Harry acabou saindo do banheiro, colocou as mãos na cabeça e ficou andando em círculos pelo quarto.- Eu não acredito que você...
Ele não conseguia falar as palavras: se cortou. Ele sempre parava. Exatamente como fez agora. Parou e me olhou.
Eu ainda estava no banheiro com a cabeça abaixada e não entendendo por completo a situação. Ele estava preocupado comigo, mas isso significava que voltariam os a ser amigos? Ele havia pedido desculpa, mas isso não significava nada.
Mas o que eu estou falando!! O garoto acabou de me ver aqui, rasgando a minha própria pele e olha com o que eu estou preocupada!!
Harry veio até o banheiro novamente, onde eu estava e ficou na minha frente. O encarei.
- Me desculpe, Meg... - ele disse - Eu nunca pensei que...
- Relaxa, Hazz. A culpa foi minha. Se eu não fosse tão idiota, talvez...
Ele me cortou.
- Não, você não é idiota. Para mim, você é a pessoa mais incrível do mundo. Você sabe da minha vida melhor do que ninguém e não me julga por isso. Você não é idiota. Eu acreditei na primeira coisa que me apareceu e me arrependo completamente por isso. Me perdoe.
- Hazz, eu já te desculpei...
- De verdade?
Assenti. Ele pegou a minha mãe direita e me puxou para um abraço apertado. Eu, sem pensar, conformei sua cintura com força. Esses dois dias pareceram anos.
- Nunca mais me dê um susto desses, ok? Se acontecer alguma coisa com você... Meg... Você não tem noção.
- Nem você.
Ele me apertou mais forte contra seu corpo, o que me fez sentir a pessoa mais segura do mundo. Ele conseguia isso com facilidade.
Saímos do banheiro e nos sentamos na minha cama, um de frente para o outro.
- O que a Stacie te disse? - perguntei - e não minta porque sei quando mente.
- Ela disse que você tinha conhecido o meu primo. Que estava próxima de mim para poder conversar com ele. É uma história bem ridícula e infantil, mas eu não faço ideia do porquê acreditei.
- Não faz ideia?
- Bom... - ele coçou a cabeça - Talvez eu tenha ficado com raiva... Porque... Naquele dia eu ia te falar umas coisas e... Eu agi sem pensar.
- E você ia mesmo ficar sem falar comigo?
- Cara. Eu não ia aguentar. Eu fiquei cego de raiva e... Chateado talvez e queria sim me afastar. Mas não daria certo.
- Cara, só dois dias e parece que faz...
- Meses. - ele disse. E eu assenti.
Ficamos um tempo em silêncio. Ele pegou minhas mãos e brincou com meus dedos enquanto eu observava os seus movimentos. Sua boca cor de cereja estava mordendo o lábio inferior, o que indicava que ele queria dizer alguma coisa. Seus cabelos estavam mais bagunçado que o normal e seus olhos ainda meio vermelhos pelas lágrimas. Mas nada o deixava menos bonito.
- Pra quê isso? - ele perguntou, e indicou com a cabeça para as dezenas de cortes que estavam em meu pulso.
- Porque... Sempre que eu fazia... Eu me concentrava só nisso. Só na dor, então você sumia da minha cabeça. É viciante, não dava para parar.
- Deve doer...
- O quê? Ficar longe de você ou se cortar? - eu perguntei com um mini sorriso no rosto.
Ele abaixou a cabeça, deu um pequeno sorriso e voltou a me encarar.
- Se cortar. - respondeu.
- Dói, sim. Mas a dor é melhor do que psicólogo.
Meninas!! Foi mal não postar essa ontem, mas fiquei o dia inteiro ocupada mesmo. Daqui a pouco eu volto com When I Disappear (dêem uma olhada no meu perfil)
Love you!!
Ana
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Onde Você Estiver
FanfictionUm amor pode sobreviver a um intercâmbio de 18 meses? Um amor verdadeiro, adolescente e febril, um amor intenso e protetor, completo, e perto do que chamamos de perfeito, pode sobreviver sem beijos, sem abraços, sem tapas de leve e declarações cara...