Manhãs Cinzentas

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  Olá, meu nome é Samuel Ferrini, contarei um pouco da minha história e de como conheci a Srta. Popular / Garota Catástrofe...


Em um relógio com formato de caminhão de bombeiro é então chegado o horário 06h00. Uma sirene estridente é escutada naquele quarto de paredes azuis escuras, cheias de pôsters que vão desde bandas como Green Day e The Beatles até o de personagens como Batman. O garoto assustado pula da cama tentando então acalmar o coração que insiste em errar algumas batidas e após cerca de 20 segundos, já nervoso com o som do despertador começa a falar consigo mesmo:
 - Droga de despertador - Diz ele, com uma voz rouca e falhada de sono, apertando o capô do caminhão, que era o botão no qual era desligado o despertador - Isso que acontece quando você acha que seu pai irá lhe dar um presente bom e útil no seu aniversário...

Uma voz então mais aguda grita então de outro cômodo da casa :

- SAM?!JÁ ACORDOU GAROTO? - Grita a mãe do garoto, que parecia já acostumado com a cena matinal de ter que confirmar o despertar do filho. O garoto então vai até a porta do quarto para responder

-JÁ!! - Diz o garoto segurando o batente da porta enquanto olha pelo corredor da casa

        O garoto então vai pelo corredor, ainda com seu pijama verde desbotado e seus pés calçando meias grandes demais para seus pés, chega então ao banheiro, com seus azulejos verdes claros já esbranquiçados pelo tempo, com moveis brancos e após lavar o rosto com água gelada que corria pela torneira, ele olha então no espelho e vê o mesmo garoto de cabelos escuros, pele morena clara e com as olheiras permanentes adquiridas pela insônia cronica herdada da mãe que encontra todas as manhãs refletidas no espelho.

   Sam então pega uma toalha dentro do pequeno armário da pia e após coloca-la em um canto entra para de baixo do chuveiro e começa o seu então esperado banho, que por sinal estava quente o suficiente para o jovem permanecer tempo demais de baixo da água de modo que quando sai, olho para o celular em um canto e percebe que esta atrasado. De um jeito veloz e até mesmo desleixado o garoto pega a primeira muda de roupas que estava dentro do armário de seu quarto, que era então a vestimenta natural do colégio, que seriam os jeans escuros, uma camiseta branca do colégio, com o grande HM bordado e um moletom velho marrom escuro, com os óculos em mãos e a mochila nas costas o garoto corre pela cozinha onde pega uma fatia pão com queijo quente que estava em cima da mesa.  "Espero que seja meu, se não for, agora é" é o que ele pensa.

 Eram 6h40 da manhã e com o vento frio agredindo o rosto Samuel corre pelas ruas, sentindo os desníveis das calçadas e tentando desviar da grande quantidade de pessoas que partem pelas ruas rumo aos seus devidos empregos. A cada alguns minutos o garoto olha para o relógio, como se esperasse que o tempo corresse mais devagar para possibilita-lo pegar o ônibus correto e não se atrasar para aula, pois seria necessário ainda trocar de ônibus para enfim chegar ao colégio Henry Monray, que se situava do outro lado da cidade. Quando chega então na rua da parada de ônibus o garoto vê o veiculo ainda longe e consegue chegar no ao ponto de ônibus a tempo para subir. 

      Já dentro do ônibus e com seus fones de ouvido o garoto vê pela janela a neblina que cobria as ruas cinzentas começar a se dissipar, assim os carros que passam pelas ruas em seu fluxo que parece infinito. "Ser pobre é horrível, se pelo menos meus pais conseguissem me levar ao colégio não haveria tantos transtornos todas as manhãs" pensa o garoto, mas logo ele afasta tal pensamento, não havia necessidade de ficar remoendo algo que não poderia ser mudado no momento.

     O ônibus então para quase que de frente ao colégio, uma área muito grande, com um edifício central de três andares de cor bege e detalhes em bordo, um colégio colossal mesmo para os padrões de instituições particulares, com seus muros altos e um grande portão de aço negro aberto, uma multidão de estudantes entra no colégio. Sam então desce do ônibus e caminha para a entrada, arrastando seus pés até então que um carro de luxo negro estaciona ao lado dele, é um carro Audi, e dele saem duas garotas, com cabelos ruivos, uma com o cabelo mais longo e outra com o cabelo na altura dos ombros, pequenas sardas pintam os rostos dela, como se um pintor houvesse passado o dedo na ponta de um pincel e respingado tinta a baixo de seus olhos. Sam, como que hipnotizado olha as gêmeas e lembra que uma delas é de sua turma, ainda parado na calçada ele encara as costas de ambas, seus ombros curtos, cintura finas e... Nesse momento então seus devaneios são interrompidos por um grande empurrão que o impulsiona a frente quase perdendo seu equilíbrio e indo ao chão

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⏰ Última atualização: Sep 21, 2018 ⏰

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