Um cavaleiro sem espada

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Mas uma vez abro meus olhos antes da luz do sol passar pela minha janela,
O frio abraça meu corpo, tremo, bato e ranjo os dentes, o calor se esvai do meu corpo, como a chama soprada de uma vela;

Um olhar vazio, sem vida, sem brilho,
Na poesia encontro ar suficiente para dar mais que suspiros;

Já meu corpo descansa, mas minha mente ainda trabalha,
Meus lábios se fecham, mas minha alma grita e gargalha!

Profundo são os ferimentos da minha alma, a cada dia ganho mais cicatrizes no meu coração,
Uma alma andarilha, vazia, quebrada, acompanhada pela solidão,

Um cavaleiro ferido, sozinho com a armadura quebrada,
Já perdi minha espada, já desisti desta batalha, e sigo sem rumo nessa caminhada!

Não sinto mais nada, já tudo são lágrimas e com olhos cheios d'agua perco as forças e de joelhos caio,
Com cada membro tremendo este anônimo cavaleiro descreve a dor de sua alma rasgada e de seu coração quebrado, e sem forças desmaio,

Em linhas tortas, sinto que escrevo reto, sou alvejado pela dor e sofrimento de um coração partido,
Fui apunhalado por quem mais amei, e é ela que guia essa faca invisível que minha alma estraçalha, e aos meus soluços e lágrimas não da ouvidos!

Já cansei de caminhar sem rumo, já estou sem vontade de andar,
E me despeço com a opaca luz que passa em minhas pálpebras aos meus olhos fechar...

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