Capítulo 8

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"This one for them hood girls, them good girls straight masterpieces.
Stylin', whilen, living' it up in the city" Uptown funk- Mark Ronson Ft. Bruno Mars

Estou acordada mas com preguiça de abrir os olhos. Tenho a mente anuviada e sei que devo ter bebido um pouco demais ontem. Um cheiro de algo como perfume caro e banho invade minha narina.
As memórias chegam fortes e todas de uma vez.

Saímos para a festa ontem, Eric estava tão lindo em seu terno... uns pensamentos malignos passaram em minha mente. Meg havia feito minha maquiagem, branca, olho gatinho e batom "vermelho prostituta", apelido carinhoso ao meu batom mais forte.

Ela e Paul estariam indo no carro dele e eu e Eric no de Eric.
Estávamos num clima agradável, implicando um com o outro e durante todo o caminho tomei conta do som e Eric dizia como meu gosto musical era péssimo.

Na festa, todos só tinham olhos para ele e ele para uma loira peituda. Fiquei com Megan no bar, dancei um pouco, voltei para o bar, conheci um carinha, dancei com ele... e Eric o tempo todo com a loira.
-Você veio com James não é?- o homem pergunta assim que saímos da pista.
Assinto. Ele pede duas bebidas que aceito com um sorriso.
-Como você o conhece?
- Você é curioso...- divago.
Ele ri alto assentindo.
-Você não faz ideia querida.
Rio. Eu conheço o tipo dele, deve apenas estar curioso pela fama de Eric.
-Bem Mathias, posso te chamar de Matt?- ele concorda tomando um gole de sua bebida- eu estou sendo obrigada a morar com Eric. Minha melhor amiga vai se casar com o primo dele e me expulsou de casa- faço um biquinho.
-Que pena, eu jamais expulsaria uma menina como você querida.
Sorrio.
Depois disso, dançamos mais um pouco quis aproveitar a última música mas do lado de fora apenas para desanuviar a cabeça um pouco.
-Ohh, living on a prayer...-Mathias canta em meu ouvido. Sorrio.
-Você canta maravilhosamente mal- rio dele que faz um biquinho exagerado.
-Gosta de ouvir cantadas?- pergunta.
-Depende de quem as diz.
Ele se prepara respirando fundo como se fosse dizer algo muito importante e solta:
- Se ser sexy fosse pecado, vc ia direto pro inferno.
Gargalho descontroladamente, vendo que conseguiu êxito, Matt nos leva ao estacionamento.
- Você é a lente para os meus olhos, só falta o contato- ele continua.

Rio mais ainda até que paramos na porta de um Land Rover branco. Primeiramente penso que ele vai me agarrar naquela capota, mas então encontro seu olhar.
-Quer me acompanhar até minha humilde residência? Prometo que nada que nada vai acontecer sem seu consentimento- ele fala olhando nos meus olhos.
-Depois de ver seu carro duvido que sua residência seja humilde- rio- Acho que vou precisar conferir- pisco.

O resto foi apenas uma noite de sexo bom, satisfatório e legal com um desconhecido que me agradou o suficiente a ponto de me ter em sua cama. E é aqui que estou agora. Nua em sua cama.
-Bom dia.
Abro os olhos que estavam preguiçosos até o momento e me deparo com um Mathias sonolento. Não tinha reparado até agora em seus cabelos negros, olhos azuis e boca carnuda.
~não reparou, sei~
-Dormiu bem?- pergunto tentando não parecer que acabei de brigar com meu inconsciente.
-Acordei melhor- ele pisca.
-Que horas são?- nada contra ficar aqui, mas Gabrielle me espera às 11. Iríamos almoçar juntas e resolver alguns detalhes de seu novo livro antes de mandar para a editora.
-Nove e alguma coisa- antes que eu possa responder, tenho-o novamente em cima de mim- tenho trabalho hoje mas que tal isso: transamos rapidamente mais uma vez, tomamos café em alguma padaria e te levo para casa. Ah, e você me dá seu telefone.- ele diz traçando beijos por meu pescoço.
-Amei a sugestão do dia- abaixo a mão para pegar seu membro acariciando-o.
Mathias geme em meu ouvido e mordo sua orelha levemente o que faz repetir o gemido. Ele se levanta um pouco me afastando e trilha beijos do meu pescoço até os seios e então barriga.
E então, ele me penetra.

[....] Estamos em frente a casa de Eric. Tivemos mais um bom sexo de manhã e um café composto por tudo que consegui comer, o que consistia em dois pedaços de bolo, suco e uma banana.
Matt sai do carro fazendo sinal para que eu espere. Dando a volta abre minha porta e caminha comigo até a porta.
-Obrigada por tudo- agradeço
-Eu que agradeço pela companhia. Ainda nos veremos espero.
-Também espero- beijo-o.
Nesse exato momento e por azar provavelmente, como quando você vê um filme e na parte do sexo sua mãe aparece, Eric abre a porta com a loira peituda atrás dele. Parece surpreso talvez não com minha presença. Matt e eu nos separamos e a loira sai passando por nos sem dizer uma palavra. Noto que estava emburrada pelo jeito de andar.
-Você não podia ter avisado que iria dormir fora?- Eric manda friamente.
-Não sabia que precisava te dar explicações mãe- enfatizo a palavra.
Ele torce a cara ainda encarando Mathias e sou obrigada a encará-lo também.
-O que você está fazendo aqui Stuart?- pergunta Eric. Espera aí, Stuart?
- Trazendo uma bela menina para seu refúgio James- Matt sorri ironicamente.
- Essa é a casa dela agora. Achei que você não misturasse trabalho com vida pessoal.
-E eu não o faço, Emily é uma ótima companhia no entanto.
-Esperem aí, que trabalho, que vida pessoal? Que...an?- pergunto perdida.
Eric olha ameaçadoramente para Matt como que num aviso para parar de falar.
-Ah sim querida,- Mathias começa olhando em desafio para Eric que aperta ligeiramente os olhos mais ameaçador- Eric e eu temos negócios. Trabalho com bebidas e Eric tem uma pequena quase "sociedade" comigo, afinal, é para mim que ele corre quando tem uma festa.
-Isso. Mas eu não corro. Apenas mando trazê- la- Eric acena.
- Bem... acho que devo ir agora.- Matt dá um passo para trás.- Eu te ligo Emy- me beija, na bochecha desta vez.
Aceno depois do beijo.
-James.
-Stuart- se despedem.
~Stuart deve ser seu sobrenome~ concordo silenciosamente.
Entro na casa tirando os sapatos e deixando-os na sapateira, caminho até a sala e me jogo no sofá.
-Você deveria ficar longe de Mathias, Emily- Eric diz enquanto senta ao meu lado colocando meus pés em seu colo.
- E por que eu faria isso?
-Porque ele não é bom para você.
Nenhuma palavra mais é dita depois disso.

Afinal, até os dias mais perfeitos podem acabar em chuva.
Mas às vezes à chuva é que torna os dias perfeitos.

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