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d m ' s | capítulo vinte e dois

Bella

"Tens de ter mais cuidado Bella. Que ideia mais estúpida de ires assustar o cão"- o meu pai repreende-me ao saírmos do hospital.

Os meus cabelos voavam com o vento quente que passava e pude finalmente respirar ar puro e não o 'ar' doentio do hospital.

"Eu sei pai mas foi sem querer, eu apenas queria brincar."-defendo-me enquanto entro dentro do carro e ele faz o mesmo.

"Ok mas tem mais cuidado para a próxima."-diz pela milésima vez e eu assinto colocando o cinto de segurança.

"Mas não vais devolver o C.J pois não?"-pergunto receosa mas logo recebo um sorriso reconfortante da sua parte.

"Claro que não, foi apenas um acidente"-gargalha um pouco e eu também.

"Tenho fome"-o meu pai reclama suspirando.

"Oh céus eu também e não sabes o quanto"-falo meio que desesperada e ele ri.

'Tenho uma ideia"-exclama assustando-me.

"Diz"

"À uns dias quando saí do trabalho à hora do almoço, fui a um restaurante ótimo com uns amigos. Queres lá ir?"-propõe entusiasmado.

"Claro. Qualquer coisa serve, eu só quero mesmo comer."-gargalho e ele arranca o carro abanando a cabeça negativamente em forma de gozo.

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Depois de uns 20 minutos a rir e a falar sobre o trabalho e escola, finalmente o meu pai estacionava o seu carro no parque de estacionamento do restaurante.

"Chegámos"-avisa saíndo do carro e eu saio depois.

Certefico-me de que tenho o meu telemóvel e carteira e quando percebo que sim, vou atrás do meu pai que já esta a um pouco à minha frente.

O parque de estacionamento era enorme e era preciso andar um pouco.

O estabelecimento parecia bastante bonito e simples, as paredes eram um amarelo vivo, e o telhado laranja tinha umas letras grandes cinzentas em itálico com o nome do mesmo.

Haviam umas mesas cá fora de madeira e chapéus de sol laranjas também.

Admirava bem o local onde ia comer, mas uma situação à porta do mesmo chamou a minha atenção e a do meu pai.

"Que é aquela confusão toda?"-pergunta tão confuso como eu.

"Não sei"-sussurro tentando perceber realmente o que se passava.

Como já aconteceu uma vez, havia um grande grupo de raparigas a gritar loucamente à porta do restaurante. Muitas saltavam enquanto seguravam cadernos, folhas ou CD's nas suas mãos.

"Acho melhor virmos noutro dia"-o meu pai sugere abrandando o passo mas eu continuo.

"Não! Anda ver o que se passa!"-exclamo e começo a correr até ao local. Olho para trás e o meu pai vem atrás de mim lentamente enquanto revira os olhos.

Pode ser o Justin...

Assim que chego à porta, as raparigas param de gritar quando um homem forte, com um fato preto e alto começa a falar.

"Peço por favor, que se retirem o Sr. Bieber precisa de passar. Se não o fizerem serei obrigado a agir de outra forma"-ao ouvir aquele nome bloqueio por completo.

As raparigas afastam-se um bocadinho, o senhor abre a porta e mais um homem praticamente igual sai.

Eu ainda estava completamente em choque.

De seguida uma figura um pouco mais pequena, com umas calças pretas rasgadas e um casaco da mesma cor sai do estabelecimento.

O meu coração parecia ter saltado do meu corpo naquele momento.

O seu rosto mal se via devido a estar com o capuz do casaco, mas eu consegui avistar um pequeno tufo de cabelo loiro e os lábios carnudos que tanto conheço.

É ele! É ele porra. Justin Drew Bieber está agora na minha frente.

Os gritos das fãs começaram a soar outra vez, mas agora muito mais intensos.
Num ato repentino começei a fazer o mesmo.

Ele e os seguranças queriam passar mas eram impedidos pelas 'loucas' incluíndo eu.

Ele estava ali, tão perfeito à minha frente, eu estava tão perto dele neste momento.

Perto da pessoa que mais amo no mundo, com quem sonho noite e dia, com quem falo todos os dias.

O meu ídolo.

"JUSTIN!!"-gritei o mais que pude sentindo a minha garganta arranhar e secar por completo.

O mesmo vira-se para trás, fazendo os berros intensificarem-se mais ainda, se é que fosse possível.

Os seus olhos avelã mais bonitos ao vivo, percorreram o monte de raparigas onde estava metida até o seu olhar encontrar o meu.

O meu sangue pareceu não circular mais, o meu corpo podia cair a qualquer momento e a minha cabeça andava completamente à roda.

Com todas as forças e voz que ainda tinha gritei, gritei como nunca havia gritado antes.

"JUSTIN!!!"

Tudo parecia estar em câmera lenta, os gritos das outras fãs estavam abafados na minha cabeça.

Era como se fosse só eu e ele. Um sonho.

O mesmo arregalou os olhos e os seus lábios cheios entreabertos sussurraram lentamente:

"Bella."

fim do capítulo

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