Ligação.

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A noite sempre acabava do mesmo jeito. Cabelo bagunçado e grudado na testa, respiração descompassada devido ao esforço feito, roupas em cada canto daquele quarto luxuoso, o cheiro de suor, cigarro e sexo no ar como um combinação aromática estranha.

A luz da lua entrava pelas grandes janelas daquele hotel em GangNam sem qualquer permissão, iluminando o quarto escuro, podendo assim revelar dois corpos. Ambos deitados e abraçados.

Não era costume de Jongin fazer isso ou de tal acontecer. Normalmente ele recebia o dinheiro pelos serviços que prestava e após se vestir, abandonava o hotel. Ou a pessoa que tinha comprado seu corpo somente atirava o maço abundante de notas para a cama e sumia. Mas Kyungsoo não. Kyungsoo era o cliente predileto daquele garoto de pele morena.

Jongin nem o considerava um cliente e sim um amigo colorido. Um amigo que o procurava para saciar suas vontades carnais. E isso era praticamente todas as semanas.

Eles não conversavam muito entre si sobre eles mesmos. O que sabiam era as coisas básicas. Kyungsoo possuía 22 anos mesmo não parecendo. Possuía uma herança avaliada em milhões mas mesmo assim, continuava trabalhando na biblioteca da cidade. Amava ler, escrever e observar atentamente as coisas.

Já Jongin, era um jovem moreno de 20 anos que cursava artes expressivas, em uma das melhores universidades do país, e que trabalhava a meio tempo num café. De noite, interpretava Kai e vendia seu corpo.

Porém, e mesmo só sabendo poucas coisas, quando estavam nos braços um do outro, parecia que se conheciam desde outras vidas.

E mesmo parecendo estranho, ambos sentiam alguma conexão entre eles. E mesmo Jongin não querendo admitir, amava ter aquele garoto pequeno, de olhos arregalados naturalmente e boca carnuda em forma de coração, nos seus braços.

E mesmo não querendo admitir, Kyungsoo amava estar entre os braços fortes daquele belo menino da cor do pecado. Daquele garoto que tinha o sorriso mais lindo que este já tinha visto.

Mas mesmo ambos amarem estarem juntos um do outro, sabiam que nada iria passar dali.


Achavam eles.



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