Prólogo

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Mesmo que frustrante, receber convites como esse não é um problema nenhum para mim.

Eu já estou acostumada a receber convites para ser madrinha de casamento, pois quando todas as minhas amigas, primas e irmãs se casaram, eu fui convidada para cumprir o papel. Não que eu seja tão requisitada assim por elas a ponto de elas me oferecerem essa honra. Quer dizer, modéstia à parte, sou sim. Rarará!

O fato é que depois desse convite, eu me tornei a única entre minhas amigas, primas e irmãs a ser solteira, mas digo solteira mesmo, sem namorado, noivo, marido ou previsão de um dia ter um. A única. O restante todas elas já estão com a vida bem resolvida, filhos, marido, noivo, namorado ou, no mínimo, pegando alguém.

As casadas são onze, de todas eu fui madrinha e vi uma a uma indo embora...

A primeira foi a minha prima mais velha por parte de pai, a Tânia. Ela casou aos 22 anos com o Leco, seu namoradinho na época da escola e também o único cara com quem ela transou. Casaram com 10 anos de namoro. Foi tudo lindo e perfeito. Eu estava lá, com meus 17 anos, amadrinhando pela primeira vez um casamento.

Depois foi a vez da Susi, minha segunda prima mais velha, também prima da Tânia e, consequentemente, também sobrinha do meu pai. A Susi, diferente da Tânia que é um amor, é uma invejosa. Sim, eu tenho uma prima invejosa! Me diz quem não tem?

Então, assim que a Tânia informou sobre seu casamento, Susi marcou o dela para um mês depois. Ela não permitiria que a Tânia fosse viver seu momento de "a mais nova noiva da família" por muito tempo, claro. Era de seu feitio chamar sempre a atenção para si. Também fui madrinha dela e todas as nossas primas também, não que sejamos amigas, mas porque a Susi realmente não tinha quem chamar. Fazer o que. Ninguém mandou ser tão invejosa, isso não atrai amigas, mas pelo menos atraiu um homem. E ela tem um marido agora.

Esquece essa parte.

A terceira vez que fui madrinha foi no casamento da Letícia, minha melhor amiga na época da escola. Ela casou no mesmo ano que se formou na faculdade, quatro anos após a escola. Ela me mandou um convite pelos correios, dizendo que fazia questão de me ter entre suas madrinhas. Aquilo me surpreendeu, pois não éramos mais tão amigas como antes, afinal ela tinha um noivo e ter um noivo muda tudo, ainda mais um noivo como o Naldo, tão grudento - e não reparem na minha cara de nojo!

A quarta foi uma outra amiga, Daniela. Ela era minha amiga da época do balé. Sim, eu fiz balé e eu odiava fazer balé! Só fazia porque era um sonho da minha mãe ver sua filha virar uma brilhante bailarina, mas isso não aconteceu... Pobre dona Vera! Voltando à Dani, nos conhecemos no balé quando eu tinha 7 anos e ficamos amigas desde então, ainda mais que ela morava no mesmo prédio que eu, mas isso até ela casar. Parece que as pessoas ficam muito ocupadas quando casam a ponto de esquecer dos amigos e da família. Eu fico pensando o que tanto o casal faz para viver ocupado assim.

Onze vezes madrinha, nenhuma vez noiva [Amostra]Onde histórias criam vida. Descubra agora