3 parte final

49 9 4
                                    

ve pesadelos frequentes com aquele espelho por anos, sempre me via na sala e uma curiosidade crescente me fazia tirar o lençol. A principio nada acontecia, depois via Arthur com o rosto encharcado de sangue com os olhos revirados, clamando por mim:

- Venha Primo, me sinto tão sozinho aqui, faz frio, não é um espaço tão grande, mas é o suficiente para brincarmos.

Ainda hoje embora não com a mesma frequência eu ainda sonho com ele. Meu primo Felipe estava internado em um hospital psiquiátrico há dez anos.

Na época eu acreditava que Felipe tinha olhado para o espelho, mas ele contou em um dos seus raros momentos de lucidez que viu seu reflexo apenas de soslaio. Meu psiquiatra também tinha uma resposta para isso, foi o trauma de ter presenciado a morte do irmão que o deixou assim, algumas pessoas são mais forte que outras. Me disse ele certa vez.

Casei-me e aceitei que o que havia acontecido foi obra do acaso minha própria avó contou que tudo era uma invenção dela para nos amedrontar.

Depois da morte do meu primo só voltei na casa dela por duas ocasiões: A primeira há dois anos atrás quando meu avô faleceu, e a segunda alguns meses atrás quando minha avó faleceu.

Embora minha avó fosse uma pessoa cheia de vida depois da morte de meu avô ela já não era mais a mesma raramente nos ligava, ou visitava, foi encontrada morta em frente ao espelho com o lençol negro na mão; suas feições conforme me contaram eram as mesmas do meu primo. Pelo menos uma vez por ano ainda tenho aquele sonho...

Agora não são apenas um, são dois clamando por mim!

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Nov 26, 2015 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

O espelho que roubava almasOnde histórias criam vida. Descubra agora