- SABIA QUE VOCÊ É A PRIMEIRA PESSOA QUE NÃO RECLAMA DA VELOCIADE? - Disse Thomas gritando para que eu o ouvisse, mesmo com o capacete tampando sua boca. Ele realmente estava correndo com sua Harley Davidson, mas sempre gostei de velocidade.

- VOCÊ DIZ ISSO, POR QUE NUNCA ANDOU COMIGO. -Respondi gritando também para que pudesse me ouvir. Quando completei 16 anos, ganhei um carro de meu pai, no dia seguinte Tom, nosso motorista entrou de férias. Então, por bondade de coração, ofereci uma carona à minha mãe até o salão de beleza. Assim que comecei a dirigir sua feição mudou, seus olhos arregalaram e ela começou a segurar com força o cinto de segurança. "Para de correr!" Ela gritava, e tudo que eu fazia era rir. - MAS VOCÊ CARREGA MUITA GENTE NA SUA GARUPA? - Perguntei brincando.

- NA VERDADE, NINA FOI A ÚNICA. - Falou se referindo a atriz que conheci na praça hoje. Quase havia me esquecido. Só conhecia Thomas por causa dela. Será que eram namorados? Não custava nada perguntar.

- E VOCÊS? ESTÃO JUNTOS HÁ QUANTO TEMPO? - A primeira resposta que tive foram risos.

- NINA NAMORA MEU PRIMO. - Disse parando em um sinal. - ELE MORA COMIGO, ENTÃO ELA ESTÁ SEMPRE LÁ EM CASA. APESAR DE NINA SER A ÚNICA A TER ANDADO EM MINHA GARUPA, SÓ ANDOU UMA VEZ. E DE ACORDO COM ELA, FOI A ÚLTIMA. - Rimos.

Andamos (CORREMOS) mais ou menos uns 30 minutos, até que Thomas estacionou em frente a um prédio que ficava praticamente na porta da tão sonhada Columbia University.

- Moro aqui. - Disse tirando o capacete e apontando para um prédio de onze andares.

- Que lindo! - Admirei. O prédio não era novo, mas essa era a beleza. Na parte de baixo, do lado esquerdo, tinha uma lanchonete chamada "Ollie's", e do lado direito um FedEx Office.

- Meu avô deixou um apartamento nesse prédio para cada neto. - Estendeu a mão se oferecendo para pegar o capacete. - Todos venderam, menos eu. - Thomas foi andando em direção à porta de vidro e a abriu. - Primeiro as damas. - Disse apontando para o interior do lugar, com um pequeno sorriso.

- Você não mora no último andar, né? - Perguntei, cansada só de me imaginar subindo onze lances de escada. - Por que se for assim, te esperarei feliz aqui em baixo.

- Moro no segundo - Disse andando em direção as escadas. - Tomara que Jacob já tenha chegado de viagem. - Provavelmente estava se referindo ao primo.

- Ele viaja muito? - Perguntei apenas puxando assunto. Nunca gostei de silêncio, não seria agora que o deixaria reinar no ambiente. Era o primeiro andar agora.

- Na verdade não. Não sei nem a razão dessa última viajem. - Admitiu. Quando estávamos chegando à porta de sua casa, a vimos aberta. - Jacob! Você tá aí? - Gritou Thomas, se colocando a minhas frente e indo em direção a porta. Do nada apareceu um cara na porta, dando um susto em nós dois. Ele estava sem camisa (podia ver todos os gominho, e não eram poucos), ele era uma versão do Thomas, porém maromba. Se esse era o namorado de Nina, ela conseguiu alguém com o mesmo nível de beleza que o seu.

- Primo! - Disso o rapaz, abraçando Thomas. - Tava com medo seu frouxo? - Perguntou me olhando. - Aê! Tom trouxe uma menina. Até que em fim. Sou Jacob. - Falou estendendo a mão para que eu pudesse cumprimentar.

- Não começa Jake. - Thomas falou interferindo.

- Sophia. - Disse apertando sua mão. - Você deve ser o namorado da Nina.

- Sou sim. Entra aí - Falou apontando pra dentro. Entrei e sorri como resposta. - A propósito, trouxe a minha mãe comigo Thomas. E ela não é a única visita.

CONHECENDO NYC COM UM NERDOnde histórias criam vida. Descubra agora