Jogo Infinito

Capítulo 7 - Milles

O primeiro dia de competição chegou, antes do sol se levantar, e os preparativos começaram. Todos os competidores estavam trajados com uniformes pretos, calça colada ao corpo e blusas mais soltas, e coturnos pretos completavam o uniforme. Do hotel fomos levados a sede dos jogos um estádio grandioso construído para a competição, muito maior que um estádio e muito mais avançado também. Centenas de espaços, mas a área principal era o salão dos vencedores, um lugar onde a maioria dos jogos aconteciam. Era um espaço amplo onde os magnatas com dinheiro suficiente para assistir ao Jogo Infinito sentavam se confortavelmente. Onde também a mídia tinha maior espaço para fazer o show acontecer. Todos estavam sentados em seus lugares, quando adentramos o espaço pude ver uma arena de metal, o chão e tudo ao seu redor, o público se sentava ao redor e em cima nos camarotes, tudo com muita pouca iluminação. Nunca havia visto nada do tipo, era grandioso demais. Enteamos em um vestiário masculino, Lukam e walter está lá comigo, um instrutor entra e da nos as instruções, o primeiro jogo seria uma batalha de robôs, e não, não controlaríamos as maquinas, estaríamos dentro das maquinas. Parecia que Walter iria explodir, nosso líder não aguentaria a pressão de ser amassado. -Todos prontos? Esse é o jogo, só os melhores sobrevivem. -Senhor mais eu não sei controlar uma coisa dessas. - Um cara disse a voz fina e insegura. -É como estar no seu corpo, não é muito difícil e nem pesado, vai dar mal só se vocês tomarem um tiro do oponente. - o cara saiu do vestiário gargalhando. Isso era os jogos, coisas que te testam de todas as maneiras, suas capacidades, habilidades pra no fim ter cinco vencedores, levando milhares de desesperados por fama e dinheiro para arenas e competições, e eu estava ali, tudo para mudar minha vida, e agora mais do que nunca, haviam dois motivos, me manter vivo se meu tio viesse falecer ou se ele ainda estivesse vivo, pagar um tratamento para ele. Assim que saímos do vestiário encontramos Ana e Sophia juntas nos esperando. -O que vamos fazer? perdemos tanto tempo discutindo... - Ana foi a primeira a falar aflita. -Não há o que fazer... Vamos entrar lá e botar para quebrar, essas maquinas devem ser como lutar corpo a corpo, quem souber dá uns bons socos vai viver, e quem não... Todos me olhavam espantados, a menos Sophia. -Vamos botar para quebrar. - Ela conclui. - Independente de qualquer coisa, e vamos nos manter juntos lá dentro. Um por... -Todos, todo... -Por... -Um. É claro que dentro da arena foi bem diferente, no meio da confusão de robôs destruídos e das pessoas guinchando nem se quer conseguíamos identificar uns aos outros. Assim que fui colocado dentro da arena por um dos portões de aço, e assim que vi um dos concorrentes vindo em minha direção e outros em outras direções e o mundo a nossa volta soar com o ranger de metal não pensei em mais nada, se não socar, chutar, desviar, estraçalhar. Um robô azul vinha correndo em minha direção, eu ainda estava com outro nos braços, destruindo sua cabeça de metal quando o outro saltou sobre mim, estaria perdido se um terceiro não intervisse e o tirasse da rota com um sonoro soco no tórax e depois um na face, era Sophia. -Onde estão o resto? -Não faço a mínima ideia. - Eu disse. -Isso está muito estranho, se eles forem vencidos, nós continuamos na competição? - ela se virou e conseguiu disparar um explosivo em um oponente. -Como fez isso? - Indaguei. Ela me mostrou um pequeno botão no antebraço da armadura. E corremos para procurar o resto, não era fácil, mas achamos Luka de armadura escarlate, e logo depois Walter em seu robô negro de listras azuis neon. Lutávamos como um grupo, e nunca deixávamos a retaguarda da outra aberta, e isso nos mantia inteiro. Faltava apenas Ana quando perdemos a esperança de acha-la viva, a sirene tocou e os jogos haviam acabado, a primeira parte. E nos telões a todos os lados brilhavam os rostos vencedores, Walter estava desesperado, todos estávamos. Até que o Ana apareceu entre os primeiros, depois Lukam, o meu, Sophia e Walter por último. O público entrou em êxtase a batalha tinha acabado e apenas vinte dos cem grupos haviam sobrado inteiro do massacre.