Capítulo 15

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Samuel Matthew

Trevor me deu uma semana pra digerir o nosso plano de voltar a ativa, eu não iria voltar ao shows logo de cara, primeiro iria voltar a gravadora e começar a gravar as musicas novas e repassar as antigas, depois o plano seria uma coletiva de imprensa e depois marcar uma entrevista exclusiva em algum programa e depois a parte que mais me deixava nervoso, aflito, ansioso e inseguro eu voltaria com meus shows, no começo seriam pequenos, começando aqui na cidade e depois nas cidades vizinhas até eu me sentir cem por cento seguro.

E hoje começaria tudo, eu vou voltar a gravadora e não me sinto seguro, não sei como será a reação dos produtores e o resto da banda quando me verem, ninguém tinha ido ao hospital, somente a família, esse foi o meu primeiro pedido ao Trevor que ele cumpriu como fazia sempre que eu precisava dele, chego a sala aonde estão me esperando pra sair e vejo que a Emily não esta lá.

- Aonde esta a Emy ? – Pergunto ao Trevor e Clara.

- Ela falou que precisava respirar um pouco antes de sair, esta lá no quintal. – Clara me responde. – É um passo difícil pra ela também Sam.

- Esta tudo bem comigo, podemos ir quando vocês quiserem. – Emy diz da porta da sala e eu vou até ela o mais rápido que consigo e pego em sua mão.

- Me perdoe meu amor, eu pensei demais em mim e deixei você quando também precisava. – Beijo suas mão e faço carinho no seu rosto. – Não precisa ir, mesmo, vou ficar bem prometo. – Digo mesmo sabendo que não era tão verdade assim, ela é meu porto seguro.

- Mas eu quero estar ao seu lado. – Ela me diz com uma voz fraca e deixando uma lagrima cair e eu a limpo quando chega perto de sua boca.

- Eu sei que quer, mas que tal ficar aqui e descansar um pouco em ?! você tem trabalhado muito aqui e no hospital. – Mais lagrimas caem do seu rosto e eu os beijos. – Faz assim descansa um pouco e faz depois aquele bolo de chocolate que você me prometeu, assim que eu chegar podemos comer bolo e eu te conto como foi tudo.

- Sabe que você falando agora Sam me deu desejo de comer bolo de chocolate com cobertura de brigadeiro e bastante granulado por cima. – Clarinha diz sorrindo pra irmã. – Só você sabe fazer o melhor de todos e nosso bebe só aceita o seu , não é verdade meu amor – Ela pergunta pra sua barriga arrancando um riso da Emy. – Viu ele realmente quer.

- Ok, eu vou ficar e fazer o bolo que vocês tanto querem, você realmente não se importa? – Ela me pergunta.

- Claro que não anjo, você terá varias oportunidades de ir comigo. – dou um beijo nela.

- Obrigada. – Ela me sorri.

- Por que você não fica com a Emy? – Escuto Trevor falar com Clara e a vejo cruzar os braços e o olhar com cara feia. – Você precisa descansar menina.

- Não corta meu barato Trevor, eu estou muito bem, não quero ficar em casa. – Ela pega a bolsa ao seu lado e vem na minha direção e da um beijo na Emy e sai.

- Menina teimosa. – Trevor bufa e sai deixando um beijo na testa de Emy.

- Ela ainda vai fazer ele ter um treco. – Emy diz rindo.

- Ele é duro na queda, se cuida anjo. – a beijo outra vez porque é a coisa que eu mais gosto de fazer. – Eu te amo.

- Eu também te amo. – Vejo seus olhos cheios de lagrimas e me mata ter que deixa-la.

Estou a cinco minutos olhando o estúdio da janela do carro, lembro do meu primeiro dia aqui, eu tinha apenas vinte e um anos, o Trevor tinha batalhado muito pra conseguir que nós mostrássemos a nossa musica mas assim que terminamos a primeira musica eu pude ver o sorriso que o produtor lançava pro Trevor, eu não fazia parte mais de uma banda de garagem, meus amigos não acreditaram que um dia chegaríamos aonde estou agora, era apenas eu meu violão e a inteligência de Trevor, tive que fazer o teste mais duas vezes pra pessoas diferentes da produtora, tivemos que arrumar músicos pra tocar comigo, passei a escrever musica igual louco e o estúdio tinha virado minha segunda casa, mas agora eu tinha medo de entrar nessa casa.

