Asas Forjadas

03. PEVERTIDO CALIEL

Caliel estava na cama quando acordou morrendo de dor.

- AAAAI CACETE!! Que dor do caralho... - foi a primeira coisa que falou quando abriu os olhos - Humm... Como vim parar aqui? - olhou pela janela e ainda chovia, mas agora relâmpagos iluminavam os céus e grandes estrondos preenchiam o silêncio - então foi um sonho turbulento... - levou a mão a cabeça e se surpreendeu, haviam faixas em sua cabeça, mal colocadas, mas haviam - então... - Bammm! Um trovão fez um flashback passar em sua mente de tudo que aconteceu - Nossa que loucura.

Ele para um pouco e fica todo aberto na cama, mas um som de pratos quebrando na cozinha e um grito o faz pular da cama, mas como por azar, ele havia colocado uma prateleira de livros suspensa em cima da cama e foi lá que sua cabeça foi de encontro o fazendo voltar, mas ele parece não ter ligado e levanta rápido mais uma vez... O idiota bate mais uma vez a cabeça no mesmo lugar e volta ao lugar de origem, sua expressão começa a ficar a de alguém que está puto.

- Mas que diabos de retardado mental coloca una prateleira suspensa bem em cima da cama?! Hein?!

Dessa vez bola para o lado e acaba caindo, sua falta de agilidade era nítida, quando cai derruba alguns livros na mesinha de canto do lado da cama bem em sua cabeça.

- Caliel... - ele cala - Bem-vindo ao seu inferno pessoal, chamado vida... - ele se levanta calmamente, bate na roupa como a quem tira poeira dos ombros e peito, e dá um pulo para correr, mas quase cai pela segunda vez escorregando o pé no lençol, consegui sair vitorioso sem a queda.

Na cozinha está a mulher de pé e de costas, com uma vassoura e uma pá na mão. Ela agora vestia uma camisa social dele, listrada.

- Ei... Eu ouvi um barulho... Você está bem?

Ela parada, paralisada.

- Você... Acordou... - falou baixinho.

- Si... Si... Sim. Estava preocupada?

Ela paralisada ainda, vira o rosto com lágrimas.

- Oi... - ela fala.

- Vo... Você tá bem? Aconteceu alguma coisa?

Ela larga as coisas no chã e sai correndo na direção dele, ele se assusta, mas é tarde. Ela pula e se escancha nele, ele acaba caindo pra trás no impulso e abraça ela pra protegê-la. Ela começa a chorar com o rosto sobre seu ombro e ela em cima dele no chão.

- Ei... - ele lentamente começa a alisar sua cabeça - Tá tudo bem moça...

- Cla... Rissa... Meu nome é Clarissa, e você... - ela levanta, mas continua sentada em cima dele - Nunca mais me dê um susto desses!

- Susto? Foi você quem me arrebentou... Mas tudo bem, foi só uma pancada - ele estica o braço e limpa uma lágrima que escorria seu rosto.

- Mas você quando apagou, caiu e bateu a cabeça na quina do vaso e estava assim a dois dias... enquanto ela falava isso ele olhava o que tinha em sua frente.

Uma bela mulher, com uma cueca sua branca, sua camisa roxa cortada por baixo, mas marcava os seios dela, e a camisa social por cima.

- Não faça mais isso! Idiota.

- Desculpa... - ele coloca o lado esquerdo do cabelo dela atrás da orelha - assim bem melhor e ambos sorriem.

A porta da sala se abre, é Morgana.

- Caliel! - ela o procura - Ahh... - achou eles - Bom... Acho que estou atrapalhando... - ela pega uma chave estrela que estava no sofá - Só vim buscar isso pro Bill, xauzinho... - ela vai saindo e fechando a porta.