Acho que me perdi. Depois de tanto andar por ali acabei sem saber onde estava e como voltar.
Sem querer tropecei em algo no chão e cortei o meu joelho um pouco, doía, mas não tanto. Havia um fantasma deitado no chão e me encarando.
-Eu estou preso aqui...-sussurrou ele.- Não consigo sair daqui. Ah, espere. Eu sou um fantasma, eu sei voar.
Ele se levantou e flutuou pelo teto sem olhar para trás. Eu continuava caída no chão.
*Ring...ring*
-Alô, aqui é...-começou a Toriel.
Ela desligou pois me viu ali.
-Como chegou até aqui criança?-perguntou ela aparecendo na minha frente.-Nossa, você se machucou! Vamos entrar logo para que eu possa cuidar disso.-
-Sim.-
Eu segui ela e passamos por uma grande árvore vermelha com várias folhas no chão, não pude não parar para observá-la.
-Frisk.-disse ela.-Venha, minha criança.-
Paramos na porta de uma casinha bem bonita e ela se abaixou para pegar a chave embaixo do tapete.
-Ei, Papyrus.-sussurrou uma voz dentro da casa.- tem certeza que aquela flor falou a verdade? É aqui mesmo?
-CLARO QUE SIM!!!
Ela pareceu assustada, pegou as chaves rapidamente e abriu a porta devagar.
-Fique aqui.-sussurrou ela entrando.
-EU, O GRANDE PAPYRUS, DIGO...
-Olá, Toriel.
-Olá, Sans. Olá, Papyrus. O que fazem aqui? E Como entraram?-sussurrou ela para que eu não escutasse.-Vocês não podem ficar aqui.
Eu abri um pouco a porta para espiar o que estava acontecendo. Eram dois esqueletos conversando com a Toriel. Um baixinho, quase do meu tamanho, e outro alto usando roupas de super-herói.
-Por quê? Viemos porque uma flor nos disse que você havia nos chamado.
-O quê?-murmurou ela.-Não, não, não. Falem mais baixo.
Comecei a me apoiar mais na porta para escutar melhor, só que duas coisas aconteceram. Um, o esqueleto mais alto gritou. Dois, eu caí para dentro da casa.
Um silêncio ficou no ar enquanto os dois me encaravam.
-É UM HUMANO!!! UM HUMANO??? UM HUMANO!!!-gritou o tal Papyrus.
-Uma criança humana?-murmurou o mais baixinho que deveria ser o Sans.-Deveriamos levar ela até Asgore...agora...
-Não, não....
-...Mas claro que não vamos fazer isso.-continuou com um sorriso. A Toriel suspirou aliviada.
-MAS É UM HUMANO!! SANS! NÃO PODEMOS...-ele se virou para mim.-Olá, eu sou o grande Papyrus, me respeite pois eu sou muito importante. E VAMOS LEVÁ-LA AO REI!
-Você é um super-herói?- perguntei segurando a capa dele.
- O que está fazendo, humano? Minha capa é especial, e claro que eu sou um super-herói. EU SOU O GRANDE PAPYRUS!
-Super-heróis salvam pessoas, né? Então você vai me salvar?
Ele ficou surpreso mas logo retomou a pose.
-C-CLARO! EU... EU SOU O GRANDE PAPYRUS...E...E... É CLARO QUE EU VOU....salvar você.-disse ele.-TUDO BEM, NÃO CONTAREI SOBRE O HUMANO!
A Toriel começou a rir e se jogou numa cadeira que ficava perto da lareira.
-Que alívio.
-Por quê?-perguntei.
-Nada. Mas qual é o seu nome, criança?-perguntou o tal Sans.
-Frisk.
-Frisk? É muito difícil. Vou te chamar de Kiddo, ok?
-Ok...
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Undertale: Continue determinado!
FanficHá muito tempo atrás, humanos e monstros lutaram em uma guerra pela terra. Os humanos, sendo muito mais fortes, acabaram vencendo a guerra, os monstros foram selados embaixo da terra por sete almas humanas. Para que os monstros consigam sair de lá d...