Sei que ainda não é natal mas gostaria de desejar um feliz natal e um ótimo ano novo para todos vocês, todos mesmo! E bem, não vou postar isso no dia 24 ou 25 pois é provável que não tenha nenhuma atualização até lá.
Bem, é isso.
Um beijo para quem quiser,
Bea.
PS: Comentem e votem muito. Obrigada.
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Era natal. Perto de meia-noite, a hora que as crianças mais adoravam, já que podiam abrir os presentes.
Harry Styles odiava o natal. Odiava aquele "tiozão" que soltava piadas toscas que não resultavam em nada. Odiava o fato de suas tias sempre comentarem algo maldoso e rirem depois. Odiava comprar o Peru de natal no dia da manhã de natal, porque sua mãe simplesmente estava ocupada pintando as unhas tentando reconquistar o ex-marido, que também era um saco.
Com seu cigarro na mão direita, caminhava rapidamente pelas ruas vazias de Londres. Encarava as crianças nas portas de suas casas jogando bolas de neve umas nas outras e as mães preocupadas com o frio e colocando-as para dentro. Sorriu fraco ao lembrar-se destes dias. Adorava fazer isso com Louis. Por falar em Louis, por que o garoto o deixara mesmo?
Louis morrera de leucemia em 2013. Harry sabia que quando conhecera o garoto em um grupo de apoio, ele estava prestes a morrer. Mas mesmo assim ficou, deu-lhe força, e ficou com o menor para o que precisasse. E viu-o morrer na sua frente; em seus braços. Nunca se sentira tão abalado.
Harry já sabia para onde iria. Não ficava muito longe. Andou um pouco e parou somente quando viu as letras grandes: "Cemitério de Camden Town". Sorriu e adentrou ao local. Ele já sabia de olhos fechados aonde a lápide ficava.
Estava com um buquê de tulipas na mão esquerda; sabia que era a preferida de Louis. O garoto cheirava a tulipas, desenhava tulipas, era praticamente fascinado por todos os tipos. Harry amava a originalidade do mais novo. Ficava se perguntando se acharia alguém assim, tão excêntrico quanto Louis era..
Seu sorriso se desmanchou no instante que chegou na lápide, já haviam tulipas ali. E Harry sabia que não era de nenhum parente, pois os mesmos não teriam capacidade de encarar a lápide de Louis, com o nome do mesmo estampado.
Reparou também uma única pessoa no cemitério. Qual é, era manhã de natal , o que as pessoas poderiam fazer em um cemitério?
Ignorou e se ajoelhou à lápide, deixou as tulipas na frente da mesma e então se sentou no gramado, observando o letreiro à sua frente: Louis William Tomlinson (1998-2013). E embaixo, a seguinte frase do garoto: Não entendo esse negócio de morte. Se todo mundo vai morrer um dia, qual o sentido de viver?
— O que você era dele? — Harry pulou de susto ao notar o mesmo garoto loiro ao seu lado.
— Namorado. —O cacheado murmurou, dando uma tragada no cigarro.
— Bem, — O garoto abaixou-se ao seu lado. — Eu era o melhor amigo. Ele me contou sobre você, disse que te amava.
— Vocês fizeram algum tipo de telepatia? Ele está morto.
— Você entendeu o que eu quis dizer! — O garoto revirou os olhos. — Sou Niall.
E então Niall estendeu a mão, mas Harry a ignorou, voltando a observar a lápide. O loiro sentiu um vermelho ocupar suas bochechas e sorriu sem graça, finalmente sentando ao lado do mais alto.
— Desculpa, eu meio que estou acostumado a ser assim. Eu era melhor que isso quando ele estava vivo, eu acho. — Sussurrou e então estendeu a mão. — Sou Harry, Harry Styles.