Naquela manhã quando abri os olhos me senti sozinha.. Mas diferente de todas as outras vezes, não era um simples vazio de não se ter alguém por perto, um vazio da alma entende?
-virei-me para o lado sem a menor vontade de ir a escola, até ouvir os gritos de minha madrasta:- AH.. Já era de se esperar Alice levante!
Sentei-me nas bordas da cama olhando fixamente para parede e em cerca de minutos finalmente levantei fiz minhas higienes matinais, coloquei meu uniforme e peguei o moletom estava chovendo e teria de voltar a pé da escola, e descendo as escadas da casa escuto novamente aquela voz:
-vamos Alice ! Não tenho todo tempo do mundo garota
Já era de se esperar minha madrasta só pensa nela mesma e em seus caprichos..
Entrei no carro e fui para a escola ouvindo-a falar o caminho todo sobre suas unhas ou de sua bolsa nova.. -Já não aguentava mais-
Chegando na escola fiquei lá poucas e insignificantes horas já que a greve fez os professores desistirem de suas aulas- até que escuto aquele tal barulho ensurdecedor de todos os dias:- hora de ir em bora!
Aquele sinal por mais barulhento que seja significava a hora de todos seguirem seus afazeres longe daquela prisão- levantei-me e sai daquele lugar e pelo caminho de volta pra casa fui como já de costume caminhando por aquela mesma trilhinha de alguns anos atrás
No meio deste longo caminho avistei de longe uma menina de cabelos loiros e longos deitada no chão brincando com algumas flores de um arbusto que ali se encontrava -sorri- e chegando mais perto, doce voz da menina que se levantou e disse :-oii -disse ela sorridente-
-oii -respondi e sorri ao ver o sorriso dela-
- oque faz aqui sozinha? É lindo mas perigoso! E uma menininha linda como você não deveria estar aqui sozinha!
- eu moro aqui! Bem ali na frente!
-mora aqui?-respondi olhando para os lados a procura de alguma casa em meio aquela estrada quase que deserta.
-siim desde que um moço mau me jogou daquele lugar -olha para a ribanceira ao seu lado- doeu um pouquinho mas desde entao eu moro aqui! mas claramente ali-aponta para um tumulo antigo e já quase totalmente destruido coberto por rosas secas e terços prateados-