Até Amanhã - Série Cris E Ted - Nos Anos Da Faculdade

até amanhã - Cris e Ted - nos anos da faculdade

Era junho. A luz da aurora nem se quer havia pintado no céu, trazendo consigo a promessa de um novo dia, e Cris Miller ja se encontrava de pé, correndo apressadamente pelas ruas de pedra da cidade de basel, na Suíça. Dando passos largos, a jovem dobrou a esquina em direção a estação de trem. Notando que que no ritmo de seu coração achava-se mais acelerado que de suas pernas.

Desta vez não vou chorar ou encontrar o Ted.

No último Natal, quando fora visitar a família na Califórnia, Cris desabara a chorar ao ver o rapaz. Ele simplesmente ficara parado em sua frente, como se não soubesse direito o que fazer com ela. O choro, que na hora parecia não acabar mais, fez com que Cris sentisse frágil e sem jeito diante dele.

Hoje hoje sou uma pessoa bem mais forte do que era Natal. Não Vou Chorar.

Já no final da rua, virou à esquerda. Mas seis quarteirões e estarei na estação.

E desta vez não vou deixa a Kátia me convencer a fazer coisas que não quero.
Se é para eu, o Ted e ela nos darmos bem durante as próximas três semanas em que viajaremos pela Europa, então, tudo terá de decidido em conjunto.

Cris apertou os longos cabelos castanhos com a mão, para ver se ainda estavam muito molhados. Havia tomado um rápido banho pela manhã bem cedo. Foi então que se lembrou de que dali a um mês comemoraria seu vigésimo aniversário. E os 20 anos, deveria enfrentar a vida como uma mulher forte e independente, certo? Era o que pensava.

Está na hora de tomar uma posição quanta a minha vida. Não vou deixar que Kátia fique sempre determinando o que devo e não devo fazer.

Tomar decisões nunca fora o ponto forte de Cris, e por isso mesmo ela estava disposta a mudar. Começaria tudo de novo, da estaca zero, me mostraria aos amigos o quanto havia mudado e amadurecido durante o ano que passara estudando na Suíça.

Pensava ainda no assunto quando sentiu no ar o delicioso aroma de pão fresquinho vindo de sua confeitaria, predileta, que ficava no final da rua. Aquele era um lugar especial e caminhar até lá todos os sábados pela manhã tornando-se um hábito para Cris. Era uma forma de se "recompensar" pelo empenho durante Mais uma difícil semana de aula na universidade Ed trabalhar no orfanato onde era voluntária.

Uma "recompensar" bem melhor chegará no trem das seis e quinze horas, diretamente do aeroporto de Zurique, pensava, sorrindo. E a primeira coisa que eu, o Ted e a Katia vamos fazer sera vir aqui a essa konditorei. Vou oferecer-lhes algumas das deliciosas quitandas suíças.

Levantando o rosto, Cris inspirou o delicioso aroma mais uma vez. Parou por uns instantes e fez rapidamente um trança frouxa no cabelo, prendendo-a com um passador que colocara no bolso da calça. Afinal o céu começara a clarear, exibindo uma tonalidade lilás - acinzentada, e nas árvores os passarinhos cantavam alegremente.

Já no último trecho do trajeto, Cristo caminhava apressadamente com passos ligeiros. Ao chegar olhou para os dois enormes Leões de pedra que guardavam a entrada da Bahnhof de Basel e, estampando um sorriso no rosto, entrou e foi conferir o quadro de horários. Ted e Katia chegariam dentro de sete minutos, na plataforma quatro. Cris correu em direção ao local, pois queria estar presente para receber seus melhores amigos assim que descessem do trem. Para sua supresa, a estação achava-se bastante movimentada e barulhenta em comparação às ruas que andará pouco antes. Chegando ao local indicado, Cris se pós a esperar os amigos, tomando cuidado ao se posicionar, mais ao centro, para que pudesse avista-los independentemente de que lado descessem. Poucos minutos depois o trem apontou na estação.

uma multidão de executivos, homens e mulheres, desembarcou. Por um momento, Cris teve a impressão de ter ouvido um gritinho familiar em meio ao ruido de pessoas apressados que se ouvia. Olhou para um lado e para o outro, esperando a ver a qualquer momento um vulto de cabelo leve e acobreado de katia em meio a toda aquela gente. Contudo nao viu ninguém, Cris se virou então para ver se por acaso os amigos estavam na outra ponta do trem. De repente, foi como se tudo ao seu redor girasse em câmera lenta. Não sabia se aquela tonteira fora provicada por uma redução súbita do nivel de adrenalina, que estivera alta quando caminhava para a estação, ou se era a multidão apressada que a estava deixando assim. Mais de uma coisa estava certa: os penetrantes olhos azuis que a pouco avistara só poderiam ser de uma pessoa.