Capítulo 6

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Abro os olhos, olho em volta, estou em um quarto de hospital, olho para porta vejo um guarda em frente a ela, não acho isso nada legal, escuto passos se aproximando, fecho os olhos, ouço a voz de uma mulher.

- Ela esta estável, fizemos exames e esta tudo normal – disse a tal mulher, o que de certa forma, me deixou aliviada.

- E quando ela ira receber alta? – um homem pergunta. Essa voz de superioridade não é estranha.

- Bem, daqui até amanhã – daqui como assim?

- Porque daqui? – O Homem pergunta – Ela ainda corre algum risco?

- Não S.r. Smith, mas ela teve essa crise no meio da escola precisamos manter ela isolada, não podemos assustar os moradores, amanha ela será levada para a ala psiquiátrica da Colônia, e ficara lá sem previsão, até ser decidido o que fazer com ela.

S.r. Smith! Nunca fui com a cara dele mesmo, provavelmente vão me dopar e vão falar para os meus pais que eu fiquei louca. Preciso fazer alguma coisa, não vou ficar aqui de jeito nenhum!

- Não tem outra medida menos cruel para essa menina?- disse S.R. Smith.

- Não podemos colocar tudo o que já foi feito em jogo por uma adolescente.

Escuto o salto alto da bruxa se distanciando e o do Sr. Smith também.

Abro os olhos novamente bem devagar e vejo o S.R. Smith falar algo para o segurança que está na porta, o segurança sai da frente do meu quarto e vai embora, como eu não sei se ele vai demorar ou não me sento na maca e fico olhando aquele quarto pensando em alguma maneira de sair desse lugar.

Tem uma bolsa pendurada com um liquido transparente vindo ate a agulha que esta em mim, não sei se tem remédio ou se é apenas soro, tento tirar mas dói muito e recuo. É quando vejo alguém entrar.

- O que você esta fazendo aqui?

- Calma Nathalie! – Disse Daniel

- Eu sabia que você estava envolvido em alguma coisa, mas você superou minhas expectativas!

- Nathalie. Fale baixo – falou se aproximando de mim.

- Não chega perto de mim, não da mais um passo.

- Eu não sou exatamente o que você esta pensando.

- Exatamente? Eu estava pensando que você é um monstro, mas você é o que? Só nojento ou deplorável?

- Me deixa explicar Nathalie! Eu vim aqui ajudar você, da para parar com essa conversa que estamos perdendo tempo!

- Me ajudar? – falei mais aliviada

- Isso, eu vim tirar você daqui.

- Mas como você vai me tirar

- Confia em mim?

Pensei um pouco em percebi que não tinha outra opção a não ser confiar nele.

- Confio!

Ele começou a se aproximar de mim deu a volta na cama e pegou em minha mão examinando a agulha começou a falar.

- Meu pai trabalha. Bom, agora acho que trabalhava para o governo dos Estados Unidos, enfim, ele trabalhava desde antes dessa Colônia ser construída, ele estava junto em todo o processo de construção, depois de concluída a chegada dos moradores meu pai ficou no setor de pesquisas, mas lá mesmo, eles têm um prédio onde tudo é verificado e arquivado. Uma das coisas que meu pai faz é verificar os exames de sangue que vocês fazem no começo do ano.

- Sério? Minha mãe trabalha no centro de pesquisas daqui.

- Provavelmente sua mãe deve repassar tudo pro meu pai, mas ela não sabe quem é a pessoa que recebe. Isso eu tenho certeza. Acontece que algo que foi feito nessa colônia que ninguém sabe nem mesmo sua mãe sabe. Todos da sua idade foram submetidos desde a gravidez a testes genéticos.

- O que? Testes genéticos? Eu estou virando uma mutante?

- Não, você não está virando uma mutante, isso não é o filme do X-Men. – e começou a rir

- Você ri porque não é com você. Ai! – quando olho ele retirou a agulha que estava em mim e ainda por cima ironiza.

- Viu você ainda é uma humana.

- Realmente é um momento bem propicio para ser engraçadinho.

- Relaxa, não vai acontecer nada com você.

- Então porque eles fizeram isso.

- A ideia inicial era expandir a inteligência, ser menos vulneráveis a doenças, resistência física, percepção dos sentidos mais apurado, tudo isso para a colônia ser mais perfeita e correr menos riscos, mas os testes iniciais constataram que vocês eram normais, então isso foi abandonado, mas todo ano vocês são reavaliados, e um dos objetivos é esse ver se aparece algo que foi feito lá atrás, mas agora eles querem esconder. No ultimo check-up que vocês fizeram meu pai notou uma diferença nos exames. E alertou meu tio.

- Seu tio?

- É o Sr. Smith

- O que, você é sobrinho do Todo Poderoso?

- Sou, e é por causa dele que eu estou aqui ajudando você a sair.

- O segurança... – falei alto lembrando quando ele pediu para o segurança sair e até agora não voltou, ele estava me ajudando, e eu achando que ele era o malvado da historia.

- Segurança?

- Isso, tinha um segurança na minha porta, o Sr. Smith entrou no meu quarto com uma mulher, e quando ele estava indo embora, falou algo para o segurança e ele saiu do meu quarto.

- Essa foi à deixa!

- Deixa?

- É. Um sinal que podia entrar.

- Mas se você é sobrinho dele, então, a Vicky é sua prima?

- Vicky, eu falei pra você ficar no carro!

- Nathy! Eu não aguentei, tinha que ver minha amiga- Vicky chegou perto de mim e me deu um abraço apertado como se fizesse anos que não me via – ah, e você esqueceu a mochila.

- Mochila? – eu disse.

- É sua mãe preparou uma mochila para você, pode ficar tranquila que seus pais estão seguros e logo, logo, você vai ver eles – Disse Vicky.

- Para onde a gente vai? – perguntei

- Brasil – respondeu Daniel.


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