The Night Is Beginning

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Pov : Amber Taylor

"Como um pequeno barco no oceano

Com ondas grandes em movimento

Gosto como uma única palavra

Pode fazer um coração se abrir

Eu posso ter apenas um fósforo

Mas posso fazer uma explosão"

Fechei meu caderno depois de escrever aquelas palavras... Elas ficaram rondando a minha cabeça a noite toda.

Levantei da cama e fui em direção ao banheiro, eu estava péssima, a imagem que refletia no espelho não era pra menos, eu não havia dormido. Entrei no box e tomei um longo banho, eu acho que demorei demais porque quando me dei conta, minha mãe estava me chamando na porta do banheiro.

- Já estou saindo!

Mais tarde naquele dia eu estava sentada no sofá e eu tinha certeza que algo estava errado, minha mãe não parava quieta em um canto e roía as unhas...

- Mãe - chamei sua atenção - Tudo bem?!

- Hm... Na verdade, eu queria te dizer uma coisa filha.

- Fala - desliguei a TV e me virei para prestar atenção no que ela iria dizer. Aquilo estava estranho demais.

- Bom, como nós sabemos - ela engoliu em seco - você tem cinco... cinco meses.

- Mãe, respira fundo, engole o choro e fala logo porque você está me assustando.

- Seu pai quer que você vá passar dois meses com ele em Palm Beach.

- Mais nem morta - debochei mas ela me olhou com uma cara feia - desculpa. Não mãe, sem condições. Eu não vejo o papai a dois anos e agora ele quer passar os meus últimos meses de vida comigo? Sendo que nunca me procurou desde que vocês se separaram? Não!

- Amber, ele é seu pai.

- E você é minha mãe, e eu estou dizendo que vou passar os meus últimos cinco meses com você e não com um cara que não me conhece mais.

Pov : Justin

"Perdendo amigos e perseguindo o sono

Todo mundo está preocupado comigo

No fundo, eles dizem que estou no fundo

E faz dois anos

Que eu sinto falta da minha casa

Mas há um fogo queimando em meus ossos

E eu ainda acredito, eu ainda acredito"

Fechei meu caderno e o joguei na poltrona. Fazia dois dias que eu tentava elaborar uma música mas a única coisa que eu conseguia era essa estrofe.

- Hey, Bieber.

- Fala Ry

Ele pegou o caderno e se jogou na poltrona abrindo e lendo o que estava escrito ali.

- Nada parceiro? - eu apenas dei uma risada desdenhando - Calma, você vai conseguir cara.

Me levantei e peguei uma garrafa de água acabando com ela em segundos. Eu estava exausto, precisava terminar aquela música, iria gravar o clipe de "What Do You Mean" em uma semana e eu ainda não tinha encontrado a garota certa pra gravar e só tinha mais dois dias para isso ou Scooter iria escolher.

Nada contra as garotas que ele escolhia, mas dessa vez eu queria que as coisas fossem do meu jeito. E seriam.

As batidas da música naquelas enormes caixas de som me incomodavam um pouco mas nada que não fosse fácil suportar, o terceiro copo de whisky brincava na minha mão e uma loira muito gostosa me olhava de longe. Não podia melhorar!

- Bieber, maninho! Vem aqui me dar um abraço meu irmão.

Lil Twist

- Lil, parceiro...

- E aí cara, ta de olho na loirinha ali né?! Achei que tu tinha patroa mano.

- Eu e Selena brigamos

- De novo!

- Tanto faz - não gostava de tocar nesse assunto - E aí, trouxe o que eu te pedi?

- Serve essa daqui? - disse balançando o saquinho com um pó branco. Cocaína.

- Você é demais cara.

- Epa, epa. Pera aí JB. Voce tá me devendo 50 pratas, lembra?

- Tá, toma - disse entregando uma nota de 100 para ele - Agora passa isso pra cá - Tomei o saquinho de suas mãos - O belezinha.

- Divirta-se - e logo ele sumiu no meio daquelas pessoas. A noite acabou de começar.

Eu não via mais nada, tudo era um borrão para mim e eu estava com uma vontade imensa de vomitar...

Fui em direção ao banheiro naquela área reservada, não havia ninguém. Agradeci mentalmente.

Era nessas horas que eu via a merda de pessoa que eu estava me tornando, não me admirava que toda vez em que eu me olhava na frente do espelho, eu sentia nojo de mim mesmo. Molhei meu rosto e a tonteira foi passando, mas a vontade de vomitar não, e foi isso o que eu fiz assim que abri a tampa do vaso.

Eu estava me tornando um nada... Um merda! Bufei e me levantei, lavei minha boca e sai do banheiro voltando para perto dos caras.

- Eu vou embora. - disse me aproximando, mas voltei a me sentar novamente quando me desiquilibrei e a vontade de vomitar voltou.

- Tá bem JB? - eu acho que foi o Ryan quem disse isso

- Hm... Ah, aham....

- Vamos, eu te levo.

- Não, to bem Ry, pode ficar.

- Mas como você...

- Ryan, tudo bem, eu vou ficar bem.

- Se você diz...

Ele voltou a flertar com uma morena que dava mole pra ele e eu me levantei novamente e agora consegui permanecer em pé, mas eu continuava tonto e ao som de "I Love It - Icona Pop" eu sai da boate.

Se eu estivesse mais disposto até voltaria para dançar, amo essa música, mas meu corpo implorava por minha cama.

Fui andando até a porta da boate e para o meu alívio não tinha nenhum paparazzi a vista. Do outro lado da rua tinha um ponto de táxi e era para lá que eu ia, eu tinha que voltar de taxi já que vim com um dos caras porque Scooter não podia nem sonhar que eu tinha saído de casa, principalmente para uma boate.

Eu juro pra quem quiser ouvir que eu olhei para os dois lados da rua - e a rua era de mão única - e não vinha nenhum carro. Quando eu fui atravessar, senti um clarão enorme de algum farol no meu rosto e depois só senti o impacto do meu corpo no chão.

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⏰ Última atualização: Nov 23, 2015 ⏰

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