Capítulo 1- Megan

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4 anos depois

...

Acordo ás 6:15 da manhã para começar meus exercícios físicos, aliás, precisava entrar em forma para a grande turnê pelo mundo. Saio para correr no parque onde vou toda manhã, isso faz eu esvaziar a mente, porque à quatro anos tomo remédios para dormir.

Posso ser uma grande estrela da música atualmente, mas ainda sinto falta de algo em minha vida, por isso toda noite tenho pesadelos, ou insônia, e correr ajuda a não enlouquecer. 

                                                                                             ...


Estava num momento decisivo da minha carreira, era muito cortejada e tinha milhares de fãs. Iria fazer uma turnê mundial e à meses estava me preparando. Antes do turnê, iria concorrer ao Grammy, na categoria de melhor musica do ano, em Paris, em duas semanas. Já tinha comprado o vestido mais bonito do estilista Valentino, minha aparência era um fardo importantíssimo no meu status de glamour. Eu já tinha sido considerada a Top Teen mais fashion do mundo. achava essa uma dádiva de poucos, mas embora eu tenha conquistado tudo isso, me sentia vazia por dentro, sentia que faltava algo.

 Fui para o estúdio com esse pensamento. À tempos estava me tratando com um psiquiatra por causa da forte depressão que adquiri aos 19 anos.

Chego ao estúdio e Robert vem ao meu encontro.

___ Querida Meg, tenho ótimas notícias!

___ Oi Rob, diga.

___ Iremos promover um concurso para bandas iniciantes, e uma irá abrir seu show em Paris.

___ Ótima ideia Rob.

___ Faremos os testes em Paris, enquanto você se prepara para a entrega do Grammy.

___ Ok, como quiser.

Fui para minha sala de música, pego o violão e começo a folhear algumas cifras, dedilhando algumas notas. Não estava conseguindo tocar nada, então coloquei as mãos no rosto e fiquei meditando.

___ O que está acontecendo comigo? - pergunto para mim mesma.

Me levanto e saio para o jardim que tem nos fundos do estúdio, estava enlouquecendo. Deixo o vento bater em meu rosto, é uma sensação revigorante.

Olho meu relógio de pulso e vejo que está na hora da seção com o Dr. Nelman. Vou para o consultório com meu motorista, pois não estava com disposição para dirigir.

___ Olá Megan, como está hoje?

___ Oii Dr., não estou me sentindo muito bem, estou com "aquela sensação" de novo.

___ Oh, que tal aumentarmos um pouco a dose do seu medicamento? Tudo bem?

___ Não quero remédio nenhum! - digo seria.

___ Querida, você tem que tomar, é para o seu bem! Quem sabe se você tomar direitinho não vamos diminuindo aos poucos - diz ele , e isso me irrita.

___ O senhor diz isso à quatro anos!

___ Sim eu sei, mas sempre que você está melhorando acontece alguma coisa e aí vem a recaída.

Fiquei pensando no que ele disse e me senti mal por isso. Quando a seção terminou, fui para casa, precisava muito de um banho.

Meu apartamento parecia mais vazio ainda durante a noite, quando o silêncio e a escuridão tomavam conta do espaço. Mão consegui dormir mais uma vez, me levantei e tomei os remédios, numa tentativa de dormir um pouco, e até que funcionou. Mas seria uma noite perturbada de pesadelos e lembranças do passado. 

Amanhã seria um novo dia. As vezes meus dias eram assim, monótonos, e quando acordo me sentindo assim, as horas parecem uma eternidade.



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