Ares pegaram suas armas e atacavam o ciclope em todas as direções, a criatura tentava investir algo, mas estava perdido na batalha. _ Servos de Deméter agora_ gritou o possível líder dos guerreiros de Apolo e da própria operação. Das árvores pularam 12 guerreiros com armaduras da cor verde seu símbolo era uma espiga de milho. Todos os 12 tocaram no chão fazendo raízes saírem do solo e se enrolarem nos pés do ciclope, logo o derrubando. o tremor foi tão grande que a entrada da caverna do ciclope desabou. _seus malditos, me pagaram por isso_ disse o ciclope tentando se levantar. _filho de Zeus por favor_ disse com gentileza o garoto do arco dourado. um garoto salta de uma águia bem grande e cai em pé, sua armadura era puro bronze, bronze celestial seria o certo,o símbolo de sua armadura era uma águia. ele apenas balança o dedo com os olhos fechados, o céu limpo do nada começa a se fechar. uma chuva de raios começam acertar o ciclope até ele se explodir em em pó verde sujando todos com o mesmo. logo vi Kaya correndo em minha direção puxando Krad, ela estava com uma armadura de bronze simples o seu símbolo era uma coruja. a de Krad era negra, analisando bem parecia feita de jóias negras, o símbolo de sua armadura era um anjo segurando uma foice. ambos se aproximaram, Kaya me ajudou a levantar.
_ Peço descupas por isso Logan, mas você saiu correndo._ disse Kaya me ajudando a andar agora. _ tudo bem._ disse eu com um pouco de raiva. o garoto do arco dourado veio em minha direção tirando seu capacete de batalha. Kaya corou com a aproximação do rapaz, meio que entendi aquela expressão. Ele sorriu pra mim arrumando seu cabelo um pouco enrolado nas pontas, o mesmo era loiro bem claro. Quando o Sol batia em seu cabelo parecia um projeto de sol, seus olhos eram verdes, sua pele era bronzeada._ Olá Logan...Kaya me disse que era o mais novo servo dos deuses. Prazer sou Winter Rice, líder da cabana de Apolo_ disse o garoto de porte atlético estendendo a mão pra mim. _ Logan Allgood, eu não sei de quem sou servo_ digo apertando sua mão. O garoto que vestia a armadura de bronze celestial se aproximou me fitando, mas seu foco era o Winter. Ele cochichou algo no ouvido do líder da cabana de Apolo que apenas assentiu. _ Bom hora de voltar pra vila._

Lost in adventurelandOnde histórias criam vida. Descubra agora