Capítulo 4

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Acabei de ler a carta que Vitória escreveu, e a coloco dentro do caderno verde, e assim não consegui evitar e algumas lágrimas caíram sobre meu rosto. Pego os cadernos e as fotos e deposito novamente na caixa, fecho a caixa e a coloco, em um lugar seguro dentro de minha cômoda.

Logo em seguida, fui dormir um pouco. Quando acordei ja era por volta de 19h:40, levantei fui até o banheiro, arrumei meu cabelo em uma trança embutida, e fui para sala. Estavam todos na sala minha mãe, vó e irmão. Se sentei no chão, no canto da sala e coloquei meu fone de ouvido. (Não queria conversar)

- Thais, venha até aqui - falou minha vó, batendo a mão no sofá para mim se sentar ao seu lado.

- Oi ? - falo se levantando e indo até ela.

- Sei que você não queria vir para cá minha querida, mas as coisas estavam difíceis lá, depois que seu pai faleceu, e sua mãe perdeu o emprego, bom foi necessário que viéssemos para cá, sei que conseguirá fazer novas amizades. - minha fala acariciando meus cabelos.

- Está tudo bem vó - falo quase chorando.

- Eu sei que você vai superar querida, sua mãe já te matriculou em uma escola aqui perto, para não perder tempo você vai começar amanhã mesmo, já que já estamos no meio de março. Espero que você consiga fazer novas amizades logo. - diz minha vó com a mão no meu ombro e sorrindo para mim.

- Tá okay vó. - digo se levantando e indo até meu quarto novamente.

Tranquei a porta do quarto, abri gaveta da cômoda e peguei a caixa que minhas amigas me deram,  peguei o caderno vermelho e começei a escrever :

      Sinto um vazio dentro de mim, que dificilmente será preenchido, já que as pessoas que mais amava estão longe de mim agora.
     Pensei que com o tempo conseguiria superar o falecimento do meu pai, porém foi um engano meu, pois irá fazer um ano que isso acontecera, e a falta que ele faz na minha vida é a mesma.
      Será difícil voltar a sorrir, e sinceramente também não faço mais questão, pois sempre que estou feliz algo de ruim acontece.    

Acabo de escrever, fecho o caderno e o guardo. Eu tenho chorado tanto nos últimos dias, que nem conseguia, mais chorar agora. Alguém batê na porta, e vou atender.

- Posso entrar? - pergunta minha mãe me olhando.

Claro mãe - respondo dando espaço para que ela entrasse.

- Sua vó me falou que te contou sobre a escola - ela me diz olhando nos meus olhos de .

- Falou sim. - digo retribuindo o olhar.

- É uma escola um pouco longe daqui, só consegui no horário da tarde, e você poderá ir de ônibus, vou contigo amanhã para te mostrar o caminho. - minha mãe fala se levantando, ela passa a mão carinhosamente nos meus cabelos e diz - Filha eu te amo.

- Eu também te amo mãe - digo com  os olhos brilhando, e com um sorriso de lado. 

***

Joana

Faz muito tempo que eu não digo um "eu te amo" ou faço "demonstrações de carinho" para Thais. Depois que meu marido morreu tive que assumir a casa, e quase não tenho tempo para estar com ela. Eu percebo o quanto ela está abalada com tudo isso que está acontecendo, mas infelizmente não posso fazer nada para mudar essa situação, ao não ser dar mais carinho para ela. Espero que nessa nova escola ela encontre novos amigos.

***

Ooi amores, mais um capítulo com muito carinho se gostarem vota e comenta sua opinião. :) Obrigado por está lendo meu livro.

Bejos Com amor

Roberta Santos...

(Capítulo revisado)

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