Prológo

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-Ei, o que uma criança humana faz aqui?-uma voz rouca sussurra e me faz acordar de repente.-Deve estar perdida, certo?

Eu me levantei do pequeno monte se flores amarelas e limpei um pouco a minha roupa com as mãos.

-Um pouco...-

Ele era uma flor falante. Uma grande flor amarela falante.

-Qual é o seu nome pequena?-

-Frisk!-

-Deve estar tão confusa. Deixe-me explicar um pouco. Veja.- Uma luz começou a brilhar embaixo da minha camisa, ela tinha forma de um coração. Ela era quente e vê-la brilhando me fazia relaxar. Seja lá o que for isso não me parece ruim.-Essa é a sua alma. É com ela que você vai lutar a partir de hoje. Venha, deixe-me lhe dar um pouco mais de poder para que fique mais forte.

Várias sementes ficaram à minha volta e começaram a vir na minha direção. Por algum motivo senti que não era certo e desviei, acho que fiz a escolha certa.

-Oh, você desviou sem querer? Não têm problema. Eu tenho muito amor para dar.-o sorriso da flor começou a desmanchar quando eu desviei de novo.- Mais uma vez então.-

Desviei novamente.

-Isso parece errado.-falei quase sem fôlego por desviar de tudo aquilo.

-Você ainda não entendeu? É só ficar parado!-ele começava a gritar irritado.-Vou tentar mais um vez.-

E novamente eu desviei, com muito mais dificuldade mas desviei.

-CRIANÇA ESTÚPIDA!!! EU VOU MATAR VOCÊ!!!-

Algo atrás dela a acertou de repente e a fez desmaiar(murchar).

-Oh, que coisa horrível estavam fazendo com você. Pobrezinho. Eu nunca lhe vi por aqui, deve ser novo. Uma criança humana.

-Eu caí aqui por acidente.-

-Oh, nossa. Você caiu aqui nas catacumbas? Que azar. Qual é o seu nome?-

-Frisk.

-Bem, venha logo. Vamos antes que essa flor mal-educada acorde.-ela pegou na minha mão. Ela era bem peluda e parecia muito com um animal mas também parecia humana.

-Obrigada... senhorita?

-Meu nome é Toriel. Vou lhe explicar como funcionam as catacumbas e os quebra-cabeças.

Ela me levou por um pequeno caminho com um tapete lilás mostrando o caminho. Um pouco mais a frente estava uma porta grande e aparentemente pesada.

-Bem, pequena, vê esses botões grandes no chão? Isso é um dos quebra-cabeças que temos por aqui. Primeiramente, preciso te avisar que por aqui chamamos isso de puzzle. Bem, vou lhe mostrar como esse funciona.-Ela andou em cima de quatro dos cinco botões fazendo o formato de um quadrado e a porta abriu. Não pude conter o sorriso de satisfação ao conseguir entender esse puzzle.

-Parece que gostou, minha criança.-falou ela sorrindo enquanto segurava a minha mão novamente. Eu assenti sorrindente.

-Mas o que aquilo ali na frente?

-Bem, aquilo...? Bem, eu preparei esse boneco para que você pudesse treinar um pouco para lidar com os monstros que andam pelas catacumbas. Eu peço para que não ataque eles, simplesmente converse com eles até que eu chegue para ajudar. Pequena, pode treinar com esse boneco. Vamos lá, não seja tímida.

-Tudo bem...-falei me aproximando do boneco.-O-Olá... meu nome é Frisk e eu não quero lutar com você. O dia não está lindo hoje? Por que brigar agora? Podemos ser amigos.

-Isso, isso. Perfeito! Muito bem, minha criança.

Undertale: Continue determinado!Onde histórias criam vida. Descubra agora