Lua sangrenta

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Era 23horas John chorava desesperado, não é que eu não gostasse dele, eu apenas não conseguia ouvir ele chorando, sentia grandes dores no ouvido ao ouvir ele chorando, o médico disse que iria passar, que era psicológico, naquela noite esperei minha mãe chegar, e sai dar uma volta caminhando, me lembro que quando fui sair minha avó disse para eu não ir em lugares escuros, mas não dei muita bola.
O Bairro era um lugar bonito, com pouca ou nenhuma pessoa na rua, mas bonito, casas gigantes e escuras, com árvores nas calçadas, era um bairro bom para se morar, tínhamos nos mudado a pouco tempo, deixei a brisa tocar meu rosto e Fechei meus olhos, quando abri a luz do poste onde eu estava tinha se apagado, quando olhei para traz, outras luzes estavam apagadas, achei estranho mas continuei, eu comecei a me assustar quando notei que as luzes se apagavam conforme eu caminhava, comecei a correr e para minha surpresa as luzes começaram a se apagar mais rápido, qndo parei e vi a Rua longa com árvores bonitas e com luzes acesas a minha frente, e luzes apagadas atrás de mim, foi aí que notei uma escuridao, do final da rua até onde eu estava se aproximando as luzes vieram se apagando um a uma, sobrando apenas a qual eu estava de baixo, me assustei e ouvi alguém sorrindo, logo perguntei quem era, estava escuro, eu via um vulto caminhando na escuridão, quer saber quem é? O vulto me perguntou, fiquei assustada, mas logo perguntei, que tipo de brincadeira era aquela.
Me lembro como se fosse ontem a luz se apagou e algo pulou em meu pescoço, eu sentia meu sangue sendo puxado de minhas veias, e comecei a pensar em John e dizer, "meu filho, meu filho" para minha surpresa antes que minhas forças acabassem aquilo que me atacou parou, eu não via nada, além de escuro minhas forças tinham acabado e eu enxergava embaçado, mas pude ouvir _ você tem um filho? Não vou tirar você dele, deixarei você ver ele crescer porém morta, e tudo ficou escuro não senti mais nada, nem uma brisa, nem um toque, nem meu pulsar ou respirar.
Acordei com o sol batendo em meu rosto, não havia marcas de machucado, eu estava suja de sangue, mas sem nenhum ferimento,  me levantei assustada, nossa como o sol ardia, eu mau podia abrir meus olhos, quando cheguei em casa, minha mãe gritava de desespero, em me ver cheia de sangue após passar a noite fora, contei o que aconteceu, mas ninguém acreditou.
Não demorou para eu sentir fome, e que fome! Eu devorei tudo o que tinha na geladeira, minha mãe até se assustou, e eu também, não tinha mais o que comer e minha barriga chegava a doer de fome, minha mãe achou estranho e me levou ao médico, qndo falei para ele o que eu tinha, ele deu risada, deve ter pensado que eu era anoréxica, foi qndo uma enfermeira me chamou e disse que sabia o que eu tinha, me levou em uma sala escondida e me deu um copo com algo que cheirava muito bem e pediu que eu tomasse, era muito bom, tomei 4 copos e me senti satisfeita, ela me perguntou se eu não sabia o que eu tinha, eu disse que não sabia, ela disse que ela era assim também, mas que fazia a dieta do mês para não perder o controle, perguntei o que era, ela me contou que tinha um amigo assim, e ela  sofreu um acidente, e ia morrer, quando este amigo foi visitar ela no hospital, ela disse para ele deixar que ela pudesse ver seus amigos e familiares, mesmo que morta, então o amigo dela a transformou, meus olhos estavam muito abertos olhando para ela entao perguntei, transformou em que?. Ela não soube responder, ela me explicou que tudo nela funciona normalmente mas ela está morta, explicou que preciso controlar a fome para não machucar as pessoas, e disse para eu beber sangue, uma vez no mês, eu achei nojento e disse que jamais beberia, ela riu e disse que sabia que eu falaria aquilo, por isso me deu de beber sem que eu soubesse, fiquei surpresa em saber que o que eu tomei era sangue, era muito bom. Ela me disse que é bom mas vicia, por isso 4 copos era o suficiente parâmetros manter no mês, sem atacar ninguém, disse que ia ser fácil, porque eu não era viciada ainda, também disse que eu envelheceria mais devagar, me impressionou quando ela disse que tinha 67 anos, ela parecia ter 40 no máximo, ela me disse que envelhecerem, porém muito devagar,e não conseguirem ficar mais de 10 anos em uma cidade despercebida, ela disse que tínhamos um poder de persuasão muito grande, e podíamos convencer as pessoas fazer qualquer coisa, me encontrei outras vezes com ela, aprendi a me controlar e fiquei naquela cidade por 5 anos, me mudei para uma cidade pequena em um bairro bom para se morar, já fazem 9 anos que tudo aconteceu, John tem 9 anos eu, continuou com minha carinha de 19, como vai ser? Não sei, como será. Eu aprendi me controlar, não tomo mais que 4 copos por mês, não deixo de tomar nenhum mês, para não sentir fome, tenho diversos amigos sangue puro, são pessoas normais, e tenho uns amigos com o mesmo que tenho, vivemos entre pessoas normais, uns escolheram ser assim, outros foram pegos como eu, minha família hoje acreditam em mim, me ajudam a viver camuflada, ainda nao posso ouvir choros de neném, mas não caminho mais na escuridão,  meu filho John, me chama de Dracula as vezes, ele tem um ótimo senso de humor, e eu, aprendi a viver cada segundo, já que minha vida será bem longa.
Mas se quer um conselho... Não ande na escuridão!

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