"Molly se você não descer desse quarto agora eu vou te buscar pelos cabelos!" ouço a voz irritante da minha mãe a chamar-me e eu reviro os olhos enquanto beijo o chão do meu quarto. Oh como vou sentir saudades tuas meu companheiro de todos os dias e noites.
A pior coisa do mundo é sair de casa para ir morar em um maldito colégio, não sei o que é pior , os alunos ou os professores.
Minha mãe já está farta de mim, - pelo menos é o que ela diz - ela odeia quando pulo a janela pra ir para festas e principalmente quando chego em casa acompanhada do guarda lá da esquina só por que eu fiz a gentileza de pintar o muro do vizinho. Não temos mais liberdade nesse mundo, tudo é crime, até mesmo a minha felicidade."Molly sua--" antes de minha mãe terminar a palavra eu apareço nas escadas com minha pequena mochila nas costas.
"Cadê tuas malas?" resmungou ela e eu revirei os olhos.
"Se encontra em minhas costas." apontei para minha mochila.
"Cadê suas roupas Molly?" ela parece estressada.
"Queimei." exclamo.
"O que?" reviro os olhos ao ouvi-la gritar.
"Eu não preciso de roupas, vou ter que ficar vestida em um pijama todos os dias
""Que pijama Molly?" resmungou.
"Ah mãe, a porra do uniforme."
"Para de falar asneiras e entra no carro."
Faço o que ela pediu, e logo o carro da partida.
Observo as grandes montanhas de Londres e depois ponho minha atenção na grande estrada a nossa frente.
Nesse momento eu estaria ouvindo música se minha mãe não tivesse me tomado o fone de ouvido."O que tem lá que eu tenho que aprender mãe?" abro a boca depois de alguns minutos.
"Disciplina." murmura.
"Isso eu tenho pra dar e vender." digo revirando os olhos.
"Sei." exclama.
"E qual a diferença da minha escola e desse hospício?"
"A diferença é que lá você vai aprender mais coisas, e ira de respeitar as regras."
"Oh claro." rio.
"Não estou a brincar Molly!" reviro os olhos.
"Nem eu."
"Como é lá?"
"Molly, lá é diferente. Não é uma escola qualquer, você aprendera muitas coisas. Os alunos de lá todos já usaram drogas, igual a você. Estúpidos." quando eu ia abrir a boca ela continua.
"Digamos que é uma escola para perderes o vício da maconha e aprender a viver de verdade."
"Pera, a senhora disse maconha?"
"Molly!"
"Então todos lá já usaram umas coisinhas." faço cara de paisagem.
"Sim."
"Agora eu gostei." sussurro.
[...]
Depois de quase meia hora na estrada, finalmente o carro parou na frente de um enorme prédio. Era muito grande e cheio de janelas de vidro, tudo era luxuoso e muito bonito.
"Molly,você vai entrar e ir na secretária pegar seu horário e o número do seu quarto. Eu tenho que ir pro trabalho, cuide-se."
"Ta bom, eu me viro."
Saio do carro e entro no grande portão de ferro, assim que pus o pé para dentro desse lugar percebi que os alunos pareciam estar mortos, os olhos vermelhos e inchados e as respirações com cheiro de álcool. Parece que eu vou gostar desse lugar.
Passei mais de quinze minutos procurando a maldita secretária, mas não achei nem um funcionário dentro desse inferno. Já cansada de andar feito barata ali dentro, me aproximei de um garoto que tinha uma turminha junto a ele e resolvi pergunta.
"Oi. onde fica a secretária nesse buraco?" pergunto educadamente ao garoto de olhos azuis e cabelos preto a minha frente.
"E por quê eu iria te dizer?" ergue uma sobrancelha.
A filho da puta
"Por quê eu perguntei." retruco.
"Não sou obrigado a te responder." os outros que ali se encontravam apenas me olhavam como se estivessem a espera de uma resposta.
"Então vai descansar nos aposentos do diabo, filho da puta." sai de lá ao ouvir os gritos e a cara furiosa do gostozinho ignorante.
Oh foda-se, agora a besta vai ter quer achar a secretária sozinha.
*
Quando achei a secretária que ficava no andar de cima, peguei meu horário e o número do meu quarto.
Segui o caminho que a diretora pediu que eu seguisse e assim que cheguei lá, uma garota totalmente vestida de preto, cabelo vermelho e olhos verdes estava sentada na cama a escutar música.
Reviro os olhos e entro lá sem falar com ela, jogo minha mochila na cama, tiro meus sapatos e me jogo na cama.
"Ah, desculpa não tinha te visto." a garota lança-me um sorriso amigável .
"Oi." digo.
"Sou a Darcy, e você?"
"Molly."
"Prazer Molly. Huum vou ir almoçar se quiser vim comigo." ela levanta-se.
"Não obrigada, prefiro dormi e sonhar que estou nos Estados Unidos a cavalgar em um pônei rosa nas nuvens." reviro os olhos e deito-me para dormi.
Ela simplesmente foi almoçar, e não insistiu para que eu fosse com ela. Isso me causou uma revolta, até porque eu gosto de ser o centro das atenções de uma forma ou outra. Levantei rapidamente da cama, e desci para almoçar.
Todos já estavam no refeitório, a medida que eu andava, dava para perceber os olhos de cada um me observando.
Peguei uma bandeja, e a merendeira me serviu; Arroz, feijão, ervilha e uma papa, que devia ser poré de batata. Olhei bem pra comida e pensei o quanto eu não devia indigirir isso. Andei procurando uma mesa para almoçar, foi quando eu passei perto do gostozinho ignorante que tretou comigo;
"Hey burguesinha, qual droga você cheirou para poder parar nesse lugar ?" Perguntou e todos riram.
Eu ignorei e tentei proseguir...
"Não pessoal, ela não tem cara que usa as mesmas drogas que usamos" Ironizou. "Acho que ela cheira cola mesmo, olha pra cara dela".
Ele me irritou profundamente, eu já não queria comer a comida mesmo.
"Ops, seu cabelo estar tão, tão...lindo" Sorri de lado.
Peguei o prato que estava cheio de puré e taquei na cabeça dele. Isso fez ele ter um ataque.
"Você fumou ?" Perguntou. "Vai se foder filha da puta!"
O que eu não esperava era que a diretora assistiu tudo, isso que dizer que eu estou ferrada.
"Primeiro dia e já está criando festa sra. Molly?" Ela perguntou me encarando.
"Não chamaria de festa, e sim de show. "

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College • hs
Teen Fictionuma garota problemática e anti-social se ver forçada a ir para um colégio interno onde lá conhecera o garoto mais otario do que sua vida