Insônia

36 8 5
                                    

Ela tenta manter suas marcas do cansaço
Tão surradas as olheiras
Tantas noites de insônia
Os amigos diziam que era natural, era passageiro
Ela dizia que tudo é passageiro

O dia tem seu fim, a noite tem seu fim
A insônia tem seu fim, o cansaço também
A cama chamava, a cama batia
A cama empurrava, cama maldita

O café na noite inconsciente
Sempre era mais saboroso
Pois o amargo a remetia para sua amargura sentida
Para que dormir, se tinha a noite só para si?

Pertencia-lhe a calmaria dissipada na escuridão
Só ali perdia suas intenções murchas
Na calmaria noturna, seu caos ficava charmoso
A maldade do mundo já não podia tocá-la

Pois tinha o silêncio para si
E a insônia era sua companhia

O Timbre e A VozOnde histórias criam vida. Descubra agora