Ladrão de Orgãos – Mundo
Muito embora o grosso das histórias relacionadas à essa lenda seja de uma ladra de rins, na verdade foram muitas as versões e o ponto em comum entre elas era a de uma bela mulher que enganava suas vítimas, seja elas crianças ou adolescentes sedentos por sexo. A vítima acordava numa banheira cheia de gelo, com uma cicatriz enorme devido o roubo dos seus rins. Na versão das crianças, elas apareciam dias depois na porta de suas casas com a enorme cicatriz nas costas. A história ficou bastante conhecida e até ganhou um apelo totalmente negativo para o Brasil no filme americano "Turistas".
Epidemia começou em julho, com mulher bailando sem parar por 6 dias. Transe acabou envolvendo centenas de pessoas e durou até setembro. Em julho de 1518, a cidade francesa de Estrasburgo, na Alsácia (então parte do Sacro Império Romano-Germânico) viveu um carnaval nada feliz. Uma mulher, Frau Troffea (dona Troffea), começou a dançar em uma viela e só parou quatro a seis dias depois, quando seu exemplo já era seguido por mais de 30 pessoas. Quando a febre da dança completava um mês, havia uns 400 alsacianos rodopiando e pulando sem parar debaixo do Sol de verão do Hemisfério Norte. Lá para setembro, a maioria havia morrido de ataque cardíaco, derrame cerebral, exaustão ou pura e simplesmente por causa do calor. Reza a lenda que se tratava de um bloco carnavaleso involuntário: na realidade ninguém queria dançar, mas ninguém conseguia parar. Os enlutados que sobraram ficaram perplexos para o resto da vida. Para provar que a epidemia de dança compulsiva não foi lenda coisa nenhuma, o historiador John Waller lançou, 490 anos depois, um livro de 276 páginas sobre o frenesi mortal: "A Time to Dance, A Time to Die: The Extraordinary Story of the Dancing Plague of 1518". Segundo o autor, registros históricos documentam as mortes pela fúria dançante: anotações de médicos, sermões, crônicas locais e atas do conselho de Estrasburgo. Um outro especialista, Eugene Backman, já havia escrito em 1952 o livro "Religious Dances in the Christian Church and in Popular Medicine". A tese é que os alsacianos ingeriram um tipo de fungo (Ergot fungi), um mofo que cresce nos talos úmidos de centeio, e ficaram doidões. (Tartarato de ergotamina é componente do ácido lisérgico, o LSD.) Waller contesta Backman. Intoxicação por pão embolorado poderia sim desencadear convulsões violentas e alucinações, mas não movimentos coordenados que duraram dias. O sociólogo Robert Bartholomew propôs a teoria de que o povo estava na verdade cumprindo o ritual de uma seita herética. Mas Waller repete: há evidência de que os dançarinos não queriam dançar (expressavam medo e desespero, segundo os relatos antigos). E pondera que é importante considerar o contexto de miséria humana que precedeu o carnaval sinistro: doenças como sífilis, varíola e hanseníase, fome pela perda de colheitas e mendicância generalizada. O ambiente era propício para superstições. Uma delas era que se alguém causasse a ira de São Vito (também conhecido por São Guido), ele enviaria sobre os pecadores a praga da dança compulsiva. A conclusão de Waller é que o carnaval epidêmico foi uma "enfermidade psicogênica de massa", uma histeria coletiva precedida por estresse psicológico intolerável.
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Lendas Urbanas e CreppyPasta
RandomBloody Mary, SlenderMan, Jeff The Killer, Menina do Prédio... Este livro contém lendas verdadeiras, lendas inventadas por mim ou contadas pelos meus amigos. Espero que gostem leitores... Desculpem aos que liam, a história está terminada mas quem...