I Can Change (J.B)

Hi

Ás vezes sinto como se eu afastasse tudo de bom que poderia acontecer na minha vida, não só pessoas como também oportunidades. É como se as coisas fossem destinadas a dar errado pra mim. Eu não culpo destino ou Deus ou qualquer outra pessoa, no final a culpa é minha mesmo, das minhas decisões e minhas escolhas. Mas parece que sempre até mesmo quando eu penso estar fazendo o certo, no final as coisas dão errado, de novo... Eu só não consigo entender o porque de eu errar tanto, eu aprendo com meu erro, eu tento fazer diferente mas no final dá sempre no mesmo, no errado.

Me chamo Vanessa Maia, gaúcha, 21 anos, não estudo e não trabalho. Bom, não de carteira assinada. É como se eu fosse uma modelo, sou quase isso vamos dizer. Tinha até agente, na verdade um cafetão. Não tenho mais, descobri na semana passada que ele me roubava. Se eu explicar pra você tudo, toda história da jovem Vanessa até hoje talvez você entenda e não ache que eu seja só mais um vadia preguiçosa. Espero que queira escuta-la pois aí vai...

No ginásio eu era aquela estranha sabe ?! Aquela tímida, calada e esquisitinha. Não tinha muitos amigos, só tinha uma pra falar a verdade mas pelo menos ela era verdadeira. Pena que tivemos que nos distanciar, ela mudou de escola e de cidade. E depois daquilo eu fiquei só. Também nunca fui de ter muito contato com garotos, não duvide, estou falando a verdade. Meu primeiro beijo foi aos quatorze e só pelo fato de eu ter me apaixonado completamente por um garoto da minha turma, lembro-me bem dele: minha primeira paixonite, meu primeiro namoradinho, minha primeira decepção. Ele me traiu com uma daquelas meninas que parecem ter nascido lindas e que vão morrer lindas também, eu não entendi muito bem, não o fato de eu ser traída e sim aquela menina se interessar pelo meu namorado, ela que podia ter qualquer um escolheu logo o meu. E quando terminamos eles não ficaram juntos um dia sequer, um diazinho sequer. Parecia que tinham feito só pra me atingir, eu chorei, chorei tanto que achava que depois daquilo ficaria desidratada mas passou, como as coisas sempre passam. A fama de corna também não durou muito; não costuma durar quando se aparece no dia seguinte com outro garoto.
Era um garoto mais velho, dele eu não me lembro tão bem assim, lembro que ele fez eu me sentir bem de novo. Não exatamente bem, ele me devolveu a sensação de que poderiam me achar bonita, afinal se um garoto mais velho estava saindo comigo eu não devia ser tão feia assim né?! É, eu estava enganada. Ele queria me comer e quando eu neguei, nós terminamos. Mais simples do que eu imaginaria, bem mais.

E depois disso eu voltei a ser eu mesma, um pouco menos ingênua e um tanto mais abusada. Tive outros namorados, outras amizades e outras decepções; a vida de ninguém é um mar de rosas mas se tem uma coisa que eu não posso reclamar é da minha família. Minha mãe era rígida mas a doçura do meu pai compensava e a completava, era o tipo de romance que eu queria ter quando crescesse; eu e meu irmão, frutos desse amor e no que fosse depender da educação que recebíamos, daríamos orgulho para nossos pais. Mas veio a vida não satisfeita com aquilo e deu um jeito de acabar com tudo. E então ela levou meu pai, toda família ficou desolada mas minha mãe, ela não superou. Teve depressão e as inúmeras tentativas de interna-la em uma clínica foram falhas. Coube a meu irmão assumir o posto de homem da casa e a mim as dividas e a obrigação de manter a casa, já que meu irmão é mais novo e minha mãe estava sem condições para tal. Eu estava no ensino médio, tinha sonhos para a faculdade mas tudo estava em minhas mãos, toda aquela responsabilidade. Não pense que eu não procurei outros empregos pois eu procurei, procurei em tudo que era lugar nada até que consegui achar um como diarista, o salário era péssimo mas já ajudava. Lá eu tive a proposta de dormir com um cara em troca de dinheiro, eu de primeira não aceitei mas estávamos passando por uma crise em casa, eu precisava daquele dinheiro e então eu aceitei. Não me arrependo, eu fiz o que era preciso fazer, precisava manter minha mãe e meu irmão. É um tipo de sacrifício que eu fiz por eles, afinal é o que fazemos por quem amamos, fazemos sacrifícios. Eu escolhi assim.

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Oois, essa é minha segunda fan fic <3 a primeira é do Edu Chociay, quem ainda não leu dá uma olhada; espero que quem me acompanhava na outra história continue me acompanhando aqui.

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