Minha Linda Vida Não Tão Linda

Prólogo

Quando aconteceu era apenas um dia normal, fui a escola e um pouco depois da aula acabar fui para casa com minhas amigas já que elas moravam perto de mim.
Primeiro deixamos a Laura em casa logo depois foi a vez da Anna e eu fui pra casa sozinha como fazíamos todos os dias.Mas naquele dia não foi igual a todos, eu nem precisei entrar em casa pra perceber que algo estava diferente. A casa estava rodiada de policiais, eu não entendia o que estava acontecendo .Mas assim que eu cheguei mais perto eu entendi, uma pessoa estava caida na frente da minha casa - estava morta - do lado do corpo tinha uma longa poça de sangue. Não dava pra ver quem era, eu só sabia que era uma mulher. Me aproximei mas um pouco, um segundo depois veio alguém por trás de mim me impedindo de chegar mais perto do corpo, não adiantou, eu reconheci aquela mulher, era a minha mãe.
Eu não consiguia pensar em nada não entendia nada, não ouvia nada, eu só conseguia repetir milhares de vezes na minha cabeça: minha mãe não está morta, não pode ser.
Mas eu sabia que isso não era verdade, sabia que não estava imaginando coisas, sabia que era minha mãe que estava ali caida no chão junto a poça de sangue que aumentava.
Minha cabeça girava, eu não sabia o que fazer, sintia minhas pernas bambas e me deixei cair ali, do lado daquela mulher que me criou, que sempre deu tudo que eu queria, sempre me mimou muito, que me dava conselhos, que me ajudou a levantar quando eu caia, mas agora quem aprecia da minha ajuda era ela mas eu não podia ajudar, não dava mas eu cheguei tarde.
Me deu uma tontura repentinamente e eu cai de bruços quase em cima do sangue que se espalhava cada vez mais, eu sentia uma pequena dormencia no ombro esquerdo.
Estava lutando para que meus olhos não feichassem, não queria entrar na inconsciência, não com minha mãe ali precisando de ajuda apesar de eu saber que não adiantaria nenhuma ajuda. Fechei os olhos cheios de lágrimas e apaguei sem saber o que estava acontecendo.
Quando acordei estava eu um quarto branco deitada em uma cama com o meu ombro doendo muito, percebi que ele estava enfaixado. Depois de uns dias de recuperação com visitas apenas da minha tia e da minha avó meu pai veio me ver, era um homem estranho pra mim, ele foi embora quando eu tinha 6 anos e nunca mais voltou.
-Não se preocupe filha eu vou cuidar de você-disse ele acariciando o meu rosto.
Um policial assim que acordei veio me contar que minha mãe havia sido assassinada e que eu tinha levado um tiro perto do peito um pouco depois de ela ter morrido tudo indica que nós fomos baliadas pela mesma pessoa, ainda estavam procurando algum suspeito.
Quem quer que fosse queria ver eu e minha mãe mortas, o policial tinha me feito algumas perguntas eu as respondi e depois veio uma enfermeira o impedindo de perguntar mais ela disse que eu precisava descansar. Fiquei quatro dias no hospital, mas tudo bem eu não queria sair de lá, só de pensar que vou ter que ir a casa do meu pai que é um completo desconhecido pra mim eu desejaria ficar a eternidade lá .