Conheça um pouco sobre a familia Styles.

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Bom, eu me chamo Sophia, tenho 17 anos e moro na Califórnia com meus país e meu avô, Harry. Quer dizer, ele não é bem meu avô, tipo aqueles de sangue, sabe? É, é estranho pra mim também. Minha mãe me falou que quando tinha somente 7 anos meus avos contaram a ela o que realmente deveria saber.

Fiquem calmas (os), eu vou contar exatamente como minha mãe me cotou. Cerca de quatro anos atrás, minha mãe sentou para conversar comigo, o que não é comum acontecer, ela veio com um papinho de mãe preocupada, falou que era para mim me cuidar no mundo de hoje, usar camisinha e etc. Eu sabia que minha mãe queria me falar algo que não era aquilo, e então pedi que fosse direto ao ponto.

Ela me disse que estava esperando o momento ideal para isso, esperando que eu já tivesse maturidade suficiente para entender suas razões. Ela começou com uma frase que não alegra ninguém.

"Seus avos, não são seus avos de verdade"

No momento eu fiquei em choque, e logo pedi a ela que me contasse tudo direito. E foi então que ela começou.

"Eu tinha só 2 meses quando fui jogada em um orfanato qualquer, sem dó nem piedade. Ninguém de lá me aceitava. Eu não me encaixava em nenhuma família, até encontrar sua avó, Catarina. Eu tinha três anos quase quatro, quando sua avó resolveu me adotar. Eu me encaixei em sua vida com facilidade, era tudo que eu precisava. Ao lado dela e de seu avô eu tinha tudo que precisava. Tinha um lar, um quarto somente meu, e o melhor de tudo, amor. Quando cheguei na adolescência eles me contaram que não era realmente filha deles, aquilo me matou por dentro, não que me importasse, mas aquilo me matou. Catarina me contou que não podia mas ter filho, e que naquela época ela e meu pai sentaram e conversaram muito, debateram sobre o assunto de "adotar uma criança." Entram em um acordo e acabaram me escolhendo em meio a tantas crianças. Acho que esse é o motivo de eu não ter agido feito uma adolescente rebelde. Eu vi que eles realmente gostaram de mim, e me aceitaram do jeito que eu era. Mas eu não quero que os trate diferente, por que assim como eu eles amam você acima de tudo."

Eu realmente fiquei de boca aberta, minha mãe jogou aquelas palavras para fora assim do nada. Eu fiquei alguns instantes sem conseguir digerir , mas eu sabia que ela tinha me poupado esse tempo todo por que pra ela era difícil tocar novamente nesse assunto. E assim como ela eu nem se quer me importava ser de sangue ou não, eles continuariam sendo meus avós preferidos.

Então, é mais ou menos essa história da minha mãe, e um pouco da minha. Mas hoje infelizmente a dona Catarina não está entre nós, a 1 ano atrás ela descobriu um Câncer, eu não sei bem direito qual era o tipo de câncer, só sei que era perigoso.

Minha mãe tirou todo nosso dinheiro do banco para fazer tratamento em minha avó, ela se recuperou, ela ficou boa por um tempo. Mas foi dia 31 de junho de 2015, que o pior aconteceu.

Me lembro muito bem, era cedinho e eu me arrumava para ir a escola, minha avó sempre me chamava, mas naquele dia foi diferente. Pensei que ela queria ter dormido um pouco mais.

Fui pra escola e quando voltei, vi gente que nunca tinha visto lá em casa, entrei e encontrei gente medindo a presão de minha mãe, meu avô estava na varanda sozinho, e meu pai, ah meu pai ele estava no trabalho, como sempre.

Fui até alguém e perguntei o que estava acontecendo, foi aí que me contaram que naquela manhã minha avó tinha tido um infarto e os paramédicos não conseguiram reanima-la. Eu nem se quer abracei minha mãe, afinal ela estava rodeada de pessoas, fui até aonde meu avó estava e ele me abraçou, as únicas palavras que ele me disse foram:

"Ela partiu sem mim, nem se quer me esperou"

Eu realmente não sabia O que falar, ficamos o velório e o enterro todo juntos. E desde então a nossa vida tem sido um pouco sem graça. Minha mãe trabalha de segunda a sábado, das 7:00 às 21:00, meu pai de segunda a segunda das 7:00 às 22:00, as vezes até mais tarde, resumindo nem vejo meus país, passo o dia com meu avô, e para mim já está de bom tamanho.

E agora, estão preparados (das) para saber como esses dois se conheceram?

Espero que amem e se apaixonem por a histórias deles, assim como eu me apaixono a cada palavra dita pelo meu avó.

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O fim de uma longa jornada!Onde histórias criam vida. Descubra agora