Capítulo 5

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Entrei no imenso castelo. Tudo ali era medieval. As paredes eram de pedra e concreto, apesar de parecerem ser muito antigas, eram bem reforçadas. Haviam guardas pra todo lado.

Os dois guardas me levaram até uma grande sala e me disseram para aguardar. As paredes da sala eram cobertas por estantes de livros organizados em ordem alfabética, no centro da sala havia uma enorme mesa de uns vinte lugares, aquela devia ser a sala de reuniões. Eu estava sentado em um sofá de dois lugares. Fiquei observando o nada e nem vi os minutos passarem.

Ouvi vozes do lado de fora e logo fiquei em alerta. A porta se abriu e Carlos entrou me encarando. Como eu sabia que era ele? Pelo simples fato dele se parecer muito comigo, só que devia ter uns 38 anos. Puxou uma cadeira da grande mesa e sentou de frente pra mim.

- Então você é garoto que diz ser meu filho. - Cruzou os braços me encarando.

- Sim. - Respondi não ligando pra sua expressão duvidosa. Será que ele não via o quão éramos parecidos ou estava me testando? - E só vim até você porque preciso da sua ajuda e não porque tenho curiosidade de conhecer a pessoa que largou a mim e minha mãe a sorte.

Ele não pareceu se importar com o modo que falei com ele, acho que ele, de alguma forma, esperava essa minha reação.

- Como chegou aqui?

- Não importa. A única coisa que importa nesse momento, é que preciso encontrar minha mãe.

- Sabe oque eu sou ou oque eu faço?

- Sei.

- Sabe também que você também é, não sabe?

- Sei, mas não pretendo ser. - Isso fez sentido? Ele ainda estava de braços cruzados me encarando, o ar de dúvida já havia desaparecido.

Ele abriu a boca pra dizer alguma coisa, mas desistiu.

- Oque você quer? - Perguntou.

- Preciso recuperar minha mãe. As Bruxas descobriram nossa localização e dois Ogros foram até lá e a levaram em meu lugar. - Ao dizer isso, meu coração ficou apertado, Dona Estela tão delicada e alegre... Sera que estava bem? Ela tem que ficar. Se algo acontecer com ela...

Sua expressão virou uma mistura de surpresa, preocupação e medo. Será que ainda a ama?

- QUANDO FOI ISSO??? - Gritou se levantando rapidamente fazendo a cadeira cair.

- Hoje a tarde. Cheguei da escola e ela não estava lá. - Olhei para o chão, não queria mostrar toda a tristeza que sentia.

- E como sabe que foram Ogros que a levaram? Quem te contou sobre nós e as Bruxas? Sua mãe não sabia de nada. - Ele estava tentando se controlar, mas sua voz ainda era de preocupação.

- Não interessa. Eu só... sei. - Não queria falar de Rosalinda pra ele, eu não sei o porque, mas eu sentia que não podia. Era estranho. - Da pra você parar de fazer perguntas? Minha mãe está agora nas mãos de Bruxas que podem estar fazendo qualquer tipo de mal pra ela e você ai com essa poze de manda chuva querendo me interrogar. - Lavantei e o fitei - Por mim eu não falaria com você nunca, mas eu preciso de uma droga de treinamento pra entrar naquele maldito covil, acabar com aquelas Bruxas e trazer minha mãe de volta pra casa. Então, se não for pedir muito, eu preciso que alguém me treine.

Ele só me encarava parado. Isso não me incomodava. Eu também o encarava. Esse jeito de "líder'' dele, não me intimidava. Ficamos uns cinco minutos nos desafiando com o olhar. Isso chegava a ser cômico, eu parecia um adolescente mimado. Adolescente eu sou, só não sou mimado. Ele respirou fundo e disse:

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⏰ Última atualização: Dec 07, 2015 ⏰

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O Caçador E A BruxaOnde histórias criam vida. Descubra agora