Capítulo 1.

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Uma semana. Mais de uma semana havia se passado e Louis Tomlinson ainda não tinha acordado do coma. Tanto tempo desacordado fez com que os médicos achassem que ele era um caso perdido. Nem todo mundo que sofre de uma overdose sobrevive depois para contar história. Quando os médicos fizeram a lavagem e tiraram grande parte da cocaína que estava em seu corpo, pensaram que ele acordaria horas depois. Mas não foi exatamente isso que aconteceu. Dias se passaram e ele ainda não acordara, os médicos começaram a pensar que se ele realmente acordasse haveria alguma sequela. Ele só estava vivo graças a Harry. E também aos seguranças que viram Harry invadir o edifício e correram atrás dele, por conta disso conseguiram achar Louis à tempo e impedir que toda a cocaína que ele consumiu o matasse.

*

Lembrava-se do gosto de sangue metálico e da sensação horrível de seus pulmões se fechando. Quando acordou, sentiu pânico ao ver uma luz branca excessiva, pensou ter sido encaminhado para outro tipo de dimensão, talvez espiritual, entretanto se ele estivesse no céu, Deus estaria armando uma pegadinha para levá-lo para o inferno. Sua vontade era pular da cama onde estava deitado e procurar por respostas, mais seu corpo e sua mente não responderam. Desde que acordou do coma sentia-se lento de um modo que ainda não experimentara. Aquilo era diferente, praticamente não estava mais no comando. Pensava contudo não reagia. Então viu os cabos, as máquinas, e sentiu a mão que segurava a sua. Apesar de querer tombar a cabeça para ver quem era, não conseguiu. Foi pelo toque da pele que soube que era Harry ao seu lado.

- Oh, Deus! - ouviu Harry falar, apertando ainda mais sua mão e se movimentando agitado com o fato dele ter aberto os olhos. Pessoas começaram a circular em sua cama e ele sentiu alguma coisa picando seu braço, sentiu suas veias queimarem e antes de adormecer novamente ele ouviu de uma das pessoas: Senhora Tomlinson está berrando do outro lado do telefone na sala do doutor.

***

November 27, 10:07 a.m.

O garoto de olhos verdes estava sentado preguiçosamente no sofá de sua casa observando sua mãe tirar algumas coisas que faltavam de uma das caixas de mudança. Eles já tinham voltado para a casa fazia alguns dias, mas desde então Harry vivia enfiado naquele maldito hospital esperando por notícias de Louis. E como Anne não conseguia tirar tudo sozinha da caixa, ela esperou até que os filhos pudessem ajudá-la. Anne havia acabado de esvaziar a caixa e agora estava sentada ao sofá junto com o filho. Gemma ainda estava dormindo, pois era o que as pessoas normais faziam no outono, dormiam até tarde. Mas Harry não conseguia dormir, e quando dormia, acordava no meio da noite e ficava olhando para a parede branca do quarto. Já fazia dois dias que a mãe de Louis tinha tirado ele daquele hospital. Mesmo após ter acordo do coma e estar muito fraco e debilitado, Jay quis tirá-lo a força do hospital para levá-lo pra casa. E Harry não podia fazer nada para impedir. Ela era mãe dele e dona de um instinto que praticamente, era um castelo para a cidade. E ele...ele era só o Harry.

- No que essa cabeça anda pensando ultimamente ? - Anne bagunçou os cabelos do filho o tirando de seus pensamentos, ela riu. - ele já saiu do hospital?

- Não exatamente.. - Anne colocou uma almofada em seu colo e fez um sinal para que Harry deitasse. Ela sabia que ele precisava conversar, Harry estava passando por uma situação difícil e ela queria que ele soubesse que estava ali para ele, que sempre vai estar.

- Você quer conversar?

- Eu não sei se devo. - ele direcionou o olhar até os olhos da mãe. Anne apenas afirmou com a cabeça, incentivando o filho a continuar a conversa. - Eu acho que...

- Eu acho que?..

- Acho que tenho medo de perder ele.

- Ele quem? - ela sabia que era de Louis que o filho estava falando, mas queria perguntar para ter certeza.

- L-louis. - Harry tampo o rosto com as mãos.

- Mas porque você acha que vai perde-lo? - ela acariciou as costas da mão dele.

Harry ficou em silencio por alguns segundos, tentando simular alguma resposta. Mas não obteve sucesso.

- Não vou te forçar a me dizer nada, mas quero que saiba que pode conversar comigo quando quiser. - ela se inclinou e depositou um beijo na testa do filho.

Harry sorriu.

- Como está indo no trabalho?

- Meu deus, o trabalho. - Harry se levantou às pressas, pegou as chaves do jeep na mesa do centro e saiu pela porta.

*

Harry atravessa as portas automáticas do instituto, quando chegou na recepção foi barrado.

- Você não é o cara que invadiu aqui? - o segurança parou em sua frente.

- Eu? - Harry engoliu em seco. - S-sim.

O elevador se abriu revelando uma mulher mediana, com olheiras profundas e cabelos longos e castanhos. Ela vestia um John Lewis longo e branco. Encarou o garoto de olhos verdes e caminhou até o mesmo.

- Porque vocês não deixaram o garota entrar ainda?

- Senhora, foi esse o garoto que invadiu o instituto aquela noite. - o segurando disse desviando o olhar de Jay.

- Eu já sabia disso. Pode se retirar agora.

- Mas, senhora...

- Sai agora. - Jay disse firme ao segurança, o fazendo estremecer.

Os dois seguiram para a sala de Louis em silencio.

Harry estava um pouco assustado pois a até poucos dias atrás ela o odiava com todas as forças. E hoje ela o chama para entrar na sala mais importante deste local.

Jay adentrou a sala mas Harry continuou do lado de fora. Ela o encarou por alguns segundos e soltou um pequeno riso sarcástico.

- Vai mesmo ficar ai fora? - ela disse se sentando.

Finalmente ele entrou na sala fechando a porta a trás de si. Caminhou ate a mesa e se sentou na cadeira à sua frente, encarando a mulher mais velha.

­- Então.. - começou Jay. - Estou com uma doença incurável e quero que cuide do meu filho quando eu não estiver mais presente.


[N/A]


Olar mores, nossa eu demorei muitooooooooo mesmo viu. Ate deixo vcs me baterem pra compensar a demora, suas sádicas.

QUERIA DESEJAR FELIZ NATAL PARA VCS PQ EU IA POSTAR ATT SO NO NATAL MAS ME DEU A LOCA E TO POSTANDO AGORA. E tbm pq eu pretendo beber tanto que eu nem vou lembrar meu nome.

a arroba sucklarrie me ajudou a escrever esse cap entao leiam a fic dela(a ideia da doença foi dela rs).


Tchau


all the love m x.





OVERDOSE (2) [HIATUS] | l.s |Onde histórias criam vida. Descubra agora