Bárbara

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De manhã cedo peguei o ônibus, quando cheguei na estação, olhei ao redor tinha muitas pessoas e um ônibus parado. Todos estavam perguntando o que tinha acontecido, até uma porta de emergência se abrir. Os passageiros começaram a entrar, era muita gente. Até eu avistar ela, sim ela. Eu fiquei com um sorriso tão grande que nem cabia no rosto. Então veio em minha direção.
_ Oi - ela disse.
_ Oi - falei em seguida. Nos comprimentamos com beijo e ela se acomodou do meu lado.
_ Desculpa mais qual o seu nome? Disse por fim
_ Bárbara - e o seu?
_Camille - falei ansiosa. Nossa eu estava tão contente em vê - la e com um frio na barriga. _ O que aconteceu com o ônibus? - perguntei
_ Estragou, porcaria vou chegar atrasada. - disse e riu. Sempre à via no ônibus. Mais aquela vez foi diferente eu estava falando com ela.
Fiquei a observando por um tempo disfarçadamente, nossa que incrível, acho que o destino está do meu lado, Pensei comigo. Saímos do ônibus em direção ao nosso trabalho, no caminho conversamos como se tivesse anos que tinhamos nos conhecido, e isso tornava mais agradável. Seu sorriso era lindo e contagiante. Seu cabelo é negro, comprido, cachos longos, seu corpo "meu deus" é muito sexy e ainda com aquela legging preta e uma blusa branca mostrando a barriga na metade do umbigo. A imagem dela passava a cada cinco segundos na minha mente. Eu estava completamente apaixonada mais não queria assusta -la então, não disse nada até descobrir o gosto dela e se eu teria uma chance para entrar na sua vida, não só como uma amiga.
No intervalo chamei Bárbara para se juntar a mim, fiz todos seus gostos comprei tudo que ela quisesse, mais por educação ela aceitou só um sorvete. Perguntei se ela me esperava para ir embora, a mesma concordou.
As quatro da tarde saímos juntas, nos arrumamos no banheiro, rimos um pouco e seguimos para nossas casas.
Chego em casa encontro minha irmã chorando, sentei ao seu lado com o braço voltado ao seu ombro, perguntei o que houve, ela disse que a nossa cadelinha a mosquita tinha morrido. Fiquei em silêncio com lágrimas nos olhos. Aquela cadelinha significava muito para minha irmã, por ela não ter filhos a mosquita era como uma, ela tinha de tudo bichinhos, caminha, roupas e luxo. Fiquei ali com ela em silêncio por um tempo até se acalmar e fui para meu quarto, depois de um banho demorado, peguei meu celular e mandei mensagem para Bárbara, na hora eu fui respondida.
_ Chegou que horas em casa? - perguntei.
_ Cinco e meia e você? - Responde com uma pergunta em seguida.
_ Eu também - na conversa fui perguntando tudo sobre ela, o que ela gostava, qual seus sonhos, com quem morava, tudo, tudo mesmo. Eu queria que a conversa durasse até o amanhecer, por mais que o assunto acabasse eu dava um jeito de arrumar mais.
Já era três horas da manhã e estávamos conversando, tive que parar o assunto e dormir, não aguentava meus olhos estavam fechando até que adormeci.
Acordei com o barulho da televisão que estava alta demais, era minha irmã limpando a casa. Levantei passando a mão nos olhos, fui ao banheiro me higienizar, tomei um café com leite e pão fresco, o pão estava tão quente que a manteiga derretia, apesar do almoço estar pronto ainda quis tomar o café. Eu estava tão feliz porque passei a "noite toda" com a Bárbara, que nome maravilhoso tudo nela era.
_ Boa Tarde! Enviei.
_ Boa Tarde! - ela respondeu em seguida.
_ Como foi sua noite? - perguntei.
_ Ainda estou com sono rsrsrs. - diz ela.
_ Eu também estou. - digo.
_ Camille... - ela manda.
_ Oi? Pergunto.
_ Posso te fazer uma pergunta?
_ Sim pode. - digo meio cabreira e ansiosa pelo o que ela ia falar.
_Promete para mim que não vai ficar brava?
_ Prometo - respondo impaciente.
_ Você gosta de mulheres?- e manda uma carinha sem expressão.
Dou muita risada quando leio essa mensagem que nem conseguia escrever, por fim respondo.
_ Nossa que tipo de pergunta é essa? - que horror como você me fala isso? - não gostei achei um abuso. - Mandei, ri tanto com a brincadeira que minha barriga até doía. Ela pedia tantas desculpas que nem contei quantas foram, realmente a deixei sem graça.
_ Estou brincando com você boba, eu nem ligo por essa pergunta porque realmente gosto. - digo.
_ Sério? - Diz
_ Sim. - respondo
_ E como é ficar com uma mulher? Ela pergunta.
Nossa mais porque tantas perguntas? Eu pensava, deve estar curiosa. Saí da minha mente e voltei para ela.
_ Eu gosto, mulheres me atraem mais que um homem. E são encantadoras. - Envio. Nossa essas perguntas estavam me deixando sem jeito. Mas eu estava adorando ela fez mais perguntas sobre minha homossexualidade. Respondi todas, comecei a me iludir com todas as perguntas, que acabei me empolgando um pouco. Fiz perguntas também. Sobre o mesmo contexto mais claro que de modo diferente. Ela disse para mim que ficou com mulher uma vez. Meu sorriso de orelha a orelha voltou.
Conversamos até tarde novamente. Até pegar no sono.

Marcas Do PassadoOnde histórias criam vida. Descubra agora