"Vamos colher as flores que nascem no asfalto
Venha dançar comigo nos cemitérios
Saborear o suco de sangue que servem nos batizados
Desafiar a vida além da morte
Sentir o cheiro de velas derretidos pelas ruas da cidade
Lavar a alma na água suja
Ouvir os gritos de pavor das pessoas condenadas
É uma pena como a vida é
Você quer que eu cante
Mas não posso cantar como convém sem querer ferir ninguém
Porem não se chateie meu amigo
Com os horrores que lhe digo
A vida parece mais rosa perto do do que eu vivo
E mesmo sabendo
As lembranças macabras que estas paredes guardam
Espero poder continuar aqui Sem poder sair para o jardim Apenas para dançar alegremente entre os túmulos
Mesmo que minha paciência acabe
Beber o sangue de crianças parece mais fácil
E quando a vida provar ser mais cruel que a morte
Talvez você abra os olhos, e finalmente acorde..."