Capítulo: Explorando( Parte 2)

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Acho que me perdi. Depois de tanto andar por ali acabei sem saber onde estava e como voltar.

Sem querer tropecei em algo no chão e cortei o meu joelho um pouco, doía, mas não tanto. Havia um fantasma deitado no chão e me encarando.

-Eu estou preso aqui...-sussurrou ele.- Não consigo sair daqui. Ah, espere. Eu sou um fantasma, eu sei voar.

Ele se levantou e flutuou pelo teto sem olhar para trás. Eu continuava caída no chão.

*Ring...ring*

-Alô, aqui é...-começou a Toriel.

Ela desligou pois me viu ali.

-Como chegou até aqui criança?-perguntou ela aparecendo na minha frente.-Nossa, você se machucou! Vamos entrar logo para que eu possa cuidar disso.-

-Sim.-

Eu segui ela e passamos por uma grande árvore vermelha com várias folhas no chão, não pude não parar para observá-la.

-Frisk.-disse ela.-Venha, minha criança.-

Paramos na porta de uma casinha bem bonita e ela se abaixou para pegar a chave embaixo do tapete.

-Ei, Papyrus.-sussurrou uma voz dentro da casa.- tem certeza que aquela flor falou a verdade? É aqui mesmo?

-CLARO QUE SIM!!!

Ela pareceu assustada, pegou as chaves rapidamente e abriu a porta devagar.

-Fique aqui.-sussurrou ela entrando.

-EU, O GRANDE PAPYRUS, DIGO...

-Olá, Toriel.

-Olá, Sans. Olá, Papyrus. O que fazem aqui? E Como entraram?-sussurrou ela para que eu não escutasse.-Vocês não podem ficar aqui.

Eu abri um pouco a porta para espiar o que estava acontecendo. Eram dois esqueletos conversando com a Toriel. Um baixinho, quase do meu tamanho, e outro alto usando roupas de super-herói.

-Por quê? Viemos porque uma flor nos disse que você havia nos chamado.

-O quê?-murmurou ela.-Não, não, não. Falem mais baixo.

Comecei a me apoiar mais na porta para escutar melhor, só que duas coisas aconteceram. Um, o esqueleto mais alto gritou. Dois, eu caí para dentro da casa.

Um silêncio ficou no ar enquanto os dois me encaravam.

-É UM HUMANO!!! UM HUMANO??? UM HUMANO!!!-gritou o tal Papyrus.

-Uma criança humana?-murmurou o mais baixinho que deveria ser o Sans.-Deveriamos levar ela até Asgore...agora...

-Não, não....

-...Mas claro que não vamos fazer isso.-continuou com um sorriso. A Toriel suspirou aliviada.

-MAS É UM HUMANO!! SANS! NÃO PODEMOS...-ele se virou para mim.-Olá, eu sou o grande Papyrus, me respeite pois eu sou muito importante. E VAMOS LEVÁ-LA AO REI!

-Você é um super-herói?- perguntei segurando a capa dele.

- O que está fazendo, humano? Minha capa é especial, e claro que eu sou um super-herói. EU SOU O GRANDE PAPYRUS!

-Super-heróis salvam pessoas, né? Então você vai me salvar?

Ele ficou surpreso mas logo retomou a pose.

-C-CLARO! EU... EU SOU O GRANDE PAPYRUS...E...E... É CLARO QUE EU VOU....salvar você.-disse ele.-TUDO BEM, NÃO CONTAREI SOBRE O HUMANO!

A Toriel começou a rir e se jogou numa cadeira que ficava perto da lareira.

-Que alívio.

-Por quê?-perguntei.

-Nada. Mas qual é o seu nome, criança?-perguntou o tal Sans.

-Frisk.

-Frisk? É muito difícil. Vou te chamar de Kiddo, ok?

-Ok...




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