1º Capítulo

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Halley's pov

Levantei-me lentamente, minha cabeça doía, assim que pus-me sentada na cama, ouve-se um "clak" vindo da minha coluna. É, preciso mudar de colchão... Vejo no relógio do meu telemóvel que já são quase seis da noite! Foi o maior tempo que consigo dormir em meses!

Segui até a pequena cozinha que tinha no mísero apartamento em que morava. Abri a velha geladeira para ver o que tinha para comer, e lá só encontrava uma caixa de leite já aberta, uma jarra de água e um recipiente que continha algo que eu não consegui descobrir o que é. Olhei a validade do leite, e segundo ele, o leite tinha se vencido mês passado.

Vi que a única solução seria ir num Café. Vesti meu casaco preto desbotado. Sai do prédio onde moro e do outro lado da rua residia um café, onde na maioria das vezes eu frequentava.

Já tinha uma fila considerável grande para um café de quinta categoria em plena seis da noite. Eu era a penúltima. Uma velhinha estava atrás de mim. Estava sem paciência para encarar uma fila logo de manhã...

Sinto tocarem-me em meu ombro. Viro-me para trás e era a velha.

"O que é?" digo rude.

"Oh, desculpe incomodar mas... Sera que a jovem poderia deixar-me passar na sua frente?..." ela diz com sua voz falha.

"Não. Saiba que não é só porquê és mais velha que podes fazer tudo que queres! E podes ter certeza, eu não irei dar a minha vez para um você, ô velhinha!" proferi num tom rude

Virei minhas costas para a velha irritante e direcionei meu olhar para um ponto qualquer do Café.

"Podes ir para o início da fila, senhora" ouço uma voz extremamente suave e irritante.

Olho com desdém para o lado e vejo a mesma velhinha acompanhada por uma menina que estava levando ela para a frente da fila. Reviro os olhos.

Quando chega minha vez, peço apenas um café com leite e duas torradas. Sento-me em uma mesa perto do vidro. Como lentamente sem me importar com o tempo. Termino de comer, deixo o dinheiro debaixo da xícara e saio do local.

Abro a porta de casa e ela faz ruído irritante. Sento-me no sofá da sala e ligo a televisao em um canal qualquer. Não dando muita atenção para o que está passando na Tv, meu olhar fica perdido em um ponto qualquer do móvel.

Ao lembrar-me do dia em que perdi ela, lágrimas ameaçam cair. Sinto uma vontade enorme de beber algo forte.

Saio novamente do apartamento onde moro e sigo à pé até um bar mais próximo.

O lugar é nojento. Cheio de velhos fedidos e com barbas por fazer. Vou até o balcão, e a recepcionista que mais parecia uma prostituta, com seios enormes quase saltando do sutiã, roupas curtas e justas, maquiagem carregada, me atendeu.

"Vai querer o quê?" ela questionou enquanto mascava um chiclete.

"A bebida mais forte, por favor" disse enxugando as poucas lágrimas que ainda insistiam em cair.

Ela apenas me olhou com desdém, pegou um copo, pôs um liquido amarelado dentro do recipiente, e me entregou.

Bebi tudo de uma vez. A bebida era verdadeiramente forte. Precisava de mais algumas doses dessa para poder esquecer dos meus problemas.

"Mais uma, por favor" peço. Acendo um cigarro.

Dou um trago, sugando a fumaça, deixando-a por um curto espaço de tempo em minha boca, soltando a fumaça lentamente por entre meus lábios. A balconista colocou outro copo no balcão. Bebi mais devagar desta vez.

Homens porcos estavam no bar. Arrotos todo segundo. Risadas exageradas. Cheiro podre. Aquele lugar era imundo!

Ao terminar de beber, comprei uma garrafa de vodka e paguei toda a conta e saí dali sem rumo...

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⏰ Última atualização: Jan 15, 2016 ⏰

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