Flour Rain

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Acordei com o despertador do telemóvel a tocar, esqueci-me completamente de o desligar quando acabaram as aulas. Por acaso, tenho a sorte da cama ser bastante confortável e fazer com que eu durma maravilhosamente bem aqui.

Levantei-me lentamente para abrir as cortinas da janela e dirigi-me à casa de banho para tomar um banho, mas um banho a sério, daqueles relaxantes de banheira cheia. Abri a torneira e deixei a água correr vigorosamente para dentro da banheira. Procurei na minha bolsa de banho e lá encontrei os frasquinhos de sais de banho. Verti um deles na banheira e esperei que esta estivesse bem cheia e repleta de espuma.

Despi o pijama e entrei finalmente na água, sentindo todos os músculos do meu corpo a relaxar. Deitei-me para trás e deixei-me estar assim uns bons minutos antes de pegar na esponja e começar a passar o gel de banho pela minha pele logo a seguir de massajar o meu cabelo com o champô.

Abandonei aquela água magnífica, vesti uma roupa simples e dirigi-me ao andar de baixo para tomar o pequeno-almoço com a minha linda família.

- Bom dia! – digo assim que entro na cozinha, onde se encontram todos os habitantes da casa.

- Bom dia! – respondem quase em coro. Olhei para a bancada e vi todo o tipo de ingredientes do que parece ser um bolo.

- O que é isto tudo aqui em cima da bancada? – pergunto enquanto pego no meu prato e vou buscar as torradas que acabam de saltar.

- Vamos fazer cupcakes! – cupcakes? Quando eramos pequenos, eu e os meus primos passávamos dias inteiros a fazer esses bolinhos e decorá-los o melhor que podíamos. Tudo dependia da ocasião, desde o Natal com as arvorezinhas e enfeites, até ao dia da mãe com as flores e mensagens, passando pelo dia de S. Valentim. Depois de tudo pronto, costumávamos pegar num cestinho de piquenique que a minha tia tinha cá em casa e saímos à rua para distribuir as nossas obras primas pela vizinhança. As pessoas achavam-nos imensa graça e diziam que eramos uns meninos muito simpáticos, acabando por nos oferecerem sempre pequenas lembranças nas épocas festivas. Era o nosso passatempo favorito, nem acredito que a minha tia ainda se lembra disso.

- Vamos? Quem? – perguntou o Harold.

- Tu, a tua irmã e a tua prima, quem é que haveria de ser?

- Oh tia, não é preciso te incomodares.

- Não me incomoda nada. Além disso, eu sei como vocês se divertiam a fazê-los.

- Quando tínhamos 8 anos mãe, 8 anos... Já foi há muito tempo. – disse acentuando bastante a o palavra "muito". Digamos que hoje o mau humor do meu primo está em alta.

- Ai Harry, não sejas assim. – repreendeu a Gemma – Vamos lá pôr mãos à obra.

Entretanto todos já tinham acabado de tomar a primeira refeição do dia e eu já me encontrava com os meus primos atrás da bancada com um avental posto e mangas arregaçadas.

A Gem começou a ler a receita alto e eu fui seguindo todas as indicações para que tudo ficasse perfeito, pode dizer-se que herdei esta tendência da minha mãe. O senhor Styles decidiu fazer alguma coisa de jeito na vida e começou a colocar os ingredientes dentro do recipiente de vidro enquanto eu ia envolvendo tudo.

- "... adicione a farinha com o fermento ao preparado" – leu e o Harry obedeceu, deitando-a tão rapidamente que metade escapou, enchendo a bancada daquele pó fino.

- Cuidado! – quase gritei.

- Cala-te. – ele colocou a mão dentro do pacote da farinha e atirou-ma à cara.

- Tu não fizeste isso... – repeti o gesto mas desta vez contra ele. Cada um de nós correu para lados opostos da bancada e começámos a verdadeira batalha naval. Ora era eu, ora era o Harry... a nossa guerra acabou por continuar por um bom bocado.

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⏰ Última atualização: Jan 19, 2017 ⏰

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