Ela tenta manter suas marcas do cansaço
Tão surradas as olheiras
Tantas noites de insônia
Os amigos diziam que era natural, era passageiro
Ela dizia que tudo é passageiroO dia tem seu fim, a noite tem seu fim
A insônia tem seu fim, o cansaço também
A cama chamava, a cama batia
A cama empurrava, cama malditaO café na noite inconsciente
Sempre era mais saboroso
Pois o amargo a remetia para sua amargura sentida
Para que dormir, se tinha a noite só para si?Pertencia-lhe a calmaria dissipada na escuridão
Só ali perdia suas intenções murchas
Na calmaria noturna, seu caos ficava charmoso
A maldade do mundo já não podia tocá-laPois tinha o silêncio para si
E a insônia era sua companhia
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O Timbre e A Voz
PoetryJá se sentiu sujo? Foi tomar seu banho? Já se sentiu cansado? Foi se deitar? A vida é óbvia o suficiente para dar certezas, contudo não o suficiente para descrever o que se sente. Certas coisas nos devoram. Queremos gritar, mas a voz não vem. Querem...