Capítulo Dois: Acampamento Meio-Sangue

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Eu e meu pai voltamos para casa na cidade, após o estranho episódio da floresta. Meu pai não falava nada, eu ainda está estava assustado. Meu coração batia forte, tomo coragem e pregunto.

- pai... o que... foi... aquilo?

Meu pai ainda estava calado, olhava para frente a todo momento. Sua expressão era séria, como se não quisesse dizer nada.

- falamos disso quando chegarmos em casa

Seguimos em silêncio, ao chegarmos em casa me dirijo ao sofá na sala. Me sento olhando a TV desligada. Meu pai se senta ao meu lado, ele me olha.

- o que foi aquilo? - digo ficando calmo

- foi... - ele olha para baixo

- aquilo tinha um olho e era grande - digo o olhando

- ciclope, aquilo era um ciclope. Como na mitologia grega

- mitologia grega? - confuso

- deuses e deusas, Zeus, Hades, Poseidon, Ares, Afrodite e... Mácaria - disse ele

- Mácaria? Eu já ouvi falar dos outros, mas ela não - digo o olhando

- uma deusa da morte... deusa da boa morte - diz ele olhando o chão

- esses deuses eles... existem? - pergunto

- sim - diz ele me olhando

- espera, aquele "ciclope" lhe chamou de "semideus" - digo fazendo aspas no ar

- semideus - ele diz encostando a cabeça no sofá - meio Humano meio Deus

- meio Deus...? Tipo, filhos de deuses na mitologia? - pergunto

- exato, isso mesmo - diz ele

- você é um semideus? - arregalo os olhos

- sim - diz ele

- você é filho de um deus? - digo sorrindo e me levanto e o olho - e como é? - pergunto empolgado

- se acalme, eu vou lhe contar tudo mais detalhado. Mas não aqui - diz ele

- aonde então?

- sabe aquele acampamento que eu mencionei? - diz ele me olhando

- aquele acampamento de médico? - pergunto arqueando a sobrancelha

- bom... Não exatamente - diz ele cossando a cabeça

- tem sangue no meio - digo ainda com a sobrancelha arqueada

- bem... Meio-Sangue não tem muito a ver com médico - diz ele

- mas você disse que... - confuso

- Meio-Sangue é o mesmo que semideus - diz ele

- quer dizer que... - de boca aberta

- sim, mais semideuses - diz ele sem animo

Tentando processar as informações de deuses, semideuses e tal... cara, sou um semideus? Meu pai é semideus, o que sou? Chego a ter linhagem divina? Tantas respostas possivelmente sem respostas.

Meu pai faz um telefonema e conversa "sim, contei a ele sobre o Acampamento", "te vejo la?", "ok, iremos na frente. Te vejo la", meu pai aperta o telefone e o quebra.

- vamos, arrume suas roupas - diz ele indo até o quarto e arrumando umas roupas

Sem questionar vou até meu quarto e arrumo umas roupas "com quem meu pai estava falando?", após arrumar uma mochila vou até a sala, me sento no sofá. Meu pai vem e me olha.

- vamos? - me pergunta ele

- vamos, quem vai nos levar? - pergunto me levantando

- vamos andando, é aqui perto - diz ele indo até a porta rápido

- porque a pressa?

- o telefone - diz ele abrindo a porta - ele atrai monstros, vamos logo. Seu cheiro vai atrair muitos monstros

- meu cheiro? - me cheiro - más eu não tô fedendo

- não é isso, temos que ir rápido - sai de casa

O sigo andando rápido, após algumas horas chegamos ao tal acampamento. Eu e meu pai andamos para dentro do acampamento e ouço uma voz feminina atrás de nos.

- demoraram em rapazes - dizia a voz

Me viro e olho a mulher, um metro e cinquenta. Cabelos negros e... Não pode ser.

- tía Liz? - digo arregalando os olhos - não pode ser

- porque não? - tia Liz abría um sorriso

Tia Liz ou Elizabeth, não era minha tia de sangue. Ela cresceu com meu pai em um orfanato, foram adotados por uma família. Tia Liz tinha 25 anos, era extremamente linda.

- Liz - meu pai anda e a abraça

- quanto tempo em - ela sorri

- Você pode mostrar o acampamento ao meu filho? - disse meu pai

- posso - ela sorri - va la

- ok - meu pai sai correndo para o acampamento

- onde ele vai? - pergunto confuso

- rezouver algumas coisas, vamos, vou te mostrar o camp - diz ela segundo para o acampamento e eu a sigo.

Diário De Um Neto De HadesOnde histórias criam vida. Descubra agora