Dificilmente algo de estranho acontecia no dia a dia de Emma. Mesmo porque ninguém gostava de compactuar com órfãos, pois acreditavam que pessoas sem pais não eram dignas de respeito (o que é realmente uma ingenuidade).
Uma mulher sozinha, sem amigos ou qualquer tipo de companhia. Sua vida, apesar das circunstâncias, era bastante corrida. Vivia sendo demitida, mas, por algum motivo, sempre conseguia um emprego novo, como um truque de mágica.
Faltavam algumas semanas para seu 28º aniversário. Mas ela não ligava para isso. Sempre passava seus aniversários sozinha, com apenas um cupcake simulando um bolo e um bom sorvete de baunilha com canela. Às vezes ia ver algum filme, mas sempre sentava num canto que ninguém escolhia para poder se isolar.
Emma gostava de viver sozinha. Em sua infância tivera apenas uma amiga, mas que esta traiu sua confiança.
[...]
Sua infância foi bastante conturbada, sempre acontecia algo inesperado. Uma vez, a mulher que a adotou tentou prová-la que ela tinha magia e a deixou no meio da rua para que ela usasse seus poderes para parar o carro.
[...]
Passando-se duas semanas, é chegado o dia de seu aniversário. Emma vai à confeitaria, como de costume, comprar seu cupcake.
-- Bom dia, o que vai querer? - diz a atendente, com um belo sorriso no rosto.
-- O de sempre. - responde Emma, fazendo um sorriso forçado.
A atendente começa a preparar um cupcake especial, com cobertura de chocolate e recheio de leite condensado com coco.
Emma senta e espera o pedido, quando de repente um garoto aparece na confeitaria e se senta em sua mesa.
-- Oi? Esta mesa está ocupada... não poderia se sentar em outra? Têm várias mesas desocupadas! - diz ela com uma cara de espanto.
-- Não, mãe. - responde o garoto.
-- Acho que você está me confundindo com outra pessoa. - responde Emma com uma cara mais espantosa ainda.
-- Não. - diz o garoto com uma cara de quem tem certeza absoluta - Você é Emma Swan, minha mãe. Diga-me: você recusou um filho há dez anos atrás?
Emma se levanta da mesa assustada, e pede para apressar o cupcake, pois ela tem um compromisso.
O garoto se levanta e pede para Emma ter calma, pois ele não veio para se vingar dela e sim para levá-la à Storybrooke.
-- Que diabos é Storybrooke? - diz Emma com uma voz estranha.
-- A cidade onde moro. - reponde o ele.
-- Nunca ouvi falar sobre. - diz Emma com um tom de quem estava querendo fugir na conversa.
-- É porque esta cidade não é daqui. Nenhum dos habitantes de lá são. Mas creio que você ainda não está preparada. - responde o menino com toda a felicidade.
-- Preparada? Pra quê? - ela diz com uma voz duvidosa.
-- Saberá em breve. Agora, caso não se importe, temos que ir. A cidade é longe. - diz o garoto com um tom sarcástico.
-- E o que lhe garante que vou te levar até lá? Eu posso pagar um táxi. - responde Emma.
-- O fato de você ser minha mãe e não ter ido para seu "compromisso" até agora. Aliás, seu cupcake já está pronto há uns cinco minutos. - diz o garoto com mais sarcasmo ainda.
Emma se cala, pega o pedido, paga a atendente e eles vão até o fusca amarelo dela. Ela pede que ele vá guiando-a até a cidade, pois ela não sabe onde fica.
-- Então, garoto, qual seu nome? - pergunta Emma, tentando puxar assunto.
-- É Henry. - responde ele.
-- Henry? Que nome bonito! - diz ela - Mas... o que tem de tão especial nessa cidade para onde está me levando?
-- Não é bem uma cidade. Lá vivem todos os personagens de contos de fadas que conhecemos. Ou melhor, pensamos conhecer.
Emma olha assustada para o garoto e para o carro.
-- Personagens de contos de fadas? Tipo a Branca de Neve e o Príncipe Encantado? - diz Emma espantada.
-- Sim. Mas eles estão sobre uma maldição que só você pode quebrar, pois é A Salvadora. A Rainha Má os mandou pra cá. - responde ele.
Emma liga o carro e segue em frente, sem falar nada.
-- O que houve? Por que não disse nada? - fala o garoto, assustado.
-- Nada. Apenas acho isso um pouco "anormal". - responde ela.
Eles chegam à cidade depois de algumas horas de viagem. Emma para em uma rua com uma enorme casa.
Uma mulher com aparência de chinesa sai da casa correndo.
-- Henry! Filho! - grita ela desesperadamente - Eu pensei que você tinha... ah, esquece! O importante é que você está bem. - diz ela, agachando-se e acariciando o rosto do garoto.
-- Me larga! - diz ele, com uma cara de raiva. - Eu achei minha mãe.
A mulher se levanta e olha pra Emma.
-- E você, quem é? - diz com uma cara de desgosto.
-- Emma... Swan. Emma Swan. - diz ela.
-- Então, senhorita Swan. Prazer, meu nome é Regina. Obrigada por trazer meu filho. Você é quem ele alega ser a mãe dele? - pergunta ela.
-- Bom, eu sou. A mãe biológica. - responde Emma.
Regina se cala e pega Henry.
-- Não. Eu quero falar com ela.
Regina vira as costas e diz que vai esperar Henry na porta de sua casa.
[...]
-- Ela não é minha mãe, é a Rainha Má! Ela quem lançou a maldição que mandou os personagens de contos de fadas pra cá. - diz Henry.
-- Ela não tem aparência de Rainha, muito menos de Má. - diz Emma.
-- É... nessa maldição, todos os personagens trocaram de corpo e esqueceram-se quem são. Ela, por exemplo, está no corpo de Mulan.
-- Que estranho. - diz Emma - Onde eu posso ficar para dormir?
-- Você vai ficar?! - diz o garoto, espantado - Eu... pensei que... você... ia... embora!
-- Por quê? Não me quer aqui? - responde Emma.
-- Era o que eu mais queria! Mais que tudo. - fala ele, rapidamente - Vá até a hospedaria da vovó, lá deve ter um quarto desocupado.
Henry explica onde fica a hospedaria da vovó e Emma vai até lá. Ao chegar, ela diz:
-- É aqui a hospedaria da vovó? Eu quero um quarto, vou ficar aqui por um tempo.
A mulher se surpreende ao ver Emma e pega uma chave rapidamente.
-- Sim, sim, sim. É aqui sim! Seja bem-vinda.
Emma pega a chave e vai até seu quarto.
-- Storybrooke, que nome estranho! - diz Emma, que se deita e vai dormir.
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Magia é Poder
FanfictionSINOPSE Emma é uma mulher sozinha, que leva uma vida normal (bom, até seria se ela não fosse sozinha). Em seus aniversários costuma comprar um cupcake, para simular um bolo, e um sorvete de baunilha com cobertura de canela. Ia até sua casa e lá...