- Vamos entrar irmão, juntos como sempre. – Trevor diz abrindo a porta pra mim. – Lembra da primeira vez?

- Estava pensando nisso agora, você tinha ficada mais nervoso que eu.

- Isso é verdade, nós tínhamos apostado toda nossas esperanças nesse dia. – Ele me entrega a muleta. – Mas você arrasou como sempre.

- Graças aos seus esforços, eu não teria chegado aonde cheguei sem você.

- Vocês vão ficar se declarando ai ou vamos entrar. – Clarinha diz babando olhando o prédio.

- Não fique com ciúmes matraca, eu te amo também. – Dou um beijo estalado na sua bochecha e começo a entrar no prédio.

Tudo estava como sempre, bom eu não fiquei tanto tempo assim longe mas a sensação foi que se passaram séculos, vejo a recepcionista Charlie levantar os olhos do computador e sorrir pra mim, ela é uma bela mulher, mas tinha idade pra ser minha mãe e me tratava como uma.

- Óh meu filho. – Ela vem na minha direção e me olha de cima a baixo. – Que bom que você esta bem, como eu fiquei preocupada. – Ela me da um beijo em cada lado do meu rosto. – Eu orei por você todos os dias.

- Muito obrigado Charlie, elas me ajudaram muito. – Beijo sua testa. – E não chore, eu estou vivo e voltei pra te perturbar. – Ela sorri e limpa os olhos.

- Você nunca me perturbar meu filho. – Ela olha pra porta. – E lá esta meu outro filho lindo, como eu senti falta de vocês. – Ela vai até Trevor e também da beijos nela o deixando sem graça.

- Também senti sua falta Charlie e dos seus biscoitos.

- Eu tenho mais deles escondido na cozinha, eu irei dar pra vocês, mas primeiro quem é esta menina linda ?

- Esta é a Clara, a irmã da mulher da minha vida.

- Óh mais você não se parece com a Megan.

- Graças ao nosso bondoso Deus. – Diz Clara levantando as mãos ao céu. – Eu não sou irmã desse vaca ai , perdão pelo termo Charlie.

- Vaca ainda é pouco minha filha, eu também não gosto dela.- Isso é novidade pra mim.

- Então eu já sou sua melhor amiga. – Clara abraça a Charlie.

- Mas porque ninguém nunca me falou que não gostava da Megan ? – Eu pergunto, depois que acabei com a Megan desatou gente a falar que não gosta dela, até os meus pais e meu irmão.

- Porque você estava cego meu filho, mas vamos deixar de falar dela, o Leon esta na sala de reunião esperando por vocês.

- Isso, vão lá pra reunião que eu vou ficar aqui com a Charlie e tentar descobrir aonde ela escondeu essas biscoitos.

- Pode comer minha parte Clarinha. – Dou um beijo na sua bochecha e vou andando pra sala de reunião no final do corredor.

Para na porta e o medo toma conta de mim, levo minha mão ate a maçaneta e retiro e dou uma passo pra trás, eu não consigo, se eu entrar eu vou ter que encarar a multidão outra vez, vai voltar a ser como antes, todos olhando com pena pra mim, todos me perguntando como foi e eu só que quero esquecer e fingir que nada disso aconteceu mesmo que cada vez que eu olhe pra minha perna eu me lembre de cada detalhe.

Sou abraçado por trás e sinto o seu perfume e a tranquilidade que ele me traz me faz esquecer os medos que tinha me tomado, ela pega minha mão e coloca na maçaneta outra vez.

- Vamos fazer isso juntos, estou com você e você esta comigo e isso basta. – Viramos e entramos. – Eu amo você Samuel Matthew o seu show começa agora.

Minha vida começou quando eu te vi Emily Martin, essa é a minha maior certeza.


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Pequeno eu sei , mas queria encerrar essa parte assim, pois agora o Sam vai começar a enfrentar a vida em si, vai sair da bolha, falta pouco pro final também gente, espero que estejam gostando, muito obrigada pelo carinho de sempre.

beijos:*

Cante ComigoOnde histórias criam vida. Descubra agora