1º Capítulo

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"A gente é capaz de tudo quando olha nos olhos da pessoa certa, e vem aquela aceleração no coração, aquele nervosismo que não sabemos o porque, aquela felicidade, a gente é capaz de tudo quando sabe amar, a gente é capaz até de desistir da nossa felicidade, pela de quem a gente mais ama."

LUCY

Minha vida nunca foi aquelas vidas legais, onde várias coisas acontecem, aquela vida de suspense, ou emoção, onde você encontra um amor e acredita no "felizes para sempre", quem acredita nisso? Eu sou Lucinda, Lucinda Price, sempre fui aquela garota que animava todos mesmo não estando em um dos melhores dias, aquela garota que pra sociedade não se encaixa no padrão de "garotas", aquelas garotas que são o homem da casa. Sim, me encaixo nesse grupo de garotas, não estou arrumada o tempo todo, meu cabelo nem sempre ta agradável, nunca fui de ser muito simpática e nem educada demais, claro que sempre quando era necessário, mas quem me conhece, sabe que não curto muito isso.
Há três semanas atrás eu fiz o vestibular e a pouco tempo, logo quando saiu o resultado, eu vi que havia passado para a faculdade, eu estava super feliz claro, iria de fato começar a estudar e em breve me formar, e começar a viver independente.

"Lucinda?" Gritou minha mãe "você vai se atrasar minha filha, estou te esperando no carro, não esqueça nada"

"Ta certo mãe, eu já vou"

Terminei de arrumar minhas coisas, e até me preocupei em está apresentável.
Duas horas depois de viagem, cheguei na faculdade. Era enorme e tudo muito perfeito, nunca havia ido pra tão longe de casa e começar a morar sozinha, acompanhada de uma colega de quarto. Enquanto admirava aquela paisagem, e ficava maravilhada com tudo o que via ao meu redor, acabei sentindo algo contra mim, quando dei de fé, eu tinha esbarrado em um garoto, comecei a pedir desculpas e dizer que eu era sim distraída, mas quando olhei naqueles olhos verdes que pareciam duas esmeraldas, me faltaram palavras, a gente ficou naquele silêncio que não era constrangedor, até que notei um pequeno sorriso no canto do seu rosto, quando ia começar a me desculpar novamente, ele falou.

"Olha por onde anda garota, da próxima vez preste mais atenção, eu não vou mas deixar passar se isso acontecer novamente, e que fique avisado!"

Ele era realmente lindo, um corpo bem malhado, que dava pra vê que ele tinha algumas tatuagens, quando pensei que podia ter a chance de pedir desculpa e até tentar ser educada, ele abre a boca para ser um grosso

"Olha senhor dono do mundo, eu posso até não está prestando atenção, mas não quer dizer que você estava pois não? Você também esbarrou em mim, e ainda por mais foi grosso quando eu ia me desculpar, então você não precisa falar assim comigo. E não, não irá ter uma próxima vez, pode ficar bem tranquilo"

Encarei mais uma vez no fundo dos seus olhos que por algum motivo, me deu vontade de ficar ali só olhando os seus olhos e nada mais. Mas não, eu não ia esquecer o quanto rude ele foi, peguei minhas coisas e fui atrás do meu quarto, quando encontrei o número 20 com uma letra B ao lado eu entrei e me joguei na cama, e por mais que eu forçasse minha cabeça a esquecer dele, ela lembrava ainda mais.

HARRY

Cheguei no meu quarto e eu estava impossível, se aparecesse algum idiota na minha frente para me encher a paciência, era capaz de eu arrancar as bolas fora. Quem aquela garota pensa que é pra falar daquele jeito comigo? Ela não sabia com quem estava mexendo, e nem sabia na encrenca que ela arranjou. Eu queria esquecê-la, queria não lembrar dela e nem daqueles olhos cinzas de tão azuis que eram, não conseguia tirar da cabeça aquele sorriso que ela tinha quando eu estava me forçando a não sorrir e acabei deixando escapar um meio sorriso. O pior de tudo é que nunca isso aconteceu comigo, várias pessoas me enchiam o saco o tempo todo e eu nunca liguei pra isso. Sempre passava por cima, sempre dava a ultima palavra e deixava elas magoadas e destruídas, nunca me importei, não até aquele momento, o momento que eu vi aqueles lindos olhos, ficarem mais escuros de raiva e a pupila dilatada por puro ódio e raiva, e sim, isso me tocou de uma forma que não quero admitir.

"... E então Harry? Você vai né?"

Estava tão perdido em meus pensamentos que não percebi que Luke já tinha chegado e estava a falar comigo.

"Harry? Terra chamando Harry. Cadê você cara? Ta pensando em quem vai levar pra cama hoje?"

"O que você estava falando?"

"Então.. Vai ter uma festa na casa da fraternidade e eu estava te chamando pra ir, você sabe que as festas não são as mesmas sem tu porra"

Todos sempre falavam isso, mas eu nunca fui fácil de ser enganado nem nada, eu indo ou não, eles iam se divertir, comer garotas por pura diversão, ia ficar bêbados e drogados, e no outro dia iam acabar com uma ressaca daquelas, e não era eu que ia fazer com que fosse diferente.

"Hum.. Vou pensar"

"Como assim pensar? Você nunca foi de pensar. Se o problema for garotas que sabem foder, não se preocupa, tem a Janise e é só chegar nela que ela aceita numa hora"

O Luke sempre foi assim, ele é o que mais me conhece da nossa turma de amigos, ele e o Louis, éramos inseparáveis no passado, o Louis anda por aqui quando quer, e o Luke é o meu melhor amigo e companheiro de quarto. Ele estava impressionado que hoje eu ia pensar, mas o que há de mal em pensar se vou ou não pra uma festa, comer ou não alguma puta? O problema era esse, eu nunca fui mesmo de pensar, sempre concordei e acabava como todos no final, bêbado, drogado, ao redor de putas que eu tinha comido. E era sempre a mesma merda. Eu já estava cansada dessa rotina toda, não sei se queria ir, mas não queria Luke me fazendo perguntas o tempo todo, nem nenhuma dessas merdas, se não eu ia acabar perdendo a paciência e socando aquela cara de anjinho dele.

"Eu vou Luke, agora sai daqui porra, vai atrás de alguma puta pra tu foder e me deixa"

"Quem te mordeu Styles? Relaxa cara."

Luke não estava me ajudando então resolvi sair eu mesmo já que ele não ia. Acabei indo dar uma volta pelo campus, em um bosque que tinha ali perto onde tinha uma cachoeira, eu gosto de ir lá e ouvir a água descendo, aquele silêncio e ao mesmo tempo barulho de paz, meu contato com a natureza sempre foi assim, um dos melhores, não pareço ser desse tipo, mas dentro de mim há muito mais do que deixo as pessoas verem, e alguém um dia irá descobrir e vou permitir deixá-la vê. Logo afastei esses pensamentos idiotas da minha cabeça. Quando percebi já estava tirando a blusa e a calça, ficando só de boxers e mergulhando.

N.A: Oi gente, me digam se estão gostando pra mim continuar, só vou continuar essa fanfic com a opinião de vocês, agradeço desde já <3

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