The Last Chance.

Capitulo 1.

Minha respiração estava ofegante,minha testa suada e obviamente eu estava bem pálida. Sentei-me na cama e passei as mãos no rosto,deixando estas sobre o mesmo. A voz de Tony fez meu coração bater normalmente e eu fiquei mais calma.

- Tony! - Suspirei e quando dei por mim,já estava abraçando o maior,que estava sem entender.

- Korinny,está tudo bem? - Perguntou ele,com um tom notavelmente preocupado.

- Está sim,Tony.. Eu só.. tive um pesado. -- Minha tentativa de sorrir,foi falha. Apenas me afastei do maior e sentei na cama novamente.

- Tudo bem.. - Tony me olhou e dava pra notar que estava bastante confuso.

Assim que o albino saiu do quarto e fechou a porta,levantei e entrei no banheiro. Me despi e tomei um banho bastante gelado e bem demorado. Nunca entendi o porquê das pessoas gostarem muito mais de banho quente,sinceramente? É agoniante.
Sai dali enrolada em minha toalha branca. Meus cabelos estavam presos para que eu não os encharcasse. Deixei o mesmo preso,coloquei a roupa intima e um vestido azul rodado por cima,uma maquiagem leve e um casaco.  

O clima naquela casa estava bastante tenso nos últimos dias, meus pais estão bastante ausentes também,ocupados resolvendo as coisas para o enterro de Bennett Weastwood,nosso irmão mais velho. Ele cometeu suicídio. Ninguém sabe o porquê,apenas que ele planejou sua própria morte. Jhonny e Alex Weastwood -no caso,meus pais.- tinham 5 filhos,dois morreram e os únicos que restaram foram: Cherryl,Tony e Eu,Korinny.

Desci as escadas rapidamente indo logo para a cozinha onde Tony e Cherry estavam. Nós nos encaramos por uns 4 minutos,em um silêncio perturbador e irritante,posso dizer. Suspirei.

- Temos que parar com essa rotina. - Eu disse quebrando o silêncio enquanto me direcionava para a mesa. - É agoniante.

- Olhar para as nossas caras é agoniante,Kat? - Cherry se sentou na bancada ajeitando seu cabelo loiro mediano.

- Devia aproveitar Kat,podemos ser os próximos a serem mortos. - Tony falou,cruzando os braços. Certamente estava tentando amenizar a situação,mas sua tentativa foi falha,uma vez que eu e Cherry olhamos para ele,assustadas.

Eu era a mais nova dali,pelo menos das pessoas que estavam na cozinha. É estranho ficar esse silêncio,uma vez que Bennett estava sempre nos fazendo rir igual focas tendo uma baleia branca enquanto pulam de um penhasco. Era triste saber que Ben não estaria mais ali,nos ajudando. Sinceramente? É ridículo a morte de Bennett ter sido considerada como suicídio. O Ben que eu conhecia,certamente tinha medo da morte e não tinha traços depressivos ou até mesmo tendencias suicidas.

Era completamente estranho.

O barulho de carro ecoou pelo silêncio da cozinha,logo deduzimos ser mamãe e papai. Cruzei as pernas encarando a tigela que estava a minha frente cheia de cereal. Tony sempre exagerava em tudo que fazia,em tudo mesmo.