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O sino da Peet's soou quando eu cheguei para comprar o meu café. A mulher do balcão me cumprimentou com um sorriso amigável e pediu para eu ditar meu pedido. Logo ela se afastou para prepará-lo.
Uma mão apoiava meu queixo e a outra tamborilava com meus dedos no balcão a espera. O som do sino da porta era constante, começo a achar que quem trabalha aqui deve estar saturado desse barulho. Perfume forte amadeirado entrou pelas minhas narinas e eu reconheci o cheiro.
Um livro preto foi arrastado para frente sobre o balcão, meus olhos subindo vagarosamente e curiosos para comprovar se era mesmo quem eu pensava que estava ao meu lado. Harry, o pintor de ontem. Minha cabeça estava inclinada um pouco para cima analisando sua altura, os seus olhos digitalizaram meu rosto por segundos antes dele murmurar uma saudação fraca de bom dia e sorrir sem mostrar os dentes. Uma bolsa preta lateral estava pendurada no seu ombro.
Ele não parecia esperar por uma saudação da minha parte porque quão rápido ele me olhou, logo redirecionou sua atenção para a balconista que estava voltando com o meu pedido em mãos.
"São quatro dólares." a mulher disse para mim. Eu puxei a nota do meu bolso de trás e dei a ela. "Volte sempre e tenha um bom dia."
"Obrigada." agradeci educadamente com um aceno.
"Green Tea, por favor." Harry pediu antes de eu reorganizar minha bolsa no ombro para sair. Antes que eu pudesse se quer concluir o meu primeiro passo fui interrompida. "Hey, você está indo para a Universidade da cidade, certo?"
"Prestes a me atrasar, mas sim. Por que?"
"Posso te acompanhar até lá?" o seu rosto se contorceu em claro constrangimento. Minhas sobrancelhas arquearam.
"Bem, eu..."
"Desculpe é que... não foi isso que quis dizer." ele fechou os olhos, se recompondo.
"Ok, tome seu tempo." beberiquei meu café, esperando por ele falar novamente.
"Eu cheguei a pouco tempo em Denver, não sei como chegar até lá." explicou, finalmente.
Eu pronunciei um pequeno Oh em surpresa. Agora eu tinha noção que a vermelhidão no rosto dele era por constrangimento da situação. Eu poderia até rir de Harry, mas além de falta de respeito com ele eu não senti vontade de fazer isso. A mulher empurrou no balcão o pedido que ele tinha feito, e me imitando puxou da carteira a nota para entregar a ela.
"Tudo bem, você pode me acompanhar até lá." eu falei, sorrindo rapidamente para ele.
Ambos saímos da cafeteria andando lado a lado, mas ainda distantes, pela calçada da rua. A Universidade não era assim tão longe de onde estávamos. Nenhuma palavra foi proferida por ele durante o trajeto, por algum motivo eu tinha meus olhos curiosos postos sobre ele.
Pelo canto do meu olhar eu observava o caderno preto de capa grossa preso na sua mão, uma cruz estava desenhada entre seu dedo polegar e indicador, a manga do seu moletom impedia a visualização completa da sua pele.
"Você vai estudar na Denver?" tentei uma conversa. O vento soprando, levou ambos os nossos cabelos para trás numa chicoteada. Com a mão livre joguei meu cabelo para somente um lado da minha cabeça.
"Na verdade, não." respondeu. "Eu fui chamado para planejar uma pintura a eles e expor alguns desenhos."
"Nossa, isso é impressionante." comentei. "Parabéns."
"Obrigado." respondeu. "O que você estuda?"
"Literatura."
"Interessante." seu tom risonho. Franzi o cenho na sua direção.
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savant [h.s.]
Fanfiction"Ninguém é capaz de entender a mente humana completamente. Seja em explicar o fator que leve uma pessoa a ter determinado comportamento ou compreender seus desejos, sonhos e sentimentos. O seu ego, sua inteligência ou razão. Tudo é complicado, até m...