Por que não amar

Capítulo 1

Acordei uma hora antes do despertador, estava muito ansiosa e a ansiedade nunca me permitia dormir. Fiquei um bom tempo olhando para o nada, apenas iludindo-me, pensando como seria o primeiro dia de aula. Será que eu ficaria na mesma sala que as meninas? Será que eu socializaria com os novatos? Será que alguém bonitinho entrou esse ano? 'Espero que sim' é a resposta para todas as perguntas.

Levantei, fui até o espelho do quarto e fiquei admirando o monstro na minha frente. Quer dizer, eu não sou tão feia assim. Tenho o cabelo castanho escuro repicado um pouco abaixo dos ombros, olhos escuros, cravos no rosto, nem tão magra, nem tão gorda, fisicamente, nada de especial ou algo que fizesse me destacar das outras meninas da sala, mas isso não me incomodava muito.

Comecei a me arrumar, peguei minha bolsa, meu celular e fui para o carro.

– Essa disposição toda é animação pra voltar a estudar? – fiz careta pra minha mãe e terminei de pôr o cinto.

– Claro que não, estou com saudade das meninas. – respondi.

– Era pra gente tá dormindo ainda, sabia? Não sei por que a gente tem que ir pra escola. – reclamou minha irmã meio sonolenta, tentando pentear o cabelo.

– Pra ser alguém na vida. – explicou minha mãe.

Alguém na vida, por que sem conhecimento, não somos ninguém. Nos tornamos influenciáveis e muita gente tira proveito disso. Eu só estava meio preocupada porque todo mundo sabia ou tinha dúvidas sobre que curso fazer na faculdade, enquanto eu mal entendia dessas coisas. Sabia que já estava na hora de crescer, procurar saber sobre vestibulares e etc. Mas eu ainda não me sentia confortável com o assunto. Não sentia que havia aproveitado a infância direito e estava tentando recuperar o tempo perdido, mesmo sabendo que isso não era possível. Eu vou crescer quando chegar minha hora. Não quero, mas eu vou. Só acho que a vida fica meio chata se tudo for levado a sério.

– Valentina, presta atenção! Faz mais de 5 minutos que estou a te chamar, vai se atrasar!

– Desculpa, já vou indo.

Dei um abraço na minha mãe, tchau para o meu pai, peguei minhas coisas e desci do carro.

O colégio já estava cheio, até por que faltavam poucos minutos para o sinal tocar. Andei mais rápido e vi pessoas se abraçando e gritando por toda a cantina, o que me deixou mais ansiosa. Fazia tanto tempo que não recebia abraços.

– EI, GORDA! – Ouvi gritarem. Eu reconhecia a voz e sabia quem era, mas fingi que não era comigo. Ouvi passos cada vez mais altos. – QUE SAUDADE DE TU, PESTE! – Jennifer me abraçou, fazendo com que minha bolsa caísse no chão.

– Saudade de tu também, Jeni. – Menti.

– Tu ficou em que sala?

– Não vi ainda. Ficaste em qual?

– Oitavo B, tá cheio de novato lá, vem procurar teu nome. – Nem me deixou pegar minhas coisas e saiu me arrastando para a sala do C. – As meninas estão aqui.

– Todas?

– Todas. Vou ver se encontro teu nome na ata da B.

Passei meu dedo pelo papel procurando meu nome. A maioria das pessoas que estavam naquela sala eu não conhecia ou não gostava. Li vários nomes e sobrenomes estranhos, mas nada do meu.

– Ok, Valentina. Nada de estresse. Você ainda pode mudar de sala. – Falei mentalmente.

Decidi ir até a Jennifer.

– Teu nome não tá aqui.

– Não está na ata do C também. – Falei baixinho.

Senti meus olhos se encherem de lágrimas e lutei para não chorar. Sei que deve parecer besteira eu não estar na mesma sala que as meninas, mas eu estava sentindo algo ruim. Alguma coisa não iria acabar bem. Restou-me ir até a ata da A, e lá estava meu nome. Pelo menos eu não iria ficar sozinha, Leandro e Carlos também iriam ficar naquela sala que eu não conhecia ninguém.

Entrei na sala, pus a bolsa na cadeira e fui até a coordenação.

– Coordenadora, posso mudar de sala hoje?

– Claro, para que sala você quer ir?

– Oitavo ano C. – Ela me olhou com uma cara não muito boa.

– A sala tem muita gente, não entra mais ninguém, desculpe.

Merda.

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ALÔ VCS

Disse que não ira demorar, pois é.

Tenho vergonha de escrever as coisas aqui pq o povo da sala lê rjgfsrjgtkj
Pior coisa que já fiz.

Enfim, vejo vocês daqui a algum tempo, esses dias estou cheia de provas, desculpem.

Não gosto de prazos, as coisas que escrevo não saem do jeito que gosto e por causa disso vou ter que editar um pouco a história (adicionar detalhes, nada demais). 

Até depois, beijinhos.