A noite tinha se passado tranquilamente. Agora os raios de sol se esgueiravam através das frestas das pesadas cortinas de veludo. Luciana estava encostada na cabeceira dá grande cama de dossel, lendo um de seus romances preferidos.
Desde pequena Luciana sonhava em encontrar um amor verdadeiro, alguém que a amasse profundamente. Ela estava completamente absorta na história e nem ouviu a leve batida a porta, até que Madeline a chamou com a voz abafada:
— Alteza? Senhorita Luciana? – bateu de novo – A senhorita está bem?
Luciana levantou os olhos do livro e suspirou. Fechou-o e o colocou no criado mudo ao lado dá cama. Levantou-se e foi até a porta, abrindo-a apenas um pouco para que Madeline a visse.
— Olá Madeline, estou bem. Desculpe a demora para responder, estava absorta no meu livro. – Madeline era um dos serviçais do castelo. Tinha os cabelos negros com algumas mechas grisalhas, diferente de Luciana que tinha os cabelos ruivos como fogo. Ela sempre tinha cuidado de Luciana. Desde que sua mãe morrera quando ela era apenas uma criança.
Madeline abriu um sorriso imenso e disse:
— É tão parecida com sua mãe. – dava para ver o brilho nos olhos dela quando falava de sua melhor amiga, a rainha Marina, mãe de Luciana.
Fora dela que Luciana havia herdado o gosto pelos livros.
— Bom, você queria me dizer algo? – perguntou Luciana.
— Só vim lhe desejar os parabéns. – disse ela feliz.
Luciana havia esquecido. Era o dia do seu aniversário. Estava fazendo dezenove anos e teria o dia livre de suas obrigações de princesa.
— Ah obrigada Madeline. – respondeu sorrindo – Será que você poderia trazer meu café dá manhã? Estou morrendo de fome.
Madeline a olhou de forma estranha.
— Não vai descer para o Salão de Refeições e comer junto de seu pai?
— Ah não Madeline, hoje não. Quero comer sozinha, por favor.
Ela a olhou desconfiada.
— Luciana Evangeline Greymon, você não vai tentar sair hoje novamente vai? Comporte-se só hoje Lu, por favor.
— Não se preocupe Madeline, só quero terminar meu livro.
Madeline ainda estava desconfiada, mas assentiu e disse com a voz cansada:
— Vou preparar e trago em um instante. Com licença alteza. – e fazendo uma reverência se retirou rapidamente pelo corredor, fazendo barulho com seus sapatos de saltinho.
Luciana fechou a porta e andou em direção ao grande armário de vestidos. Pegou um amarelo suave simples, com mangas curtas e fofas, e o vestiu. Ficou tentada a vestir suas roupas de montaria e tentar escapar novamente, mas estava faminta e iria tentar mais tarde, tentar ganhar a confiança de Madeline e do pai.
Ouviu uma batida na porta, e logo em seguida entrou em seu quarto um homem alto, com cabelos negros e incríveis olhos verdes, iguais aos de Luciana. Ele usava as roupas típicas de sempre, seu colete com uma gravata por cima dá camiseta branca, e o seu conhecido casado comprido verde escuro, calças brancas com as botas pretas e bem polidas que alcançavam os joelhos.
Era seu pai, o rei, Renê Bret Greymon. Tinha no rosto um sorriso largo, gentil e amoroso.
— Ai está a minha princesa! Feliz aniversário querida. – disse ele abrindo os braços para um de seus abraços calorosos.
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A Princesa e o Plebeu (DEGUSTAÇÃO)
RomanceEstá a procura de um romance clichê, em que a mocinha é delicada e submissa e o mocinho gentil e carinhoso? Então você está procurando no lugar errado. Luciana Evangeline Greymon é uma princesa incomum, segura de si e com uma personalidade forte. Pr...