Infância

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Quem se lembra dos dias de sua infância, conhece muito sobre a sua própria vida. Contenta-se com aquilo que tem e consegue saber até onde pode chegar. Mesmo que se perca em alguns buracos, Tropece nas pedras na estrada, saberia o que fazer para seguir em frente. Quem me dera ao menos uma vez ser um desses poucos.
Nossa vida nada mais é que a consequência de nossas escolhas e portanto, tudo é evitável. Mas até que ponto? Lembro-me de quando era mais novo, onde tudo era mais agitado e o que importava era se divertir. Ninguém conhecia o significado de Cansaço. E assim aproveitávamos a infância. Nada era capaz de impedir nossa diversão. As arvores, eram esconderijos fáceis, os muros, barreiras insignificantes, as janelas alvos eram fáceis.
Na escola, havia os romances – inclusive lembro-me do meu até hoje e confesso sentir falta – dos quais, poucos gostavam mas, nem por isso deixávamos de aprontar com nossos amigos.
Conforme o tempo passou, as coisas perderam a graça. As amizades, diluídas em água, os amores sumiram como areia solta ao vento e a alegria se escondeu para muitos. Alguns mantiveram contato com os fiéis amigo enquanto outros se afastaram para lugares distantes. Fui um daqueles que seguiram o rumo Solitário. Deixei tudo, recomecei do zero – e não foi fácil, ainda não é – construí minha imagem, meus ideais, mas meus amores eram os mesmos. Aquele rosto ainda é tão belo, mesmo depois de tanto tempo. Tornei-me forte e inabalável por ter feito uma proeza da qual eu não acreditava, ou achava ser forte. Fui um tolo ao me deixar levar por impulsos – e cai entre nós, Ambos sabemos o que acontece quando agimos sem pensar . Assim eu aprendi que devia cair, não uma vez, duas, mas sempre que possível. A vida é uma caixinha de surpresas da qual podemos aprender com ela ou odiá-la, basta saber seu ponto de vista.
Graças ao meu primeiro romance, minha queda foi dura, foi uma lição que marca até os dias atuas e no entanto, a mais feliz queda de todas as que já tive. Peço desculpas pois preciso ir. Adoraria contar mais sobre o que sei enquanto estou no galho desta arvore vendo o belo pôr-do-sol, mas meus amigos me esperam e eu não vou deixa-los na mão.






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