Prólogo

55 3 0
                                    

Um homem caminhava por uma rua deserta da pacata cidade de Ellicott. O sol ainda não havia nascido, e a brisa gélida soprava seu rosto, provando, assim, gemidos trêmulos a cada vez que o fazia. As construções de rochas faziam com que os passos do homem ecoassem de forma estridente pela ruela, o que, do ponto de vista dele, era algo extremamente incômodo.

Hou um momento em que, subitamente, o homem parou e virou-se para a fachada de uma loja, sacou do bolso um molho de chaves e após uma breve passada de olhos abriu a grande porta de ébano, fazendo-se ouvir o tintilar agudo do sino de porta sobre sua cabeça. Após fechar a porta, o homem se dirigiu em direção ao balcão, guiava-se apenas pela intuição e a memória fotográfica do local, já que ainda não havia alcançado o interruptor.

Lá fora o sol começava a raiar, e muitas pessoas começavam a sair de suas casas, as lojas começavam a serem abertas e aos pouco a cidadela ganhava vida. Dentro da loja, o homem que à pouco caminhava sozinho pela rua escura, agora preparava o café para seus dois filhos e sua mulher. Após a refeição, os quatro saíram da cozinha e deslocaram-se para seus postos ( o homem e sua mulher ficavam no balcão, ele para administrar o caixa e ela para recepcionar os clientes, os filhos ficavam nos corredores das estantes para auxiliar com a procura dos livros). Mal fizeram isso e o sino de porta soou; mais um dia havia começado para a família Crowley.


A Família CrowleyOnde histórias criam vida. Descubra agora