Diário de Sparkle

Capítulo 3 - O Natal Calorento

Dois dias depois...

24 de Dezembro / 11h15AM
Era 11h e picos.
Estava pronta, para o dia mais esperado de todo o ano.
A véspera natalícia.
O meu namorado e eu fomos buscar os nossos familiares, a outras cidades,tudo isto pela manhã.
Não gostava muito da minha sogra. Embora não seja casada, considero o filho dela meu marido...
Enfim.
Nunca nos demos bem, mas também nunca nos demos mal.
Mas passando à frente...
Natal, é para se pecar todos os mal já praticados, como tal, eu mulherzinha,que sou, vou tentar melhorar a relação que tenho com ela.
E penso que ela irá aceitar as minhas sinceras desculpas.
Isto se ela for adulta, com pés assentes no chão.
Mas hoje, é daqueles dias que não me apetece irritar-me, gosto destes dias festivos, e como tal não vou dar-me ao luxo pra tal coisa.
Esta véspera natalícia devia ser fria.
Pois, o devia, era pra ser devido.
Nunca tive uma véspera de natal tão calorenta, como esta.
Parecia Verão em meses de Agosto.

24 de Dezembro/12h15AM

Neste natal calorento,já estávamos todos em torno da mesa, uma mesa que a mim me dizia muito.
Pois este ano, a véspera natalícia era passada na casa da minha mãe.
Esta mesa lembrava-me a minha irmã mais velha,e as noites feitas dignamente para ela.
A minha irmã morreu do tabaco aos 18 anos.
Era muito jovem, e ainda por cima não morreu de velhice.
Têm dias em que eu estou mais em baixo, e ela faz-me falta.
Aquele desgosto, de ver uma cadeira vazia.
Aquela cadeira vazia, era onde ela se sentava pra comer o bolo rei, que tanto gostava.
A minha mãe, passou por uma depressão extrema.
Eu até compreendo, sabem.
Visto, que era a sua filha.
A nossa mãe, nunca teve preferências, tratava-nos de igual forma... (Retomando a conversa da hora de almoço natalícia).
A mesa já estava recheada de comida.
O meu namorado e a minha sogra, tinham atacado no bolo rei.
A minha mãe e eu tínhamos atacado no cabrito e nas perninhas de frango do campo do Sr.José.
O meu pai e o do meu namorado atacaram, na ginja, no whisky, até que, quase nem voz tinham para dizer, se as iguarias natalícias, estavam com bom aspecto.
A minha mãe, tinha preparado maior parte, do que estava posto na mesa.
A minha sogra, também ajudou.
Agora a pensar, nela...
Decidi que ia ter a tal conversa com ela.
Porque é Natal, e todos têm que ser reunidos e afetivos uns com os outros.
Vou ver se ela me ouve..
Até já, querido diário.