A Patricinha Do Morumbi

Capítulo 53

Alguns dias depois....

Bom depois da minha lua de mel perfeita, nós voltamos pra casa...
Hoje é véspera de Natal, e eu tô super animada... O ano novo nós vamos passar em Los Angeles, não vejo a hora rsrs...
A Júlia me contou que tava grávida, mais me pediu pra não contar pra ninguém pois ela queria fazer uma surpresa....
A minha vida não poderia estar melhor...
As vezes eu brigo com o Gustavo, e sinceramente eu sinto falta da minha vida de solteira, mais basta ver aquele sorriso lindo no rostinho da minha filha que eu vejo que tudo valeu a pena....
Minha mãe e o meu pai adoram mimar a Alice, tudo quanto é brinquedo eles compram pra ela, fora as roupas, rsrs....
Hoje eu quero fazer uma coisa muito importante, pois no ano novo eu não vou estar no Brasil, e eu quero começar o meu ano sem mágoas...
Fui na cozinha atrás da Marina e lá estava ela...

- Marina, preciso que você venha em um lugar comigo.- digo e ela me olha assustada

- Tem que ser agora?.- ela pergunta

- Sim.- respondo

[...]

Minutos depois já havíamos chegado no local...

- Marina fica aqui com a Alice que eu já volto..

- Ok.- ela diz

Entrei no local e fui diretamente na recepção...

- Olá posso ajudar?.- diz uma moça toda sorridente

- Sim, eu vim visitar minha prima, Mary Albuquerque.- digo e ela me olha assustada

- Olha eu te aconselho a não vê-la, pois ela é umas das pacientes mais agressivas aqui da clínica.- ela diz

- Mais mesmo assim eu quero ver ela.- digo sendo grossa

- É só virar no próximo corredor a esquerda, o quarto dela é o 302.- a moça diz

- Obrigado.- digo

Fiquei uns 15 minutos procurando o quarto, até que eu finalmente encontrei, nem fiz questão de bater na porta, entrei direto, a Mary estava irreconhecível, muito magra cheia de olheiras, ela tava deitada lendo um livro...

- O que você tá fazendo aqui?.- ela gritou

- Calma eu só vim conversar.- digo

- Sai daqui, eu não quero conversar com você, aliás eu tô aqui por sua culpa.- ela grita

- O que eu fiz pra você ter tanto ódio de mim?.- pergunto

- Vai me dizer que você não sabe.- ela diz sarcástica

- Não eu não sei.- digo alterada

- Quando a gente era pequena você era a queridinha de todos até da minha própria irmã, todos te admiravam, e eu sempre fui a excluída, você nunca me deixou brincar com você... Mas quando seus pais te mandaram pra Los Angeles eu dei graças a Deus, finalmente todos iam me dar atenção, mais não foi bem assim todos ficavam lamentando a sua partida, e isso me magoou bastante pois ninguém se importava comigo... Com o passar do tempo eu fui me tornando a insuportável da família, e eu jurei pra mim mesma que não ia sossegar até acabar com a sua vida.- ela diz cheia de ódio

- Mary, desde pequena eu sempre te admirei, sempre tentei me aproximar de você, mas você sempre me humilhava e nunca deixava eu me aproximar, você sempre foi a minha priminha do coração que eu queria proteger, com o passar do tempo eu cansei, eu sempre tive a atenção de todos, mas eu não tinha a sua atenção, e eu sempre chorava por isso....E todos se importavam com você também, inclusive a sua irmã, ela te ama demais, e eu vejo o sofrimento dela por saber que você tá aqui nesse lugar horrível.- digo com lágrimas nos olhos