Capítulo 6

580 4 1
                                    

Uma maça verde desaparece

MAIA está agora no último andar do edifício, diante da sala de Luiz Smitt. Ela se prepara para bater na porta quando essa se abre de repente. Luiz Smitt está de pé na sua frente, com agasalho para praticar esporte.
---Não fique tão surpresa, garota --- diz ele, sorrindo cordialmente. --- Costumo sempre correr antes do almoço. Ele passa por Maia e sai.
Marco vê a cara de surpresa de Maia através do binóculo. Depois, observa quando Luiz Smitt sai da loja pela saída lateral do prédio. Ele corre alguns metros e para ao lado de uma calha. Ele se abaixa para amarrar o cadarço do tênis, ao mesmo tempo que apanha alguma coisa na calçada. Em seguida, levanta-se e continua a correr. Ele parece muito satisfeito. Continua correndo... e entra no correio! "Que lugar estranho para correr", pensa Marco.

Enquanto isso, Maia observa a sala de Luiz. É parecida com a sala de Tom Modig: uma mesa, duas janelas para a rua, das quais uma se encontra aberta. As ferramentas de trabalho de Luiz estão espalhadas sobre a mesa. Perto da parede há um cabide.

Maia vai até a janela aberta e acena para Marco, na torre da igreja. Marco acena de volta. Ela dá voltas na sala procurando alguma coisa sem saber exatamente o quê. Examina as ferramentas e tenta abrir as gavetas da mesa, mas elas estão trancadas.
"Alguma coisa está faltando aqui dentro", pensa. De repente, ela percebe: A maçã! Alguma coisa lhe diz que a maçã verde de Luiz Smitt é muito importante. Ela não sabe bem por quê. É apenas um pressentimento. Quando pensa em Luiz, ela lembra imediatamente da maçã.
Maia procura a fruta por toda parte, mas não encontra. Imagina que Luiz deve ter comido. Ela vai correndo para o lixo procurar o talo e as sementes, mas o cesto está vazio!

Marco vê quando Luiz Smitt sai do correio e coloca uma chave no bolso. Depois, ele corre de volta para joalheiria. Nossa! E agora? Maia ainda está na sala, remexendo tudo à procura de pistas. Marco observa quando Luiz abre a porta e desaparece dentro do edifício. Que situação! Ele tem que avisar Maia de algum jeito. Então, Marco abre sua sacola e pega o espelho.

Ele o segura na mão e vai até a janelinha. Vira o espelho para o sol para que o reflexo atinja a sala de Luiz. Consegue direcionar o refexo para o rosto de Maia. No início, ela fica um pouco irritada e tenta proteger os olhos com as mãos, mas logo em seguida entende o recado e corre para pegar o balde os panos de limpeza.
Quando ela vai abrir a porta, esta se abre de repente e um risonho Luiz entra na sala.

---Olá garota--- ele cumprimenta alegremente.

---Acabei de lavar a janela --- diz Maia, carregando todo seu material de limpeza.

"Foi por um triz", pensa Marco na torre da igreja.

O mistério dos diamantesOnde histórias criam vida. Descubra agora